MITOLOGIAS DIVERSAS II

MITOLOGIA INDÍGENA NORTE-AMERICANA


As culturas dos indígenas americanos, descendentes de povos que vieram da Sibéria, variam consoante as condições dos sítios onde se fixaram. Assim, é natural que os mitos se adaptem a estas condições, apesar de haver uma certa uniformidade.




Antes dos barcos europeus chegarem às cosas da América do Norte, a vida entre as comunidades tribais nunca fora marcada por uma existência fragmentada. As comunidades tribais tinham uma perspectiva do mundo em que todos os aspectos da vida estavam ligados (língua, ensinamentos, cerimônias, recolha de alimentos). A harmonia incluía a aceitação da ruptura social, mesmo as tragédias imprevistas. E os mitos tinham um papel importante na explicação dos caminhos do mundo e o lugar neles ocupado pelo indivíduo. No nosso mundo moderno, notamos uma realidade conspícua de desapego do que nos rodeia de natural e espiritual. E é com esta compreensão contextual das comunidades tribais histórias que abordamos o papel do mito entre os nativos da América do Norte - tanto ontem como hoje.

O mito esteve no âmago da manutenção deste equilíbrio harmonioso da vida tribal.
As histórias proporcionavam aos povos indígenas um entendimento de muitas coisas diferentes: As origens; as suas relações com a terra, a água e os animais; e as suas ligações com o mundo espiritual. Os mitos também serviam de guia para se encontrar um lugar individual dentro da comunidade da aldeia. Tudo isto serviu par moldar uma percepção expansiva do mundo que informava as comunidades tribais dos valores coletivos, e para obter uma associação complexa de conhecimentos que serviu para conduzir as tribos durante gerações.

Os contadores de histórias (frequentemente idosos) detinham um lugar especial dentro da comunidade, pois eram os mestres, os portadores destas histórias antigas. Era seu dever partilhar este saber com os aldeãos, especialmente com os mais novos, "doutrinando-os" segundo o objetivo ultimo de perpetuar a forma de viver da tribo. Frequentemente imbuídos de cerimônias sagradas e celebrações, os mitos tribais eram os alicerces da existência, objetivos e identidade da tribo.



A época das narrativas nas comunidades tribais era tida a elevada consideração pelos seus membros. Neste mundos tribais, o contexto era crucial para a transmissão das histórias. A forma como estes mitos tribais eram apresentados tinha tanta importância como a mensagem. "De fato, pode observar-se que a verdadeira força dos mitos tribais estava na forma correta de apresentação. Os mitos eram transmitidos oralmente aos membros da tribo. Pais e filhos ouviam com grande respeito enquanto os narradores contavam histórias longas acerca de como o Criador tinha feto o mundo, ou como se vencia o mal com a ajuda de espíritos bondosos. Quando os aldeões partiam, iam intimidados e profundamente impressionados.


Uma das mais severas rupturas a que as comunidade se viram forçadas com a presença dos europeus fio o fim da vida tribal tradicional como era conhecida. O desmantelamento dos sistemas de aldeias tribais teve como consequência uma ruptura imensa  na ordem social. As tradições foram-se perdendo ao passo rápido do avanço da colonização. À medida que os nativos americanos eram deslocados e dispersos (um grande número de tribos foram dizimadas por inteiro), também o eram as suas antigas formas de viver. O fim da vida da comunidade tribal tradicional era evidente não apenas na perda de terra, mas também pelo fim da cultura, da língua, do saber tradicional e das cerimônias vitais. Praticamente, todas as tribos do continente enfrentaram severas medidas de perda.



Para as tribos que sobreviveram, foi e continua a se um mundo diferente. Embora haja comunidades nativas a viver em território protegido, a infiltração da vida europeia (a instituição de uma família nuclear; moderna tecnologia; pontos de vista políticos, sociais e religiosos) evitou que quase todas as comunidades nativas regressassem totalmente ao mundo tribal do passado. As atuais formas tribais de governo não funcionam mais como os governos tribais antigos. Como "proteção do estado", as comunidades nativas foram forçadas a aceitar a forma do Governo Federal que está em total contradição com os sistemas tribais tradicionais. E muitos argumentarão que essas formas impostas de governo tinham, e anda hoje têm, como objetivo subverter ou talvez bloquear qualquer tentativa do povo tribal e tomar conta de si próprio pelos modos originais que guiavam os seus antepassados.



Mas neste mundo pós-colonial, as tribos procuram reclamar, tanto quanto possível, esses velhos caminhos, apesar das mudanças ocorridas na paisagem. As tribos estão a tentar recuperar o que lhes foi tirado e, enquanto muitos mitos se dispersaram ou se perderam ao longo dos anos, muitas estórias permanecem vivas, salvas pela memória e registradas em bibliotecas orais guardadas bem fundo nos corações, mentes e almas dos mais velhos. São estórias surpreendentes que continuam a ser passadas de uma geração à outra.



 Apesar do povo nativo por toda a América do Norte ter conservado muitos dos seus maiores e mais poderosos mitos, é evidente que a destruição do modo de viver retirou a estes mitos tribais toda a sua autoridade sobre os descendentes dos que foram inicialmente afetados pela colonização europeia. Se nós reconhecemos que o poder dos mitos tribais dependia da adequada apresentação da narrativa, temos de nos interrogar sobre qual o seu papel nos tempos modernos para os nativos da América do Norte, dada a perda das comunidades tribais tradicionais.



E talvez uma questão igualmente importante a colocar seja esta: Qual o papel que os mitos indígenas norte-americanos têm nas vidas e nas crenças do resto da população do mundo? É claro, esta e todas as questões acerca do saber tribal tradicional ficam melhor nas mãos dos que estudam história, raça, antropologia e outras disciplinas semelhantes, mas pode-se certamente perguntar como seria diferente o mundo, se tivesse como base o saber dos indígenas norte-americanos.



Existem mais de 500 tribos de nativos americanos dentro das fronteiras dos EUA, continentais e mais de 250 tribos inuítes do Ártico norte-americano, que inclui o Alasca, o Canadá e a Groelândia. (Note-se que a definição de "tribo" é diferente nos nativos americanos e nas culturas inuítes - tribos de nativos americanos pode ser uma amálgama de vários grupos ou "bandos", enquanto que as tribos inuítes normalmente só compreendem uma única aldeia).
Nesta antologia encontram-se mitos de quase todas as regiões da América do Norte. Da Groelândia, Canadá e Alasca ate ao noroeste, descendo a costa do Pacífico e para sudoeste, através das montanhas, atravessando as Grande Planícies, em torno dos Grandes Lagos, percorrendo a região nordeste e leste, depois para sul o leitar irá encontrar mitos que têm tanto de semelhantes como de diferentes.



O que estas tribos partilham é uma perspectiva do mundo baseada n seu relacionamento com a terra. As histórias das "religiões" que tem por base a terra ensinam-nos como vivem em equilíbrio com o nosso mundo. Os mitos tribais emergem do nosso conhecimento da terra.
Muitos dos grandes temas encontrados nos mitos dos nativos norte-americanos contam estórias acerca da criação, jornadas dos heróis, armadilhas, espíritos, animais, amor humanos, Terra-Mãe, o céu e as passagens da vida. 
Considerando que o mito é uma linguagem espiritual, se for corretamente descodificado, poderá abrir um universo a todos os que tenham ouvido para escutar. Poder-se-á ficar surpreendido ao saber que os mitos tribais norte-americanos abordam temas semelhantes aos da outras culturas, tais como: o bom e o mau do mundo espiritual e como se formou a Terra. Como exemplo pode referir-se que muitas estórias sobre a criação falam de um grande dilúvio que cobriu a Terra, semelhante à epopeia de Gilgamesh. Pode também encontrar-se uma versão indígena de alguns do mitos gregos, como a caixa de Pandora. A universalidade destes mitos é fascinante, mas ao ler-se com mais cuidado estas estórias verificar-se-á que se trata de um mundo inteiramente diferente e e uma perspectiva claramente tribal.



Estes mitos chegam e uma grande série de fontes e são contados com notórias diferenças em relação às estórias que o leitor poderá ter ouvido ou lido anteriormente, o que se deve à sua natureza fluída, que permite ao narrador alterá-las segundo o seu saber e experiência. Deverá ser dito que mesmo antes da chegada dos europeus, os mitos tribais não eram estanques, pois as estórias evoluíam, quase sempre, cada vez que eram contadas e os narradores, frequentemente, introduziam novas personagens e linhas de enredo, o que as ia alterando ao longo dos anos. E, através das atuais comunidades nativas norte-americanas, estes mitos continuam a evoluir. Mas as suas verdades centrais permanecem e o saber antigo permanece intacto, apesar das muitas alterações introduzidas durante as narrações.



Finalmente, deve compreender-se que os narradores tradicionais nunca contaram estes mitos da forma como os leitores modernos do Ocidente estão acostumados. As estruturas ocidentais do desenvolvimento da trama - introduzindo conflitos e atingindo resoluções - não eram o modo indígena de transmitir o conhecimento. Era mais vulgar um contador de estórias tribal optar por um estilo de narração circular, que mantinha os mitos com frescura. Este estilo permitia-lhes revelar o saber quando sentiam que isso era importante, ou que teria maior impacto.



Existe em comum uma divindade que criou o Mundo, com o nos nomes de Manitu ou Amotken , considerado como o Grande Espírito. A criação do Mundo foi feita através da ajuda de outros deuses menores, cada um recebendo uma área para proteger. Existiam também a Mãe Terra e o Pai Céu, que representavam a dependência que os povos agrícolas tinham dos fenomenos atmosféricos.
O mito de que a Terra teria sido criada a partir da lama existente no fundo dos oceanos trazida por um mergulhador primordial é das mais comuns, assim como a de que a Terra estaria colocada por cima de uma imensa carapaça de uma tartaruga gigante. A humanidade teria sido trazida por um herói ou então surgida em uma grande caverna escura.



A mitologia indígena norte-americana é riquíssima na simbologia animal. De acordo com as tribos do sudoeste, a doença é devida à presença de substância maligna que, na maioria dos casos, é introduzida no corpo do doente por um espírito animal ofendido. Os índios americanos acreditam que os animais foram os primeiros a caminhar pela terra, e que cada um tem sua medicina específica para ajudar o homem. Uma das formas nativas para invocar o animal é adornar-se com penas e peles, pintando seus rostos para lembrar o animal e movimentando-se como eles. Americanos nativos imitando animais em dança ritual estabelecem elos com o reino do espírito. Crenças em reinos espirituais da vida e nas mais variedades de manifestações é universal. Frequentemente muitas sociedades acreditam que guias espirituais sempre usam animais ou imagens animais para comunicarem seus propósitos e regras aos humanos.
Um mito iroquês, sobre a origem das doenças e dos remédios, conta que antigamente os animais falavam e viviam em harmonia com os homens, mas os homens reproduziram-se tão depressa que os animais se viram forçados a morar nas florestas e em lugares desertos, e assim a amizade entre homens e animais foi sendo esquecida.

Quando os homens inventaram as armas e caçaram animais para alimentação e peles, a distancia entre as espécies aumentaram ainda mais. Os animais pensarão então em reagir e resolveu declarar guerra aos homens. Eles se reuniram em tribos, por espécie desde animais mamíferos, até aves, répteis, peixes e insetos. Cada uma dessas tribos decidiu causar algum tipo de doença aos homens, assombra-los nos sonhos, etc. Os seres plantas eram amigos dos homens e resolveram ajuda-los auxiliando-os na planta certa para cada tipo de enfermidade. E, assim nasceu a medicina.


As penas do Cachimbo Sagrado são as da Águia Dourada. Suas penas simbolizam o Sol Espiritual.




MITOLOGIA  IROQUE

"Antigamente, os animais eram dotados de fala e viviam em alegre harmonia com os homens, mas a humanidade começou a reproduzir-se tão depressa que os animais foram forçados a morar nas florestas em lugares desertos, e a velha amizade entre animais e homens foi esquecida.
Quando os homens inventaram armas e passaram a caçar animais para alimento e obtenção de suas peles, a distância aumentou ainda mais. 
Os animais começaram a pensar em modos de retaliação. Cada espécie animal se reuniu e resolveu declarar guerra aos homens também: a tribo dos Ursos, com o chefe Velho Urso Branco, os Veados com o chefe Pequeno Veado, os Répteis, os Peixes e por fim os Pássaros, os Insetos e outros pequenos animais. 



Cada tribo decidiu causar um tipo de doença nos homens: os Veados causariam reumatismo, Répteis e Peixes assombrariam os homens durante seus sonhos, enlouquecendo-os etc. 
Mas as plantas, que eram amigas dos homens, ouvindo os planos dos animais, decidiram ajudar os homens: cada árvore, arbusto, relva ou mesmo erva decidiu criar um remédio para algumas das doenças referidas. 
Quando o médico tinha dúvidas no que dizia respeito ao tratamento de um paciente, o espírito da planta sugeria um remédio adequado, foi assim que nasceu a medicina."
Os iroqueses, foram uma confederação de tribos indígenas norte-americanos, incluindo o cabelo moicano,

Na mitologia Iroquois, Hino é o deus do trovão, o guardião dos céus. Keneun é o deus do chefe Thunderbirds. Ele é um espírito invisível. Trovão é o som de suas asas batendo e relâmpagos os olhos piscando.
Ataentsic é a deusa da terra. Ela era a mulher que caiu do céu e creatress do sol e da lua. É ela que dá conselhos em sonhos.


Na mitologia Iroquois, a cabeça voadora era um gigante com asas de fogo para a cabeça com olhos, dentes afiados como facas e asas de fios de cabelo. É predada em animais durante a noite, e quando ele encontrou uma solução humana, desceu sobre ele e definir sobre os animais da fazenda e os proprietários.

MITOLOGIA DOS INDIOS HOPIS


Para os Índios Hopis, povo que vive nas regiões áridas do Arizona e do Novo México (“hopi” na língua deles significa “pacífico”), um personagem mitológico de nome Kokopelli está associado à fertilidade e à germinação. Os outros povos Indígenas o conhecem como o “tocador corcunda de flauta”. Sua silhueta única foi pintada, durante os séculos, em numerosas pedras e cerâmicas das duas Américas. Para muitos, a corcunda de suas costas é um saco de sementes que ele semeia a todos os ventos. Quanto à sua flauta, ela é a fonte do espírito insuflado em cada semente.

Face às forças de destruição que se desencadeiam nesse momento no planeta, o símbolo de Kokopelli representa a esperança de uma Terra novamente fértil e de Sementes portadoras de Vida. A cabeça de Kokopelli é coberta de antenas cósmicas que lhe permitem captar o canto das estrelas a fim de insuflá-lo às Sementes de Vida, Sementes de Estrelas, que fecundam a Terra-Mãe.




MITOLOGIA DOS INDIOS PAWNEE




A aparentemente simplicidade diante da prática da  observação astronômica ferramentas utilizadas para observar e determinar os movimentos da Lua, estrelas e planetas teria aparecido extremamente sofisticado para os índios Pawnee vida nas Grandes Planícies de Nebraska, há um século. Eles foram hábeis observadores do céu.



A prova de suas atividades de observação reside na coleção Pawnee no Campo Chicago Museu de História Natural. Descoberto em um dos “Pawnee Sagrado Bundles” grupos de objetos cerimoniais enrolado era um mapa de estrelas. O gráfico é feito de um pedaço de pele de alce bronzeada, de forma oval e cerca de 38 cm por 55 cm de tamanho. Sua idade exata é incerta, mas acredita-se ser entre 100 e 300 anos.
A importância do gráfico do céu para a sua cultura era considerável, importante o suficiente para ser incluído em um pacote sagrado. Cada agregado familiar Pawnee tinha um monte sagrado, que eles acreditavam que estavam presentes desde as estrelas, a quem eles considerados seres sobrenaturais, que muitas vezes desceram  à Terra para manter relações com os mortais.



Uma das principais  lendas Pawnee com a origem do pacote sagrado tribal, que era guardado e protegido pelo xamã tribal para seus encantos mágicos. O pacote pode ser usado para invocar a ajuda do Grande Espírito em trazer para a tribo de búfalo em tempos de fome.
As estrelas e as constelações foram uma grande influência sobre quase todos os aspectos de suas vidas, e mesmo as suas casas foram dispostas em padrões que duplicou os padrões das constelações, indicando as posições de seus deuses estrela mais importante.
CRENÇAS DO POVO APACHE





 Gahe, também Ga’an são seres sobrenaturais que habitam dentro de montanhas. As vezes podem ser ouvidos dançando e batendo tambores. Porque eles podem curar e afastar a doença, eles são adorados.
Na dança ritual do Apache Chiricahua dançarinos mascarados pintados de uma cor diferente para cada ponto da bússola representar todos os Gahe exceto o Grey. A Grey One, embora ele aparece como um palhaço, é realmente o mais poderoso de todos os Gahe.
Índios Arikara – Espíritos Sky Nesaru



O Nesaru teve a carga de toda a criação. Descontente com uma raça de gigantes no submundo que não iria respeitar a sua autoridade, Nesaru enviou uma nova corrida ao submundo para substituí-los e enviou uma inundação que destruiu os gigantes sem destruir os homens novos. Quando os novos homens gritaram  para serem  liberados do submundo, Nesaru enviou a Mãe de milho para a sua libertação.



INDIOS ZUNI 



O Zuni são um povo indígena norte-americano que falam uma língua viva penutianas no oeste do Novo México. Na mitologia Zuni, Achiyalatopa é um monstro gigante celestial com penas de facas de sílex.
O mito da cavernua escura espalhou-se entre o povo Zuni. Foi o deus Yanauluha que lhes deu a água, as sementes, os ensinou a viver em comunidade e reformou o aspecto das primeiras pessoas para poderem sobreviver na superfície, pois tinham enormes orelhas e olhos e a pele muito escamosa. Tmabém houve a crença de que os animais haviam se transformado em seres humanos, pois tinham essa capacidade.
Surgiram assim os totens, que reprtesentavam o estatuto e a história animal de cada tribo. O mito de Ataensic, filha do céu, é outro que explica a origem da humanidade. Ela teria vindo para a Terra para ter dois filhos gêmeos, Hahgwehdaetgah e Hahgwehdiyu, tendo se transformado, depois, na própria Terra, passando a ser chamada por Mãe Terra.

INDIOS NAVAJO






A nação Navajo prosperou a partir do sudoeste do Arizona para o Great Plains. Na mitologia Navajo, Hastsehogan é o deus das casas.


Hastseltsi é o deus das corridas


Hastsezini é o deus do fogo


Os povos Navajo, localizados no sudoeste americano, possuiam um mito criador que diz ter sido Estanatlahi, a deusa mais importante para eles porque criou as pessoas a partir de pedaços de sua pele.

Isto aconteceu porque se aborrecia, pois


 vivia sozinha numa casa flutuante nas águas que ficavam no Ocidente. O seu marido, Tsohanoai, deus do Sol, só vinha yter com ela ao fim da tarde, pois tinha de carregar o sol nas costas durante o dia.

INDIOS PUEBLOS




 Na crença dps indios Pueblos, um kachina é um espírito ancestral divinizado com todas as magias poderosas e governante de todas as coisas.

OS INDIOS HOPI


Os índios Hopi, parte da família de Pueblo, que detêm, cada planta, animal e os aspectos da vida e da morte é regida por um kachina diferentes, que cuida do bem-estar do povo Hopi. 


Dois reinos separados, existem no Hopi cosmologia: a superfície da terra como o local da atividade humana e um céu combinado região subterrânea como a casa dos espíritos, em particular a kachinas. (Para o Hopi um kachina é um espírito de máscaras que podem assumir a forma de qualquer objeto físico, fenômeno ou ser vivo).






CRENÇA DOS INDIOS SIOUX







Na mitologia Sioux, Wakonda é o Grande Espírito, que mantém o equilíbrio no universo, revelando grandes segredos para apenas um xamãs poucos favorecidos.

CRENÇA DOS ÍNDIOS MAIDU



Entre os Maidu, na Califórnia, tinha sido Wonomi, o deus do Céu, quem tinha criado o Universo. O Coiote, seu inimigo, desafiou-o para um concurso e quem ganhasse seria o dono do Universo. Lançou uma praga de doenças, mas foi o seu filho o primeiro a ser morto pela serpente que sempre o acompanhava. Wonomi acabou sendo derrotado pelas falsidades do Coiote, mas vive num reino de nuvens ,onde, depois da morte, todos são bem vindos.

Havia também a história do Corvo ( um homem com bico de corvo), que com seu bico fixou a terra debaixo das águas, deixando um pouco de terra na superfície. Esta terra só tinha um pequeno espaço para conter uma casa, que era a do Corvo e dos seus pais. O dia surgia quando o Corvo  brincava com uma bexiga que seu pai havia pendurado por cima de sua cama.Um dia, ele a rasgou, mas seu pai a tirou dele antes que fosse destruída, por isso ainda existe a noite.

Cada pessoa tinha um espírito que ajudava na caçada e a guardava, mas que só podia ser visto quando o índio chegava a puberdade. Era nessa altura que mandavam as crianças procurar seu espírito, devendo elas rezar e jejuar os dias que fossem necessários para o conseguirem ver. Como podia demorar muito tempo, muitas adoeciam. Finalmente conseguiam ver o espírito, sob a forma de animal e os que diziam possuídos por ele e pela sua sabedoria tornavam-se os sacerdotes da tribo.

Haviam, de igual forma, muitos deuses e semideuses que podiam se transformar em animais .





                            WENDIGO




Wendigo (também Windigo, Windago, Windiga, Witiko, Wihtikow e outras variações) é uma criatura  sobrenatural  que faz parte da mitologia do povo indígena  da América do Norte, os Ojíbuas. De acordo com a mitologia, o Wendigo é formado a partir de um humano qualquer, que passou muita fome durante um inverno rigoroso, e para se alimentar, comeu seus próprios companheiros. Após perpetuar atos canibais por muito tempo, acaba se tornando este monstro e ganha muitos atributos para caçar e se alimentar mais como, por exemplo, poder imitar a voz humana, escalar árvores, suportar cargas muito pesadas, e além disso tem uma inteligência sobrehumana. O Wendigo também tem a capacidade de hibernar por anos, e para suportar os invernos, estoca suas vítimas em cavernas subterrâneas onde as devora lentamente. De acordo com a mitologia indígena, para destruir um Wendigo é preciso queimá-lo, pois segundo os indígenas, Wendigo tem um corpo sobre humano também que lhe permite sobreviver a qualquer tipo de ferimento inconstante.




Fontes:
Wikipedia


https://sites.google.com/site/osgrandesmisterios/mi/mitologia-indigena-norte-americana



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                   VALENTINAS


Quando em 1652, os ingleses invadiram a Irlanda, usurpando as terras e massacrando o povo, muitos irlandeses se viram obrigados a deixar seu país. Um grupo veio parar em Serranias. Entre eles estava Valentina O'Connor. Nascida na Irlanda, no século XVIII com a "marca da magia", migrou para o Brasil ainda bebê.
Na tradição celta, as mulheres eram consideradas seres especiais, iluminadas e tinham papel privilegiado nos grupos social e familiar. A menina Valentina foi consagrada no nascimento a Brighid, filha do deus Dagda que, na mitologia celta, é o grande Senhor, deus da Magia e da terra.
As valentinas são feiticeiras que tem por tradição " não usar a magia para fazer o mal".
Elas conhecem e na sua maioria respeitam a Lei do Retorno: não se deve prejudicar alguém porque o mal sempre volta para quem o pratica.
Diz a lenda que Dagda adquire forma humana sempre que uma de suas valentinas corre perigo.



Fonte; www.globo.com/eternamagia


DEUSES  INCAS


A base da estrutura cosmológica e religiosa dos  Incas, mesmo antes do surgimento do império restava na existência do camaquem, uma força vital presente em todos os factos da existência. Através do camaquem são sustentadas todas as coisas da Natureza, inclusive os seres vivos.
A mitologia inca diz que o Sol enviou seu filho, Manco Capac e Mama Ocilo, filha da Lua, sua mulher e irmã, para uma Terra caótica e escura. Eles chegaram erguendo-se das águas do lago  Titicaca e, em busca de um lugar para estabelecer seu reino, seguiram em direção noroeste, até o vale do rio Huatanav . Ali, Manco revirou a terra com seu cajado, encontrou solo espesso e fértil e chamou o local de Cuzco ("umbigo do mundo"). A cidade se tornou o centro do poder, da religião e da cultura inca.



PRINCIPAIS DEUSES INCAS

Inti
Deus supremo na religião inca. Era o deus do Sol que exercia a soberania no plano divino. Era o deus mais popular no Império Inca, sendo adorado em vários santuários.


Viracocha

De acordo com a religião inca, Viracocha era o mestre do mundo. Surgiu das águas e criou o Céu e a Terra. Era um deus nômade e tinha como companheiro o pássaro inti.

Mama Quilla
Era a esposa do deus Inti e mãe Lua. Mãe do firmamento, tinha uma estátua no Templo do Sol.


Pacha Mama

Também conhecida como a Mãe Terra, esta deusa era encarregada de propiciar fertilidade à agricultura.

Pachacámac

Era uma reedição de Viracocha, porém cultuado e venerado na costa central do Império Inca. Era conhecido como o deus dos terremotos.

Mama Sara
Era a deusa Mãe do Milho, principal alimento dos incas.

Wacon
Deus maligno e cruel, era o responsável pela seca na costa do Peru. Os incas acreditavam que este deus era um devorador de crianças.

Supay
Era um deus que habitava as profundezas da Terra e o mundo subterrâneo dos mortos. Os incas consideravam ele como uma espécie de demônio.

Mama Cocha
Era a deusa Mãe do Mar. Era cultuada principalmente nas regiões costeiras do Império Inca. Recebia oferentas e cultos para acalmar as águas bravas e favorecer a pesca. Representava tudo o que era feminino.

Mama Zara, mãe dos grãos, deusa das colheitas do milho. Ela era associada com os pés de milho que cresciam de maneira estranha e fora do normal. Estas plantas eram vestidas como bonecas de Mama Zara e não eram colhidas.

Apo, espírito guardião das montanhas. Todas as montanhas importantes do Império tinham seu próprio Apu, e alguns deles recebiam sacrifícios regulares para revelar certos aspectos de sua divindade. Algumas pedras e cavernas também possuíam seus apus.

Apocatequil, deus dos relâmpagos


Ataguchu, deus que serviu Viracocha no mito da criação.


Catequil, deus dos trovões e dos relâmpagos


Cavillace, a deusa virgem que comeu uma fruta que continha o esperma de Coniraya, o deus da lua. Quando seu filho nasceu, ela exigiu saber quem era seu pai. Nenhum deus se manifestou, então ela colocou seu bebe no chão e ele engatinhou até Coniraya. Ela ficou envergonhada devido a baixa estatura de Coniraya entre os deuses, e fugiu para a costa do continente onde transformou a si e a seu filho em pedras.

Chasca, deusa da manhã, do crepúsculo e de Venus. Protetora das garotas virgens.


Chasca Coyllus, deus das flores e das meninas.


Chiqui Illapa- O Deus trovão, das tempestades, que norteia a cadência das secas e das chuvas.


Kuka mama ou Mama Kuka. Deusa da saúde e da alegria. Originalmente uma mulher promiscua que foi assassinada por seus vários amantes. De seu corpo nasceram as primeiras folhas de coca. Seus adoradores mascavam folhas de coca sempre que levavam uma mulher ao orgasmo.


Konira Viracocha, O deus trapaceiro. Na verdade uma das formas de Viracocha.Nesta forma o deus vaga pelo mundo vestido como um mendigo ou forasteiro para testar a gratidão dos seres humanos. Com uma simples palavra pode criar campos, ou arruinar colheitas.


Coniraia, deus da lua, que escondeu o esperma na fruta que Cavillaca comeu.

Copacati, uma deusa lago.


Ekkeko, deus do coração e da riqueza. Os sacerdotes deste deus criavam bonecos dele que continham versões em miniatura de seus desejos no forro buscando desta forma atrair seu poder e beneplácito.


Illapa, um extremamente popular deus do clima e do bom tempo. Seu feriado era celebrado todos os anos para que ele mantivesse o universo no lugar e trouxesse a chuva. Sua aparência era a de um homem usando roupas de luz, carregando uma vara e ele foi o principal deus do reino de Colla antes da província de Collasuyu fosse anexada ao Império inca.

Kon, deus da chuva e do vento que sopra do sul. Filho de Inti com Mama Quilla

Mama Allpa, deus da fertilidade retratada como tento muitos e muitos seios.


Pariacaca, deus da áhua na mitologia pré-inca. Também deus das tempestades. Nasceu como falcão mas depois tomou a forma humana.

Paricia, deus das inundações que envia as enchentes para aqueles que não lhe demonstram o respeito devido. Possivelmente outro nome para Pachacamac.


Supai, deus da morte e governante de Uca Pacha. Muito temido pelos Incas, visto que exigia crianças  em sacrifício para apaziguar sua ira. Em algumas narrativas este nome é usado para se referir a todos os espíritos residentes de Uca Pacha.

Urcaguari, deus dos metais, das jóias e dos tesouros que existem abaixo da terra.


Uruchillai, deus protetor dos animais


Pacha Camac, um deus criador, adorado pelo povo de Ichma, mas posteriormente assimilado na narrativa da criação Inca.

Manco Capac - Manco Capac foi o legendário fundador da dinastia Inca, no Peru e da dinastia Cuzco em Cuzco. As lendas e histórias ao redor desta figura são numerosas, e muitas vezes contraditórias. Algumas por exemplo atestam que ele é filho de Tici Viracocha, o deus criador, outras contam que ele foi trazido das profundezas do lago Titicaca pelo deus sol Inti. De qualquer forma, todas as versões concordam com a origem divina deste fundador. Em diversos relatos Manco Capac é ele mesmo igualado ao deus sol ou cultuado como o deus do fogo.



Inti, o deus Sol, era a divindade protetora da casa real. Seu calor beneficiava a terra andina e fazia as plantas florescerem. Era representado com um rosto humano sobre um disco radiante. A grande Festa do Sol, o Inti Rami, era celebrada no solstício de inverno. Para dar as boas vindas ao Sol, ofereciam-lhe uma fogueira, onde queimavam uma vítima em sacrifício, junto com folhas de coca e milho. Finda a celebração, exclamavam: "Oh Criador, Sol e Trovão, sede jovens sempre! Multiplicai os povos! Deixai que vivam em paz!". A mulher de Inti era Mama-Kilya, a mãe Lua, encarregada de regular os ciclos menstruais das mulheres. 

O deus da chuva, Apu Illapu, era uma divindade agrícola. Na época da seca faziam peregrinações aos templos consagrados a Illapu, construídos em regiões altas. Caso a seca fosse muito persistente, ofereciam-lhe sacrifícios humanos. Os incas acreditavam que a sombra de Illapu encontrava-se na Via Láctea, de onde jorrava a água que cairia na terra em forma de chuva. Outros deuses importantes são Pachamama, a mãe terra, o mundo das coisas visíveis, senhora das montanhas, das rochas e das planícies, e Pachacámac, o espírito que alenta o crescimento de todas as coisas, espírito pai dos cereais, animais, pássaros e seres humanos. 

Lendas ou Verdades sobre os Incas 

A milhões de anos atrás, Viracocha (Criador do Universo), deu vida a seus dois filhos, Mama Oclo (filha da Lua) e Manco Capac (filho do Sol), que foram colocados por ele em suas respectivas ilhas, a da Lua e a do Sol, que ficam situadas no lago Titicaca. Os dois juntos tinham por dever localizar um local para a construção do seu império. Chegando a região do altiplano andino onde hoje se situa a cidade de Cuzco, Manco enterrou seu bastão na terra, a qual abriu uma fenda e o encobriu, e assim ele passou a chamar aquele local de Cuzco (Umbigo do mundo), no qual em anos foi denominada a capital do império Inca, e onde se situavam as fortalezas históricas do império Inca, a cidade de Cuzco foi construída no formato de um Puma na qual sua cabeça situa-se a fortaleza de Sacsahuaman, essa região é recoberta de mistérios, no qual há a existência de um túnel ligando as duas cidades, desde de Cuzco até o Kkoricancha (templo do Sol), qual hoje é a Igreja de Sto. Domingo . 

Outra versão da Lenda 

Uma lenda diz que depois de um grande dilúvio, apenas um homem e uma mulher se salvaram, esses Mama Oclo, e Manco Capac, foram arrastados em uma balsa de Totora até as margens do lago Titicaca, esses saíram em busca de um novo lugar para viver, chegando a região do altiplano Andino, dizem que Manco Capac enterrou seu bastão e denominou aquele local de Cuzco (umbigo do mundo),dai pra frente eles iniciaram o esplendido Império Inca. 

Isso sempre nos levou a crer que esta história não passava de uma lenda, mas um grupo de Mas além desse também a uma história que diz que a cabeça de Atahualpa o último imperador Inca foi enterrada na cidade de Cuzco no qual o propósito era de que com o tempo a terra reconstituísse seu corpo, ele retornasse para libertar o império da mão dos que não souberam respeitar a cultura de um povo que se desenvolvia mais rapidamente que os europeus. 

Pesquisadores que inclui 10 brasileiros descobriram no fundo do lago Titicaca, vestígios do que já haveria de ter sido uma cidade, foi encontrado construções que nos levam a crer que eram templos, e peças de cerâmica e outros materiais. Isso pode ser a resposta para a origem do império Inca, pois como vocês vêem a ciência e os estudos vem trazendo a tona o que já era dito por milhares de anos pelos Incas. 
O Quinto Sol 

Os Incas crêem estar vivendo o quinto mundo cada um dos mundos anterior havia tido a duração de mil anos, cada mil anos aparecia um Sol novo e reinicia a recuperação dos anos. E ao passar o instante que transcorre entre duas idades há o Pachacúti que quer dizer inversão do mundo, tempo de grandes transformações, tempo de destruições, de desolação e restauração por esta razão a destruição a conquista espanhola foi vista pelos incas como um Pachacúti. Este aspecto do tempo também existe nos conceitos do cristianismo, o Juiz o final bíblico, só que o bíblico é percebido como um futuro já o pachacuti esta a ocorrer neste momento e se faz por acabado com o retorno do novo Sol que dizem estar para acontecer nos próximos anos. Foram achadas várias provas que os pré-colombianos acreditavam em um deus, desta forma seus respectivos nomes, Viracocha, Ayar, Tunupa ou Tonopa, Illapa-Libiac, Pariaca-Cuniraya- Tutayquiri- Huallallo Carhuincho-Pachacamac, Inkarri, Pishtaco ou Naqaq, mas foi provado que mesmo tendo tantos nomes Viracocha (Criador) foi realmente um único deus, seguido por seus Filhos Sol (Manco Capac) e Lua (Mama Oclo), e de seus filhos vieram os herdeiros do império do Sol.





Huacas: Deuses de pedra


Um costume muito comum entre os incas era o de culto a lugares sagrados. Ao contrário de outras tradições religiosas ao redor do mundos, alguns lugares eram sagrados para os Incas, não porque algo de especial aconteceu em seu solo, mas porque o próprio lugar era uma espécie de deus. Estes lugares eram conhecidos como huacas, e em geral eram cavernas ou montanhas, mas em alguns casos poderiam ser até mesmo lagos ou árvores. Não era incomum que os sacerdotes  de uma comunidade realizassem oferendas ou tentassem comunicação com um huaca local em busca de proteção ou conselhos.



MÁSCARA INCA REPRESENTANDO O DEUS SOL


Fonte:
http://www.historiadomundo.com.br/inca/religiao-inca.htm

http://deusesastronautas.blogspot.com.br/2011/05/os-deuses-incas.html

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             MITOLOGIA  HAITIANA

O Haiti é um dos países mais misteriosos e fascinantes existentes na Terra. O Vodu é o coração desse poderoso fascínio.
De 1959 até o ano de 1971, o Haiti foi governado por um dos mais cruéis e tiranos ditadores que já existiu: Papa Doc Duvalier. Ele tinha pleno conhecimento do culto da personalidade e promoveu sua  própria imagem para ficar parecido com o deus vodu dos mortos, Baron Samedi, muitas vezes descrito  usando chapéu e óculos escuros.



Esse tirano nomeou muitos  líderes vodus em seu próprio exército pessoal,  o temido Tonton Macoute, que aterrorizava a população e, sem piedade às vítimas que muitas vezes, eram queimadas vivas e tinham seus corpos pendurados nas árvores. Qunado Duvalier chegou ao poder, no ano de 1957, ele ressuscitou a velha cultura vodu, direcionando-a para seus próprios interesses, fazendo com que as lendas sobre os zumbis retornasse, enfocando a caminhada dos mortos, fazendo com que todas as crenças vodus voltassem ao Haiti.
A superstição diz que os zumbis são os mortos que retornam a vida para se alimentar dos vivos. Em muitas aldeias do Haiti, os cadáveres tinham seus pés amputados para evitar que voltassem a andar depois de se transformarem em zumbis.



Atualmente, acredita-se que existe uma explicação mais científica para essas criaturas perturbadoras. Na década de 1980, um cientista etnobotânico chamado Wade Davis apresentou uma ideia controversa de que os zumbis eram, de fato, tratados com uma substância de tetrodotoxina, neurotoxina altamente letal, obtida através da carne do baiacu e datura. A combinação terrível dessas substâncias colocaria a vítima num fatal estado de transe.
Uma mulher foi tão inserida neste estado de zumbificação que não respondia a nenhum estímulo, nem mesmo quando colocaram um cigarro acesso em sua língua.
Provavelmente, o mais conhecido cado de zumbi foi o de Felicia Felix-Mentor Ela foi encontrada cambaleando, numa estrada de Ennery, no Haiti, em 24 de outobro de 1936. Ela caminhava sem rumo, com as roupas em frangalhos, olhos doentes( brancos), seus cílios tinham desaparecido, estava descalça e ficava histérica com a luz solar direta. Essa mulher logo atraiu a atenção do povo e principalmente de uma familia, que afirmou a mulher ser muito parecida com uma suposta parente deles, Felicia, que havia morrido no ano de 1907  aos 29 anos.


FELICIA FELIX-MENTOR


Depois de muitas investigações ficou provado que essa mulher não era a tal Felicia e sim apenas uma esquizofrênica, que morreu dias depois, em um hospital para onde tinha sido levada!
O vodu haitiano, também conhecido como Sèvis Gine ou serviço africano  no Haiti é uma religião  com fortes elementos de povos africanos como os igbos, bacongos e iorubás, além de elementos tainos. 
 Formas de vodu haitiano também existem na  República Dominicana, em partes de Cuba, também nos Estados Unidos  e em outros lugares para onde os imigrantes do Haiti tenham se deslocado ao longo da história. É similar a outras religiões da  diáspora africana,  tais como a Lukumi, Regla de Ocha ou Santeria de Cuba e o Candomblé e a Umbanda no Brasil. 
A maioria dos africanos que foram trazidos como escravos  para o Haiti eram da Costa da Guiné da África Ocidental  e seus descendentes foram os primeiros praticantes de vodu haitiano. A sobrevivência do sistema da crenças no  Novo Mundo é notável, embora as tradições tenham se modificado com o tempo. Uma das maiores diferenças entre o Vodu da África Ocidental   e o haitiano é que os africanos transplantados ao Haiti foram obrigados a disfarçar os seus lwa ou espíritos como santos católicos romanos, no processo conhecido como Sincretismo. 



A maioria dos peritos especula que isto foi feito numa tentativa de esconder a sua "religião pagã" de seus senhores, que os tinham proibido de praticá-la. Dizer que o vodu haitiano é simplesmente uma mistura das  religiões africanas ocidentais com um verniz de  catolicismo romano não estaria inteiramente correto. Isto estaria ignorando numerosas influências indígenas tainas, assim como o processo evolutivo a que o vodu se submeteu ao longo da  história do Haiti.



O vodu haitiano, tal como o conhecemos hoje no Haiti e na diáspora haitiana, é o resultado das pressões de muitas culturas e etnias diferentes dos povos que foram desarraigados da África e importados à ilha de  Hispaniola durante o comércio africano de escravos.   . Sob  o domínio da escravidão  a cultura e a religião africanas foram suprimidas, as linhagens foram fragmentadas e as pessoas tiveram que ocultar seu conhecimento religioso. Paradoxalmente, foi justamente essa fragmentação que permitiu a posterior unificação cultural dos escravos.
Para combinar os espíritos de muitas e diferentes nações africanas e indígenas, as partes da liturgia católica romana  foram incorporadas para substituir rezas ou elementos perdidos; além disso, as imagens de santos católicos  são usadas para representar os vários espíritos ou "misteh" ("mistérios"), e muitos santos mesmos são honrados no vodu haitiano em seu próprio direito. Este sincretismo permite que o vodu haitiano abranja os elementos africano, indígena e europeu de uma maneira inteira e completa. É verdadeiramente "Religião de  Kreyò".



A cerimônia mais importante historicamente do vodu haitiano foi a cerimônia Bwa Kayiman ou Bois Caiman  de agosto de 1791, que começou a  Revolução Haitiana. Nessa cerimônia, um porco preto foi ofertado a Ezili Dantor e todos as pessoas presentes comprometeram-se com a luta pela liberdade. Essa cerimônia resultou finalmente na libertação dos povos do Haiti da  dominação colonial francesa  em 1804, e o estabelecimento da primeira  república  de povos  negros na história do mundo.
O vodu haitiano cresceu nos Estados Unidos de forma significativa a partir do final dos anos 1960 e começo dos anos 1970 com as levas de imigrantes haitianos fugindo dos regimes opressivos de François Duvalier e Jean-Claude Duvalier.. Os imigrantes haitianos estabeleceram-se em  Miami, Chicago, Nova Iorque, Nova Orleans  e outras cidades do país.
O vodu haitiano é uma crença sincrética, que combina elementos do catolicismo e de religiões tribais da África com raiz semelhante ao candomblé praticado no Brasil. No vodu haitiano, se veneram um deus principal (o Bon Dieux, "Bom Deus") e os antepassados. Popularmente, o nome "vodu" costuma remeter a ritos tribais nos quais um feiticeiro crava agulhas em um boneco para fazer com que alguma vítima, talvez a muitos quilômetros de distância, sofra dores horríveis, ataques cardíacos ou doenças incuráveis. Os ditadores haitianos François e Jean-Claude Duvalier usavam tais rituais para amedrontar suas vítimas.



No vodu haitiano, acredita-se, de acordo com tradição africana difundida, que há um Deus que é o criador de tudo, chamado de "Bondje" (do francês "bon Dieu", "bom deus"), distinguido do Deus dos brancos em um discurso dramático pelo houngan Dutty  Boukman  em Bwa Kayiman, mas que é considerado frequentemente o mesmo Deus da  Igreja Católicade maneira informal. Bondje é distante de sua criação: por isso, são os espíritos, mistérios, santos ou anjos que o voduísta invoca para ajudá-lo, assim como os antepassados. . O voduísta adora Deus e serve os espíritos, que são tratados com honra e respeito como se fossem membros mais velhos de uma casa. Diz-se que são 21 nações ou nanchons de espíritos, também chamadas às vezes "lwa-yo". Algumas das nações mais importantes do lwa são o Rada , o Nago e o Kongo. Os espíritos vêm também nas "famílias" que compartilham de um sobrenome, como Ogou , ou Ezili  , ou  Azaka ou Ghede. Por exemplo: "Ezili" é uma família, Ezili Dantor  e  Ezili Freda são dois espíritos individuais nessa família. A família de Ogou é de soldados, o Ezili governa as esferas femininas da vida, o Azaka governa a agricultura, o Ghede governa a esfera da morte e da fertilidade. No vodu dominicano, há também uma família de Água Doce ou "das águas doces", que abrange todos os espíritos dos índios. Há literalmente centenas de lwas. Oslwas mais conhecidos são Danbala, Wedo, Papa Legba  Atibon e Agwe Tawoyo.



No vodu haitiano, os espíritos são divididos de acordo com sua natureza em basicamente duas categorias: quentes ou frios. Os espíritos frios entram sob a categoria Rada, e os espíritos quentes entram sob a categoria Petro. Os espíritos de Rada são familiares e vêm na maior parte da África, e os espíritos de Petro são na maior parte nativos do Haiti e requerem mais atenção ao detalhe do que o Rada, mas ambos podem ser perigosos se irritados ou contrariados. Nenhum é "bom" ou "mau" com relação ao outro.
Diz-se que todos possuem espíritos, e cada pessoa é considerada como tendo um relacionamento especial com um espírito particular, que é dito "possuir sua cabeça", porém uma pessoa pode ter um lwa, que possui sua cabeça, ou met tet, que pode ou não ser o espírito mais ativo na vida de alguém de acordo com os haitianos.
Ao servir os espíritos, o voduísta busca conseguir a harmonia com sua própria natureza individual e o mundo em torno dele. Parte desta harmonia é preservar o relacionamento social dentro do contexto da família e da comunidade. Uma casa ou uma sociedade de vodu é organizada pela metáfora de uma família extensa, e os noviços são os "filhos" de seus iniciadores, com o sentido da hierarquia e da obrigação mútua que implica.



A maioria de voduístas não iniciada é vista como "bosal"; não é uma exigência ser um iniciado a fim de servir aos espíritos. Há um clero  no vodu haitiano cuja responsabilidade é preservar os rituais e as canções e manter o relacionamento entre os espíritos e a comunidade como um todo (embora isto seja responsabilidade de toda a comunidade também). Encarregados de conduzir o culto a todos os espíritos de sua linhagem, os sacerdotes  são conhecidos como "Houngans", e as sacerdotisas como "Manbos". Abaixo dos houngans e das manbos, estão os hounsis, que são os  noviços que atuam como assistentes durante cerimônias e que são dedicados a seus próprios mistérios pessoais. Ninguém serve a qualquer lwa: somente ao que se "tem" de acordo com o próprio destino ou natureza. Os espíritos que uma pessoa "têm" podem ser revelado em uma cerimônia, em uma leitura, ou nos sonhos. Entretanto, todo voduísta serve também aos espíritos de seus próprios antepassados de sangue, e este aspecto importante da prática do vodu haitiano é, frequentemente, subestimado pelos seus comentadores, que não compreendem seu significado. O culto do antepassado é, de fato, a base da religião vodu haitiana, e muitos lwas, como Agassou  (um antigo rei do Daomé) por exemplo, são, de facto, ancestrais que foram elevados à categoria de divindade.




Os valores culturais que Vodu engloba centram em torno das ideias da honra e do respeito - ao deus, aos espíritos, à família e à sociedade, e a si mesmo. Há uma ideia plural de apropriado e de impróprio, no sentido que o o que é apropriado a alguém com Danbala  Wedo como sua cabeça pode ser diferente de alguém com Ogou Feray  como sua cabeça, porque, por exemplo, um espírito está muito frio e outro está muito quente. A frieza geral é avaliada, assim como a habilidade e inclinação de proteger-se aos seus se necessário. O amor e a sustentação dentro da família da sociedade de vodu parecem ser a consideração mais importante. A generosidade em dar à comunidade e aos pobres é também um valor importante. As dádivas vêm através da comunidade e há a ideia que deve-se ser disposto a retribuir por sua vez. Desde que vodu tem tal orientação da comunidade, não há "solitários" em vodu, somente as pessoas separadas geograficamente de seus antepassados e casa. Uma pessoa sem um relacionamento de algum tipo com pessoas idosas não estará praticando Vodu como se compreende em Haiti e entre Haitianos.
A religião do vodu haitiano é antes uma tradição estáticado que baseada na fertilidade e não discrimina os homossexuais , ou outras pessoas de maneira alguma. De fato, há hounfos, ou templos, no Haiti cujo clero é inteiramente de gays e lésbicas etc. No vodu haitiano, a orientação sexual do praticante não é de nenhum interesse em um ambiente ritual. Vê-se-a apenas como uma maneira através da qual o deus fez uma pessoa. Os espíritos ajudam a cada pessoa simplesmente ser a pessoa que é.
Existe uma diversidade de práticas em vodu através do Haiti e da diáspora haitiana. Por exemplo: no norte de Haiti, o sèvis tèt ("lavagem de cabeça") ou o kanzwe pode ser a única iniciação, como na República Dominicana e em Cuba, enquanto que, em Porto Príncipe e no sul, se praticam os ritos kanzo com três classes da iniciação – kanzo senltimoé a modalidade mais familiar da prática fora de Haiti. Algumas linhagens combinam ambos, como relata a Manbo Katherine Dunham de sua experiência pessoal em seu livro  Island Possessed.
Ainda que a tendência geral do vodu seja relacionada a suas raízes africanas, não há nenhuma forma fixa, ocorrendo variações em cada casa ou linhagem particular. Os pequenos detalhes do serviço e dos espíritos servidos variarão da casa a casa, e a informação nos livros ou na Internet pode, consequentemente, parecer contraditória.
Não há nenhuma autoridade central no vodu haitiano, já que "cada manbo e houngan é a cabeça de sua própria casa", como diz um provérbio popular no Haiti. Existem muitas seitas além do Sevi Gine no Haiti, tal como o MakayaRara e outras sociedades secretas, cada uma com seu próprio panteão distinto de espíritos.
Um provérbio comum é que o Haiti é 80% católico romano. No sul dos Estados Unidos, o vodu haitiano veio a influenciar o sistema de mágica popular  e religião popular, conhecido como hoodoo, que deriva primeiramente de práticas do Congo e de Angola  na África central. A sobrevivência foi possivelmente influenciada pelo Haiti no sul dos Estados Unidos, entretanto, dentro das igrejas espirituais Africano-Americanas de  Nova Orleans, uma seita cristã fundada por Mãe Leafy Anderson em meados do século XX, incorpora a iconografia católica, adoração extática derivada de formas pentecontais  e  espiritualismo. Uma característica das igrejas espirituais de Nova Orleans é honrar o espírito americano nativo chamado Falcão Preto. 




O vodu veio ser associado na mente popular com os fenômenos como "zombies " e "bonecas do vodu". Enquanto há uma evidência etnobotânica que se relaciona à criação do "zombi", é um fenômeno menor dentro da cultura rural do Haiti e não uma parte da religião do vodu em si. Tais coisas caem sob os auspícios do "bokor" ou do feiticeiro antes que do sacerdote do Lwa Gine. A prática de furar com agulhas "em bonecas vodus" foi usada como um método de amaldiçoar um indivíduo por alguns seguidores do que veio a ser chamado "Voodoo de Nova Orleans ", que é um variante local do vodu.



Esta prática não é original ao Vodu de Nova Orleans , entretanto, e tem tanta base em dispositivos mágicos europeus, tais como a poppet, quanto no niksi ou bocio da África Ocidental  e Central. . As bonecas de vodu não são uma característica da religião haitiana, embora as bonecas feitas para turistas possam ser encontradas no Mercado de Ferro em Porto Principe  capital do Haiti. A prática tornou-se associada ao vodu na mente popular através dos  filmes de horror.




Noções relacionadas

  • Asagwe - Dança usada para honrar os deuses do Vodou haitiano.
  • Avalou - ("súplica") dança do Vodou haitiano.
  • Coco macaque - Vodou haitiano implementar. É um pedaço de pau, que é suposto ser capaz de andar por conta própria. O proprietário de um macaco de coco pode enviá-lo em missões. Se ele é usado para acertar um inimigo, o inimigo irá morrer antes do amanhecer.
  • Gangan, Houngan - Sacerdotes do Haiti. Eles conduzem os povos na dança, percussão e cantando para invocar o loa.
  • Ghede - Família de espíritos relacionados com a morte e fertilidade
  • Guinee - Vida após a morte haitiana. Também é o lugar onde a vida começou e na casa de seus deuses.
  • Loa - Deus ou Deusa haitianos.
  • Mambo -Sacerdotisa haitiana que, juntamente com o Houngan, conduz os rituais vodou e invoca o loa.
  • Paket kongo - Encantos feitos de matéria orgânica enrolado em um pano, que visa despertar o loa.
  • Petro - Família dos espíritos agressivos e belicosos
  • Rada - Velhos, família benéfica dos espíritos
  • Ville au Camp - ("Casa nos Campos") A capital subaquática da loa
  • MITOLOGIA  CHINESA




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