ASSUNTOS MÍSTICOS

                             

                                        VÊNUS   DE  MILO


               A estátua está guardada no Museu do Louvres, em Paris. Foi ali recolhida no ano de 1821.Ela foi encontrada pelo camponês Giórgios Bottonia e seu filho Antonio, em 1821, na Ilha de Milo ou Milos, localizada no Mar Egeu, recebendo, por esse motivo, essa denominação Vênus de Milo.
                A relíquia foi achada sob as terras de uma horta entre muitos fragmentos de mármore.
             Faltam-lhe dois braços. Cientistas tem discutido a posição dobraços " invisíveis" e se a estátua estava só ou se constituia um grupo nos dois blocos de mármore.
                        De quem seria o trabalho?
                Segundo alguns, é obra prima da estatuária grega, de Praxíteles, talvez. As suas estátuas de Vênus eram célebres na Antiguidade.
                       Outros se opõem a esta afirmativa, alegando que o fragmento do pedestal trazia a inscrição : "Alexandre, filho de Mênis, de Antioquia, in Maander, fez isto".
                         Mas,  porque Vênus?
                        Vênus era a deusa da formosura e presidia aos apetites sexuais. A estátua também se chama Afrodite, palavra que em grego significa escuma. Na Grécia, Vênus está representada como saindo das ondas.
                           Inestimável é o valor da |Estátua de Vênus. O agente consular francês, na época, Monsieur Brest pagou a Giórgios e a seu filho Antonio, a importância de 550 francos, a fim de que a França entrasse na posse do precioso achado.
                          Diversas são as hipóteses acerca dessa descoberta: uma é a que, junto da estátua encontrou-se um fragmento de mão a segurar uma maçã.


Outra, é a versão da estátua ter sido encontrada em Milo, do greg Mêlos, que significa " maçã".
                         Há quem diga que a estátua é de uma mulher de nome Vênus, belíssima rainha da Fenícia, chamada Astarte.






                    ZEND - AVESTA

É a Bíblia dos persas.
ZEND-AVESTA é o nome que " os europeus dão comumente aos livros sagrados dos persas ou guebros, os quais devem denominar-se simplesmente AVESTA.
Quer dizer " Livro da Sabedoria". Escreveu-o o profeta Zoroastro, há milênios de anos atrás, segundo dizem, inspirado em AHURA-MAZDA (Deus da Luz).
Substituiu ele todos os deuses persas por Ormuz ( principio do Bem) e  Arimânio (princípio do Mal).
Zoroastro ou Zaratrusta ou Zoroastres teria vivido por volta do século VII a.C( 660-583).
O ZEND-AVESTA é um conjunto de 21 livros sagrados todos escritos no idioma  zend, língua indo-européia falada pelos antigos persas.
Sabe-se que essa mais antiga obra da literatura persa foi gravada em 12.000 couros de vaca, porque Zoroastro afirmara que a luta entre o Bem( Ormuz) e o Mal( Arimânio) duraria cerca de 12.000 anos.
Pouco resta dessa relíquia. Seus fragmentos estão hoje no Museu de Teerã.
O primeiro manuscrito do AVESTA só foi conhecido na Europa no século XVII, em 1633, data aproximada.


C E M I T É R I O


Cemitério vem do latim  coemeterium,  que por sua vez deriva do grego  koimeterion, que quer dizer  eu descanso; durmo; dormitório.
A palavra nasceu na Antiguidade. Acreditavam os gregos que as sepulturas serviam de lugar de descanso para os espíritos que, libertados do corpo, dormiam nas catacumbas.
O cemitério é uma criação do Cristianismo.A sua existência, como patrimônio da comunidade cristã, data do século I(II da nossa Era.Anteriormente a essa época, existiam sítios particulares para o enterramento dos mortos.  O cristianismo obrigou os fiéis a ter cemitérios próprios.

Na Grécia Antiga, as sepulturas dos mártires receberam nos primeiros tempos do Cristianismo o nome de catacumbas.
O enterro de pessoas dentro dos templos teve fim no seculo XIX, por um decreto do Vaticano. Eram grandes os abusos e o Papa quebrou uma tradição milenar.


                                                 A  ESFINGE

Esfinges representam monstros fabulosos com cabeça humana e corpo de leão. Segundo os historiadores, existem duas espécies de esfinges: a egípcia a a grega. O corpo de leão e cabeça humana caracterizam a esfinge egípcia. Já a cabeça e seio de mulher, corpo de leão, garras leoninas, asas de águia e cauda guarnecida duma lança aguda são caracteristicas da esfinge grega.
Essas gigantescas estátuas, erigidas séculos antes de Cristo, vem despertando a atenção dos arqueólogos.
Por que os antigos veneravam esses monólitos?
A mais célebre esfinge de todo o mundo é a de GIZÉ. Ergue-se nas proximidades de Mênfis, no Egito, a pouco mais de cem metros das pirâmides e junto à foz do Nilo. É um monumento de um só bloco de pedra. Diz-se que a famosa estátua foi cortada no próprio rochedo emergente das extensas areias.
A Esfinge de Gizé data de época anterior à das pirâmides. Pela sua importância e significação histórica, a relíquia de um dos patrimônios mais bem guardados do globo.
Ignora-se-lhe a idade. Seria a estátua mais antiga do mundo. Acha-se em frente da segunda pirâmide.
Vale a pena transcrever aqui a observação cientifica de A.Laterre sobre a famosa Esfinge de Gizé:
- A cento e poucos metros das pirâmides, sejam mesmo 144 como querem alguns, surgiu da terra outro bloco de pedra maior, cujo aspecto se assemelhava à pedreira de São Diogo, junto à nossa estrada de ferro, medindo mais de 20 metros de altura e mais de 80 de comprimento. Foi nessa montanha de pedra, que os milhares de operários escultores levaram séculos a cavar a fantástica figura que denominamos de Esfinge, da qual falam os profetas Ezequiel, Daniel e João em seu Apocalipse. Fizeram-na com cabeça de homem, patas de leão, corpo de touro e asas de águia. Basta um pouco de concentração para se medir o arrojo da empresa em desbastar uma pedreira a buril, para reduzi-la a uma imagem e a soma de conhecimentos técnicos a pa do grau de perfeição artística a que tinham atingidos os operários sobre andaimes de 20 metros de altura, sem o necessário recuo para apreciação do efeito, obedecendo unicamente a um rigoroso traçado. Pela boca que mede 2 metros e 33 centímetros de largura se pode tirar uma conclusão do resto. A expressão do olhar, ainda hoje, é tão surpreendente que, aquele monólito parece ter vida. Ela firma a vista para o lado do ocidente, talvez da Atlântida, erguendo um pouco a cabeça, como que para abranger maior horizonte. Pintaram-na de vermelho, simbolizando, talvez a raça vermelha desaparecida no cataclisma, raça que ela conheceu por se achar arquivada no tempo...
A famosa Esfinge de Gizé, para muitos historiadores, representa o Deus RA,( Egito) e é o simbolo do Sol nascente. segundo alguns outros, foi construida por Cefrém dos gregos,( Kafrê-Rã), construtor da segunda pirâmide de Gizé.
 É uma imagem descomunal de Harmaquis, o deus egípcio da Aurora.
Mede cerca de 30 metros de comprimento( 39 metros da extremidade das patas anteriores à base da cauda) e 17 metros de altura( do solo ao cimo da cabeça).
A célebre esfinge desaparecerá ao correr dos séculos, tragada pela areia do deserto.
Esfinge é palavra originária do grego sphigx , pelo latim  sphinge. Em grego significa: monstro que estrangulava quem não adivinhasse os seus enigmas.


                                                               BÍBLIA  DE  FERRARA




No célebre Museu Britânico, existe um raríssimo exemplar dos Evangelhos, escrito com ouro. Seu valor é inestimável. Na cidade de Buenos Aires, Argentina, apareceu a famosa Bíblia  de Ferrara. Trata-se de uma obra de primeira edição em lingua espanhola, traduzida, palavra por palavra, do hebreu, revista pelo Oficio de Inquisição, como privilégio do Duque de Ferrara, datada de 1 de março de 1553. São conhecidos somente cinco exemplares dessa Biblia: a do Museu Britânico, a do Escurial, a da Biblioteca Grenvillana, a de Madri e a de Amsterdã. A raridade se acha na Biblioteca Dobranch. O pastor Lu-Chen-Chung, de Hong-Kong, passou vários anos traduzindo  Antigo Testamento, do original hebraico para o chinês moderno. O importantíssimo trabalho foi realizado sob a orientação da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira!



CANCIONEIRO DA VATICANA

Na famosa Biblioteca do Vaticano encontra-se um originalíssimo códice do século XV ou XVI, que contém numerosas canções e trovas portuguesas, num total de 56.
A interessante coleção tem o nome de Cancionero da Vaticana e possui um valor incalculável.




A maior crucificação de que há memória foi levada a efeito no ano de 71 a.C.
Corria o tempo de Pompeu, na cidade de Roma.Dominada a revolta dos 200.000 escravos sob  comando de Espártaco, as legiões romanas, furiosas, num dó dia, crucificaram perto de 6.000 dos revoltosos vencidos!
Recorria-se à crucificação para infligir uma punição cruel e demorada e a vitima, algumas vezes, ficava sem morrer durante vários dias. Em Jerusalém havia um sentimento  considerável de oposição à crucificação e existia uma sociedade de mulheres judias que sempre enviava uma representante às crucificações, cm o proposito de oferecer vinho drogado à vitima para minorar seu sofrimento.



Segundo alguns historiadores, chamava-se Longino o soldado romano que feriu  peit de Jesus Cristo com uma lança, quando já agonizava na cruz.
Existem poquissimos relatos u documentos sobre a vida desse homem. Pelo fato de  seu nome ser uma derivação grega e significar " lança", alguns autores acham que ele foi o centurião quem feriu Cristo o peito ( Jo,19.34) ou apenas como o  centurião que, durante a crucificação, reconheceu Jesus, como  Filho de Deus!


Através de vários estudiosos, os relatos dos Evangelhos explica que, em razão de ao por do sol ter início o shabat ou dia santo, os corpos crucificados não poderiam ficar expostos, para que esse dia não fosse profanado. Assim, para terem certeza de que todos estavam mortos, os soldados romanos quebravam as pernas de cada um. No entanto, as pernas de Jesus foram poupadas, mas um dos soldados perfurou-lhe o corpo com uma lança. O liquido saiu do corpo de Jesus e teria respingado nos  olhos desse soldado, curando-o instantaneamente de uma grave doença ocular. 


Esse soldado se converteu e abandonou  exército romano, transformando-se num monge e percorrendo toda a Cesaréia e a Capadócia, atual Turquia.
São Longino foi preso, torturado por causa de sua enorme fé cristã, teve seus dentes arrancados e a sua língua cortada.

Maximiano,  Hércules, imperador romano de 285 a 305, teria sido  mais alto de todos os imperadores da História. Media cerca de 2,50 m de altura.


O famoso Templo de Salomão, construído por volta de 1012 a.C., em Jerusalém, desapareceu aos pedaços sob o peso dos séculos. Foi obra notável do engenheiro Hiran, que o construiu em sete anos de trabalho ininterrupto.



Afirma-se que só um papa na História morreu leproso. Ganganelli era a sua alcunha. \chamava-se Papa Clemente XVI.

Chamava-se Tigelino o homem que incendiou Roma por ordens do  Imperador Nero. O ato de crueldade remontaria ao ano 60 de nossa Era.


Deve-se ao grego Tales de Mileto, a divisão do ano em 365 dias. Esse matemático, astrônomo e filósofo teria vivido de 640 a 546 a.C.


A cruz na qual Jesus Cristo foi crucificado era de madeira tirrene, muito usada na época!

Stressmayer foi o único cardeal na História da Igreja, que protestou, num memorável Concilio, contra a infalibilidade do Papa. O  ato remonta a 1876.


A festa de Natal, como festa móvel, teria sido instituída no século II pelo Papa Telesforo. A data atual, de 24 para 25 de dezembro, deve-se ao Papa Júlio I.


Diz-se que na parte da Antiga  Heracléia, cidade da velha Itália ( Lucânia), ainda se veem inscrições alusivas à vitoria de Pirro sobre os romanos, em 280 a.C.


Famoso reino de Jerusalém surgiu em 1099 pelas mãos dos Cruzados e acabou-se em 1291, destruído pelos mamelucos.


O menor livro do mundo tem cerca de 18 milímetros de comprimento por 12 de largura. Trata-se de um Novo Testamento, impresso nos Estados Unidos, em 1895. Constitui-se de 860 páginas.


Na Roma antiga, depois do censo da população, trabalho que era realizado de cinco em cinco anos, fazia-se um curioso sacrifício expiatório




Entre gregos e romanos via-se a legião, corpo de tropa que se constituía de 6.000 homens, no tempo de Júlio César e durante todo o Império dos Césares (  efetivo era de 4.500 homens à época de Polibio) A legião, em Roma, em todo o período da República era comandada por tribunos, dois a dois, por espaço de dois meses. Com  restabelecimento do Império, tal corpo de tropa passou a ser comandado por um oficial e, mais tarde,  comando, cinquenta e nove centuriões e alguns oficiais de estado-maior. No tempo dos Cesares, Roma possuía numerosas legiões e cada uma delas se fracionava em dez coortes: " Coorte era a unidade tática romana; dividia-se em três  manípulos ou seis  centúrias".
Diz-se que Trajano ( imperador romano de 98 a 117) teve a seu serviço 30 legiões, e as mais bem organizadas de toda a Roma.




Chama-se, hoje, La Punta, a antiquissima cidade de Áctio, localizada na Grécia Ocidental, onde a frota de Marco Antonio e de Cleópatra foi vencida pelos exércitos de Otávio, em 31 a.C.



O mais notável Templo de Vênus ergue-se em Pafo, velha cidade da Ilha de Chipre.




A antiquissima Igreja do Santo Sepulcro, na cidade de Jerusalém, que seria  o mais velho templo cristão do mundo, foi construída por Constantino I, o Grande.
















       
                  TERÇO  OU  ROSÁRIO?


Algumas pessoas não conhecem a diferença entre o Terço e o Rosário. Para muitos, ambos são a mesma coisa, mas esse fato não é real.

Existe uma diferença  entre o Terço e o Rosário:

-  Rosário é o conjunto de 150 Ave-Marias, ou seja, 15 mistérios que 
contemplamos desde a anunciação do anjo Gabriel até a coroação de Maria 
como Rainha do Céu e da Terra. 

-Terço como o próprio nome diz se trata da terça parte do Rosário, ou seja,
 50 Ave-Marias ou 5 mistérios. 

Temos então, o Rosário dividido em três partes: A primeira parte os Mistérios
 Gozosos, a segunda parte os Mistérios Dolorosos e por fim os Mistérios
 Gloriosos. 





Quem  achar  difícil  no  seu dia-a-dia rezar o Rosário inteiro, pode  dividi-lo 

rezando a primeira parte de manhã, a segunda a tarde e a terceira a noite,

 mas se mesmo assim continuar difícil, pode fazer como o proposto acima,

 rezando uma terça parte por dia, ou seja, o Terço.









"O Rosário, lentamente recitado e meditado - em família, em comunidade, pessoalmente - vos fará

 penetrar, pouco a pouco, nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os

 acontecimentos que são a chave de nossa salvação" -

João Paulo II



A Santíssima Virgem revelou ao Beato Alano que, quando São
 Domingos pregou o Rosário, pecadores endurecidos foram tocados
 e choraram amargamente seus crimes, e até crianças fizeram 
penitências incríveis.
O fervor foi tão grande, por toda a parte onde ele pregava, que os
 pecadores mudaram de vida e edificaram todo o mundo por suas
 penitências.
O Beato Alano atesta que livrou grande número de possessos
 colocando o Rosário em seu pescoço.
Santo Agostinho assegura que:
- Não há exercício mais frutuoso e mais útil para a salvação do que
 pensar frequentemente nos sofrimentos de Nosso Senhor.

Santo Alberto Magno, mestre de São Tomás, soube por revelação que:

- a simples lembrança ou meditação da paixão de Jesus Cristo é mais
 meritória ao cristão do que jejuar a pão e água todas as 
 sextas-feiras de um ano inteiro, ou tomar a disciplina até o sangue
 todas as semanas, ou recitar todos os dias os cento e cinquenta Salmos.





Ao Beato Alano, Ela disse: 
-"Grande quantidade de indulgências foram concedidas ao meu Rosário,
 mas fica sabendo que Eu acrescentarei ainda muitas mais, aos que 
rezarem o terço em estado de graça, de joelhos e devotamente.
 E a quem nas mesmas condições perseverar nessa devoção,
 Eu lhe obterei no fim da vida, como recompensa por esse bom serviço, 
a plena remissão da pena e da culpa de todos os seus pecados".








         A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800
 à sombra dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que 
os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua maioria 
não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai Nossos. 
Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150
 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra
 a Maria.

        Posteriormente fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.

         A palavra Rosário vem do latim Rosarium, que significa 'Coroa de Rosas'.
        Nossa Senhora é a Rosa Mística (como é invocada na Ladainha Lauretana), e em sua homenagem o nome Rosário, que vem de Rosas. A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que rezam uma Ave Maria lhe é entregue uma Rosa espiritual, e por cada Rosário completo, lhe é entregue uma Coroa de Rosas.
        A rosa é a rainha das flores, Rosa das rosas, como é a Rainha das rainhas. Sendo assim o Rosário a Rosa de todas as devoções e, portanto, a mais importante.

         O Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto com ele está a majestosa história de nossa salvação. Com o rosário, meditamos os mistérios de gozo, de dor e de glória de Jesus e Maria. É uma oração simples, humilde como Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a Mãe de Deus. Com o Ave Maria a convidamos a rezar por nós. A Virgem sempre nos dá o que pedimos. Ela une sua oração à nossa. Portanto, esta é mais poderosa, porque Maria recebe o que ela pede, Jesus nunca diz não ao que Sua Mãe lhe pede. Em cada uma de suas Aparições, nos convida a rezar o Rosário como uma arma poderosa contra o maligno, para nos trazer a verdadeira paz.




        A difusão e posterior expansão do Rosário, a Igreja atribui à São Domingos de Gusmão (século XII), conhecido como o "Apóstolo do Rosário", cuja devoção propagou aos católicos como arma contra o pecado e contra a heresia albigense , que assolava Toulouse (França). 
 
Segundo respeitosa tradição, Nossa Senhora numa Aparição revelou a devoção ao Rosário a São Domingos de Gusmão, em 1214, como meio para salvar a Europa de uma heresia.
Eram os albigenses, que, como uma epidemia maldita, contagiavam com seus erros outros países, a partir do norte da Itália e da região de Albi, no sul da França. De onde o nome de albigenses atribuído a esses hereges, conhecidos também como cátaros (do grego: puros), pois assim soberbamente se auto nomeavam.

Eram lobos disfarçados com pele de ovelha, infiltraram-se nos meios católicos para melhor enganar e captar simpatia. Tais hereges pregavam, entre outros erros, o panteísmo, o amor livre, a abolição das riquezas, da hierarquia social e da propriedade particular — salta aos olhos a  semelhança com o comunismo.




Várias regiões da Europa do século XIII ficaram infestadas pela heresia albigense, e toda a reação católica visando contê-la mostrava-se ineficaz. Os hereges, após conquistar muitas almas, destruir muitos altares e derramar muito sangue católico, pareciam definitivamente vitoriosos.

São Domingos (mais tarde fundador da Ordem Dominicana) intrepidamente empenhou-se no combate à seita albigense, não conseguindo, porém, sobrepujar o ímpeto dos hereges, que continuavam pervertendo os fiéis católicos. E os que não se pervertiam eram massacrados.
Desolado, São Domingos suplicou à Virgem Santíssima que lhe indicasse uma eficaz arma espiritual capaz de derrotar aqueles terríveis adversários da Santa Igreja.
O Bem-aventurado Alain de la Roche (1428 – 1475), célebre pregador da Ordem Dominicana, no livro Da dignidade do Saltério, narra a aparição de Nossa Senhora a São Domingos, em 1214. Nessa aparição, Ela ensina aquele Santo a pregar o Rosário (também chamado Saltério de Maria, em lembrança dos 150 salmos de Davi) para salvação das almas e conversão dos hereges. 


Fonte: Extraído do livro: A eficácia maravilhosa do Santo Rosário
de São Luís Maria Grignion de Montfort)




     

        A   ÁGUA     BENTA


Água benta é, de acordo com o Catolicismo, o Anglicanismo, e a Igreja Ortodoxa, além do Luteranismo, Ortodoxia Oriental , bem como outras igrejas, a  água que foi santificada por um sacerdote, com o propósito de Batismo,bênção de pessoas, lugares e objetos, ou como forma de repelir o mal.


A utilização da água benta para o batismo e a limpeza espiritual é comum em diversas religiões, do Cristianismo ao Sikhismo e Hinduismo. A utilização da água benta como um sacramento para proteção contra o mal, no entanto, é exclusivo da Igreja  Católica Apostólica Romana.
Há menções do uso de água no ritual mosaico. " Tomará água num vaso de barro e pegando um pouco de pó do pavimento do tabernáculo, o lançará na água. Estando a mulher de pé diante do senhor, o sacerdote lhe descobrirá a cabeça e porá em suas mãos a oblação de recordação, a oblação de ciúme. O sacerdote terá na mão as águas amargas que trazem a maldição." (Nm 5,17-18).



"O Senhor disse a Moisés o seguinte;toma os levitas do meio dos israelitas e purifica-os. Eis como farás para purificá-los: asperge-os com a água da expiação e eles passem uma navalha sobre todo o corpo, lavem as suas vestes e purifiquem-se a si mesmos." (Nm 8,5-7). "Derramarei sobre vós águas puras, que vos purificarão de todas as vossas imundícies e de todas as vossas abominações." (Ez 36,25).
Antes era muito comum o uso de água benta entre os católicos, depois a água benta ficou restrita apenas a alguns ambientes. Normalmente encontramos uma pia de água benta na porta das Igrejas, onde o fiel molha a ponta dos dedos e se benze fazendo o sinal da cruz. Também há o uso de água benta em algumas cerimônias da Igreja, como no início da Missa Tradicional: o padre anda na Igreja aspergindo água benta nos fieis, antes de começar a Santa Missa.




Mas há fiéis que levam num vidrinho pequeno, água benta consigo. Aspergem-na discretamente no ambiente de trabalho, na escola, na faculdade, no carro novo que comprou, e até em si mesmos antes de fazerem algum exame, diante de uma provação, diante de uma dificuldade. É muito útil levar água benta consigo.
No início do Cristianismo Santo Alexandre mandou usar o sal na bênção da água. Na lei de Moisés, aspergia-se o povo com água misturada com a cinza do bezerrinho vermelho que imolavam. Chama-se lustral esta água, que limpava o povo das imundícies. O que as cinzas eram na Lei de Moisés é o sal no Novo Testamento. O sal simboliza a sabedoria e a amargura da penitência. Antes de benzer a água, benze-se o sal. A água simboliza o batismo. Benzendo-se a água, o padre vai misturando o sal já bento e assim resulta-se na água benta.
Efeitos espirituais da água benta:
1 – Afugenta todo o poder do demônio no lugar em que se joga a água benta; 
2 – Nos dá forças contra os pecados mortais e veniais; 
3 – Afugenta toda sombra, fantasia e astúcia diabólica; 
4 – Tira as distrações na oração; 
5 – Dispõe a alma, com a graça do Espírito Santo, à maior devoção. 
Efeitos corporais da água benta:
1 – Abundância nos bens temporais; 
2 – Afasta as enfermidades; 
3 – Afugenta os gafanhotos, ratos e outros animais daninhos e ares pestíferos.
_ _ _fONTE:  ALAMAS CASTELOS _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _





ABENÇOAR É UM DOM QUE TODOS NÓS BATIZADOS RECEBEMOS, POIS,
  1. PELO BATISMO, NOS TORNAMOS, SACERDOTES, PROFETAS E REIS EM CRISTO JESUS.
  2. ASSIM, NÓS POSSUÍMOS O DOM DE ABENÇOAR A ÁGUA, OU SEJA, DE TORNAR A ÁGUA BENTA.






























































































































































































  • BÊNÇÃO DA ÁGUA EM LATIM





























































































































































































  • †Exorcizo te, creatura aquæ, in nomine Dei Patris omnipotentis, et in nomine Jesu Christi, Filii ejus Domini nostri, et in virtute Spiritus Sancti: ut fias aqua exorcizata ad effugandam omnem potestatem inimici, et ipsum inimicum eradicare et explantare valeas cum angelis suis apostaticis, per virtutem ejusdem Domini nostri Jesu Christ: qui venturus est judicare vivos et mortuos et sæculum per ignem
    Deus, qui ad salutem humani generis maxima quæque sacramenta in aquarum substantia condidisti: adesto propitius invocationibus nostris, et elemento huic, multimodis purificationibus præparato, virtutem tuæ benedictionis infunde; ut creatura tua, mysteriis tuis serviens, ad abigendos dæmones morbosque pellendos divinæ gratiæ sumat effectum; ut quidquid in domibus vel in locis fidelium hæc unda resperserit careat omni immunditia, liberetur a noxa. Non illic resideat spiritus pestilens, non aura corrumpens: discedant omnes insidiæ latentis inimici; et si quid est quod aut incolumitati habitantium invidet aut quieti, aspersione hujus aquæ effugiat: ut salubritas, per invocationem sancti tui nominis expetita, ab omnibus sit impugnationibus defensa. Per Dominum, amen. †






























































































































































































  • † Eu exorcizo a ti, criatura da água, em nome de Deus Pai Todo-Poderoso, e em nome de Jesus Cristo, seu Filho, nosso Senhor, e no poder do Espírito Santo, e tu água ás tornar exorcizado fugir a todos o poder do inimigo, e o inimigo se para erradicar e suplantar que, com os seus anjos; apóstata, do mesmo pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo: Quem virá para julgar os vivos e os mortos e o mundo pelo fogo.
  • Ó Deus, que para a salvação da raça humana tem construído seus maiores mistérios sobre esta substância, na sua bondade ouvir as nossas orações, e este elemento, preparado por purificações muitos, derramar o poder de sua bênção, para que as tuas criaturas, serviço de Teus mistérios, ao agente da graça divina no efeito de de modo que tudo o que estava em casa ou nos locais de fiéis polvilhado com esta água está livre de toda a impureza, ele poderia ser libertado a partir de coisas prejudiciais. Eu não residir espírito pestilento, sem atmosfera corromper: todos os esquemas do inimigo oculto, e se ele ou a segurança dos habitantes do que é que ele inveja ou neutro, com uma pitada de voo por esta água, para que a saúde, através da invocação de seu santo nome é em última análise, desejável, é por todos os ataques. Através do Senhor, amém. †

  •                    BÊNÇÃO DA ÁGUA
  •  ( FAZ O SINAL DA CRUZ ENQUANTO DIZ _

     O NOSSO AUXÍLIO ESTÁ NO NOME DO SENHOR+
    QUE FEZ O CÉU E A TERRA


    EU TE ABENÇOO, Ó CRIATURA ÁGUA, EM NOME DE DEUS PAI ONIPOTENTE, DE JESUS CRISTO, FILHO DE DEUS, NOSSO SENHOR, E PELA VIRTUDE DO ESPÍRITO SANTO, PARA QUE PONHAS EM FUGA OS PODERES OCULTO DO INIMIGO, PARA QUE O EXTERMINES E ANIQUILES COM TODOS OS ANJOS DELE, PELO PODER DO MESMO JESUS CRISTO NOSSO SENHOR, QUE HÁ DE VIR JULGAR NO FOGO OS VIVOS E OS MORTOS.

  • AMÉM

  •                           BÊNÇÃO  DO  SAL


  • ORAÇÃO:

  • Ó DEUS ETERNO E ONIPOTENTE, NÓS VOS SUPLICAMOS HUMILDEMENTE  À VOSSA INFINITA MISERICÓRDIA A GRAÇA DE ABENÇOARDES E SANTIFICARDES ESTE SAL QUE VOS DIGNASTES CRIAR PARA USO DOS HOMENS, E DE CONCEDERDES  A QUEM O RECEBER A SAÚDE DO CORPO E DA ALMA. E FAZEI SENHOR QUE TUDO AQUILO, EM QUE ELE TOCAR OU FOR LANÇADO, SE CONSERVE IMUNE DA IMPUREZA, E DOS ATAQUES DO ESPÍRITO DA MALDADE. POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO VOSSO FILHO.
  • (Deite o sal bento na água por três vezes em forma de cruz e diga:)

    QUE ESTA MISTURA DE SAL E DE ÁGUA SE FAÇA + EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. AMÉM

  • ORAÇÃO SOBRE A ÁGUA E O SAL MISTURADOS:
  • Ó DEUS, QUE SOIS PRINCÍPIO DE INVENCÍVEL PODER, REI DUM IMPÉRIO INDESTRUTÍVEL E QUE TRIUNFAIS SEMPRE COM GRANDE GLÓRIA, A VÓS QUE REPRIMIS AS FORÇAS, DOS QUE TENTAM SUBVERTER OS VOSSOS DESÍGNIOS,



  •  QUE ABATEIS A FÚRIA RUGIDORA DO INIMIGO E DEBANDAIS OS PODERES HOSTIS DA MALDADE, SUPLICAMOS E PEDIMOS COM HUMILDADE E TEMOR, QUE VOS DIGNEIS OLHAR FAVORAVELMENTE PARA ESTA CRIATURA DE ÁGUA E SAL;

     QUE A NOBILITEIS COM A EFUSÃO DO VOSSO ESPÍRITO SANTIFICADOR, PARA QUE DE TODO O LUGAR QUE FOR COM ELA ASPERGIDO SE AFASTE PELA INVOCAÇÃO DE VOSSO NOME SANTÍSSIMO, O CONTÁGIO DO ESPÍRITO DA IMPUREZA E O MEDO DA MORTÍFERA SERPENTE,

     PARA QUE A PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO NOS ASSISTA EM TODA PARTE COM A VOSSA MISERICÓRDIA.

     POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO VOSSO FILHO NA UNIDADE DO MESMO ESPÍRITO SANTO, POR TODOS OS SÉCULOS DOS SÉCULOS.
    AMÉM





    1.               BÊNÇÃO DO INCENSO


    2. POR INTERCESSÃO DO BEM-AVENTURADO SÃO MIGUEL ARCANJO, QUE ESTÁ DE PÉ À DIREITA DO ALTAR DO INCENSO, E PELA DE TODOS OS SANTOS, DIGNE-SE O SENHOR ABENÇOAR + ESTE INCENSO E ACEITÁ-LO COMO SUAVE PERFUME. POR JESUS CRISTO NOSSO SENHOR. AMÉM

      Observação:
      Use o incenso em seu altar, oratório, também incense cruzes ou imagens que tenha em sinal de reverência, ou para abençoar sua casa, seus obejtos.
      O incenso é sinal de nosso louvor e de nossa prece que se eleva a Deus. Enquanto o usa ou oferece em seu altar em suas orações, mentalize seus pedidos ou apenas deixe-se levar pela beleza da fumaça que se eleva, você sentirá como sua oração ficará mais rica com esse gesto de louvor a Deus e sentirá os efeitos benéficos desse ritual.

      Pode-se dizer as seguintes preces quando se oferece o incenso no altar ou oratório:

      QUE ESTE INCENSO, QUE ABENÇOASTES, SUBA ATÉ VÓS, SENHOR, E SE DERRAME SOBRE NÓS A VOSSA MISERICÓRDIA.
    FAZEI, SENHOR, QUE A MINHA ORAÇÃO SUBA COMO ESTE INCENSO, À VOSSA PRESENÇA, E QUE O ERGUER DAS MINHAS MÃOS SEJA COMO UM SACRIFÍCIO DA TARDE.
    PONDE GUARDA, SENHOR, À MINHA BOCA E UM FREIO A ESTES MEUS LÁBIOS, NÃO SE ME ENREDE O CORAÇÃO EM PALAVRAS DE MALDADE À BUSCA DE PRETEXTO PARA SE EXCUSAR DO PECADO.
    OU: 
    QUE O SENHOR ACENDA EM NÓS O FOGO DO SEU AMOR E A CHAMA DA ETERNA CARIDADE. AMÉM



                                 BÊNÇÃO DA VELA







    SENHOR DEUS, PAI ONIPOTENTE, LUZ INDEFECTÍVEL, E AUTOR DE TODA LUZ, ABENÇOAI ESTE LUME, QUE JÁ POR VÓS FOI ABENÇOADO E SANTIFICADO PARA ILUMINAR O MUNDO E FAZEI QUE SEJAMOS NELE ABRASADOS E ALUMIADOS COM O FOGO DA VOSSA CLARIDADE.
    E ASSIM COMO ALUMIASTES MOISÉS QUANDO SAIU DO EGITO, ILUMINAI TAMBÉM OS NOSSOS CORAÇÕES E SENTIDOS PARA QUE MEREÇAMOS CHEGAR À VIDA E LUZ ETERNA. E FAZEI QUE EM TODO O LUGAR ONDE FOR LEVADA O MISTÉRIO DESTA LUZ, OS PODERES DAS SOMBRAS CEDAM À VIRTUDE DA VOSSA DIVINA MISERICÓRDIA. POR CRISTO, NOSSO SENHOR. AMÉM

    Observação:
    A vela pode ser usada na Bênção da casa levando-a em todos os cantos da casa, traçando o sinal da Santa Cruz nas portas e janelas e em todos os ambientes, rezando  sempre, pode-se dizer apenas: LUMEN CHRISTI! ( LUZ DE CRISTO!)



    FONTE:   RITUAIS CATÓLICOS...5  Edição
                    
                    CURIOSIDADES

    http://rezairezairezai.blogspot.com.br/p/bencaos-da-agua-bencaos-do-sal.html




                          C I L I C I O S

    Cilício era uma túnica, cinto ou cordão de crina, que se trazia sobre a pele para mortificação ou penitência.
    O termo vem do latim cilicinus que quer dizer feito de pêlo de cabra, ou cilicium que quer dizer tecido áspero ou grosseiro de pelo de cabra ou vestido de gente pobre. Hoje é conhecido como forma de mortificação voluntária ao lado do jejum e abstinência dentre outras formas.


    Modernamente tem sido substituído por instrumentos mais discretos que produzem efeito corporal similar. Muitos santos usaram o cílício como forma de penitência, mortificação ou sacrifício voluntário.
    São João Batista  vestiu-se com pele de cabra enquanto se afastou no deserto e jejuava. 
    Santa Rosa de Lima discretamente, usava espinhos por debaixo de uma coroa de rosas que portava com habitualidade. 
    Thomas More , por debaixo da camisa de seda com que comparecia à corte de Henrique VIII, usava habitualmente uma outra de tecido grotesco, a título de cilício, como forma de sacrifício voluntário.
     O Papa Paulo VI, Madre Teresa de Calcutá e a irmã  Lúcia de Fátima  praticaram a mortificação corporal dentre muitos outros religiosos e leigos.
    Nos primeiros anos do Cristianismo a utilização de tecidos grosseiros, como meio de mortificação física e para ajudar a resistir às tentações da carne se tornou muito comum. Não somente os ascetas e aqueles que aspiravam uma vida de perfeição cristã, mas mesmo entre os leigos ordinários se serviam como de um antídoto discreto contra a ostentação exterior e o conforto nas suas vidas.
    São Jerônimo  menciona o uso do cilício entre oficiais mundanos, assim como Santo Atanásio,João Damasceno e Teodorico e muitos outros testemunham o seu uso no seu tempo.
     Na mesma época,  Cassiano de Ímola  reprovou o seu uso, afirmando que satisfazia à vaidade de quem se mortificava e que atrapalhava a aplicação ao trabalho manual.
     Na Regra de São Bento de Nursia  não se menciona o uso do cilício mas a S. Benedictus illustratus, sive Disquisitionsum monasticarum libri XII, quibus S.P. Benedicti Regula et religiosorum rituum antiquitates varie dilucidantur de Benedict van Häften, escrita no  século VII sustenta que era freqeente o seu uso na etapa inicial da ordem.
    Na época de Agostinho de Hipona, os batizados adultos vestiam o cilício simbolicamente durante parte da cerimonia.
     Na Idade Média o seu uso generalizou-se, a maioria das ordens monásticas adotou o uso; desde esta época data a prática de fazê-la de fios delgados, para incrementar o incômodo. Deixou de ser usado apenas por monges e religiosos para ser usado pelo leigos que viviam no meio do mundo.  Carlos Magno  foi enterrado com o cilício que havia usado durante a vida. O mesmo se diz de Thomas Becket.


     Os penitentes o vestiam durante a Quarta-feira de Cinzas e o altar da igreja se cobria com um pano deste material durante a Quaresma. No retrato de Tomas Moro  feito por Hans Holbein  intitulado O Jovem, aparece parte deste material próximo dos punhos e do pescoço, sob as finas roupas do Lord Chanceler.
    Notadamente os cartuxos  e os carmelitas  prescrevem o seu uso nas respectivas regras, em outras ordens religiosas o cilício e as disciplinas são usados em caráter voluntário ou individual.



    . No lugar da antiga camisa ou vestimenta emprega-se uma pequena corrente ou cinturão metálico dotado de pequenas pontas que se ata firmemente ao músculo ou nas axilas, as pequenas lesões são cutâneas e não provocam, de ordinário, sangramento - diferentemente da representação exagerada que se vê em algumas versões literárias ou cinematográficas - entretanto deixam marcas visíveis.


    Allen Jr. noticia que  no ano de   1977 havia uma lista de preços fornecida pelo Convento das Carmelitas Descalças de Santa Teresa, e Livorno, Itália, convento em que as freiras fabricam a mão cilícios e disciplinas para suprir encomendas do mundo todo. Os produtos são listados sob o nome genérico de "instrumentos de penitência", quando é recebida a encomenda ela é despachada sob a rubrica de "objetos religiosos".
    Allen Jr. informa ainda, a título de exemplo, que além das próprias freiras carmelitas, dentre outros os Irmãos e Irmãs Franciscanos da Imaculada Conceição, ordem fundada em 1965 com aprovação da  Santa Sé em  1988 e o Mosteiro Mãe da Igreja, em Lagos no Cambola, sacerdotes e membros leigos celibatários da Prelazia do Opus Dei também  fazem uso habitual do cilício.


    Supõe-se que várias ordens religiosas católicas  fazem uso regular do cilício por pequenos períodos de tempo, como instrumento de mortificação com o objetivo de aliar algum sacrifício pessoal ao sacrifício de Cristo na cruz, com espírito de penitência, de reparação e desagravo.
    A mortificação corporal, da qual o cilício é apenas um instrumento, pertence ao patrimônio espiritual da Igreja, é feita pelos religiosos católicos com o espírito que narra o  João Paulo II na Carta Apostólica SALVIFICI DOLORES:
    Cristo não escondia aos seus ouvintes a necessidade do sofrimento. Pelo contrário, dizia-lhes muito claramente: "Se alguém quer vir após mim... tome a sua cruz todos os dias" (Lc. 9,23); e aos seus discípulos punha algumas exigências de ordem moral, cuja realização só é possível se cada um se "renega a si mesmo".
    E ainda, no mesmo documento: 
    -Assim como todos foram chamados a "completar" com o próprio sofrimento "o que falta aos sofrimentos de Cristo" (1Pd 4,13 e Cl 1,24). Cristo ensinou o homem a fazer o bem com o sofrimento e, ao mesmo tempo, a fazer o bem a quem sofre. Sob este duplo aspecto, revelou cabalmente o sentido do sofrimento.



    FONTE:    Wikipédia
                      Livro Caminhos da Fé


     Este é talvez o mais misterioso dos presentes recebidos pelos pais de Jesus, ofertado pelos Três Reis Magos. É uma resina produzida por uma pequena árvore scraggly que cresce em regiões semi-desérticas do Norte de África e o Mar Vermelho. Mirra é uma palavra árabe que significa amargo, e é considerado um curador de feridas por causa de sua forte anti-séptico e anti-inflamatórias. Chamando-mo yao, os chineses usaram durante séculos para tratar ferimentos, hematomas e sangramento e aliviar o inchaço doloroso.



    Os egípcios fizeram famosa nos tempos bíblicos, tendo adquirido mirra sobre o século XV aC a partir de África, onde as árvores cammiphora eram abundantes. Ela foi utilizada em incensos, perfumes e pomadas santo e também medicinalmente como registrado no Papiro de Ebers. Mas seu uso mais notável para eles era a de um material de embalsamamento, usado em múmias egípcias. Como uma pomada embalsamamento isso significava que Ele nasceu para morrer para o mundo. Na verdade, Mirra era uma das especiarias sepultamento de Jesus (João 19:39).

    Na antiguidade, o  ouro  era um presente para um rei, o olíbano ou incenso  para um sacerdote, representando a espiritualidade e a mirra  para um profeta , era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade.

     A mirra é uma árvore espinhosa  , de folhas caducas, que pode atingir 5 metros de altura,
     com flores vermelho-amarelo, e frutos pontiagudos.
     É nativa do nordeste da  África (Somália e partes orientais da Etiópia) encontra-se 
     também no Médio Oriente, Índia e Tailândia. Cresce em matas e prefere solos bem
     drenados e muita exposição ao sol.
     Propaga-se por sementes, na Primavera, ou por estacas ao fim do estágio de
     crescimento. É também o nome dado à resina colhida de fissuras abertas na casca da
     árvore de nome botânico Commiphora molmol, que depois de seca se transforma em
     grânulos de coloração amarela-avermelhada.
     A palavra mirra origina-se do hebraico maror ou murr, que significa "amargo".


     http://universotrade.blogspot.com/2011/08/significado-de-ouro-incenso-e-mirra.html#ixzz2nA0tepLG





             ESTIGMAS  DE   CRISTO

    O que são os Estigmas de Cristo?
    É um mito ou uma realidade?
    Como surgiram?






    Os Estigmas são cada um dos cinco sinais que surgem no corpo, de maneira repentina, exatamente no mesmo lugar onde ocorreu a crucificação de Jesus Cristo, isto é, nas mãos, pés e tórax,onde aconteceu a perfuração com a lança.
    Reproduzem e de maneira muito dolorosa, as cinco feridas ou chagas de Jesus.

    A palavra estigma surgiu do grego stigmata e significa picada dolorosa. Refere-se a feridas que surgem em diversas partes do corpo do devoto católico ou não, numa alusão ao sofrimento físico imposto a Cristo, como: a coroa de espinhos, as chibatadas, as perfurações nas mãos e pés e o ferimento causado pela lança do centurião romano.
    Ser estigmatizado é receber, no próprio corpo, os ferimentos que Cristo recebeu, além de sofrer com perseguições espirituais terríveis, tornando o estigmatizado uma pessoa terrivelmente aflitiva.


    Padre Pio

    Segundo pesquisas, quando os estigmas surgem, a pessoa se encontra em transe profundo. Alguns param de comer e outros ainda passam a ter constantes e terríveis alucinações.
    A Igreja Católica entende que a paixão de Jesus Cristo está sempre muito viva entre os cristãos, sendo mesmo a causa de conversões e que, através dos séculos, Cristo quis reproduzir, em pessoas privilegiadas, as marcas ou estigmas de sua paixão.
    Conforme os parâmetros católicos, o primeiro estigmatizado foi São Francisco de Assis, com o surgimento em suas mãos, pés e costas, chagas semelhantes a do Cristo martirizado.
    Essa intima comunhão de Deus para com o estigmatizado, segundo a Igreja Católica, levaria o indivíduo a um processo de santificação e de certa contribuição para a salvação do mundo.



    Decido a isso, São Francisco de Assis foi canonizado no ano de 1232 e festejado no dia 04 de Outubro.
    No livro " Milagres", de Scott Rogo, vol.3, estão relacionados aproximadamente 312 casos de estigmatização, até o final do século XIX, ressaltando também os casos do não surgimento das chagas, ou seja, os casos das pessoas que sentiam mas dores mas não com ferimentos visíveis. Scott Rogo relata que até agora, apenas sessenta estigmatizados foram beatificados e canonizados.





    O mais interessante nisso tudo e que suscita muitas dúvidas, é que, antes do século XIII, não se conhece nenhum caso de estigmatização.
    Para alguns, isso indica que os estigmas provavelmente foram feitos pelos próprios estigmatizados e existem ainda os que acreditam que tais fenômenos vieram a ocorrer de maneira psicossomática, devido a veneração extrema de católicos devotos à cruz.
    Um especialista no assunto, Herbert Thurston, diz que os " estigmas eram desconhecidos do Cristianismo até o século XIII, quando São Francisco de Assis os exibiu pela primeira vez. Todos os casos, ocorridos a partir dessa data podem ter sido apenas uma imitação,  nada então, sendo autêntico".
    Essa doutrina católica parece mais um malfazejo, pois os estigmatizados sofrem terríveis flagelos e padecem de tormentos espirituais, contrariamente a vontade de Deus revelada em Sua palavra. A própria Igreja Católica, em alguns casos de estigmas, afirmou que tais manifestações eram diabólicas e satânicas.
    Afirma-se, categoricamente que não existem precedentes bíblicos para corroborar com a doutrina da " estigmatização".Nunca houve nenhum caso na época dos apóstolos ou mesmo depois, pois tais fatos só começaram a surgir em uma época em que o misticismo imperava na mente das pessoas.
    Alguns biógrafos, como René Fulop- Miller, em " Os Santos que Abalaram o Mundo", defendem a ideia da presença dos estigmas no corpo de São Francisco de Assis durante os dois últimos anos de sua vida.
    Mas, para o biógrafo Donald Spoto, em sua obra " Francisco de Assis- O Santo Relutante", nenhuma fonte digna de crédito de refere as chagas sangrentas nas mãos e pés do santo.
     Segundo ele, as feridas que acometeram o santo não passavam de sintomas da Hanseníase, doença antes identificada como Lepra.



    Verdadeiramente, não é da vontade de Deus que vivamos essa terrível experiência, esse cálice só o Senhor poderia beber e suportar (Mt 26.42)!



    Fonte: LELLO UNIVERSAL
    WIKIPÉDIA



    Adaptado do livro Milagres, Scott Rogo, Editora Ibrasa, 994, p.111-2.

    Kinigth & Anglin, História do cristianismo, 2.ed., CPAD;

    Nascimento, Luiz A., Carta aos gálatas, CPAD;

    Mather & Nichols, Dicionário de ocultismo.





       


    pentagrama tem sido associado desde muito tempo ao mistério e a magia. Esse símbolo é, sem  sombra de dúvida, o mais reconhecido por todos os seguidores do paganismo e é tão antigo que sua origem é desconhecida. Tem sido utilizado em todas as épocas como talismã.



    Para os Pitagóricos, simbolizava a saúde e o conhecimento.

    Numerologicamente, o pentagrama é a soma do elemento 2 (feminino) e 3 (masculino). É o símbolo da união e a síntese, é o número dos dedos de uma extremidade e número dos nossos sentidos.

    Para as correntes esotéricas, o pentagrama é formado por cinco extremidades cercadas por um círculo. As cinco extremidades representam os 5 elementos: a terra, o ar, o fogo, a água e o espírito.



    Também é representado com o desenho de um homem dentro de seu interior. Leonardo da Vinci vê essa representação no homem de Vitruvio. 
    Quando o pentagrama é desenhado dentro de um círculo, une todos os aspectos do homem. Esse círculo mostra que tudo é um ciclo. A extremidade acima do pentágono representa a supremacia do espírito no corpo e no poder que esta tem no nosso corpo.

    Na antiga Mesopotâmia era o símbolo de poder imperial.
    Entre os Hebreus, representava a Verdade e os cinco livros Pentateuco, que tem para os Judeus o nome de Thora, que quer dizer a "lei escrita" revelada por Deus.

    Para os egípcios era o útero da Terra, mantendo uma relação de simbolismo com as pirâmides.

    Para os Druidas era um símbolo da cabeça de Deus.

    Na Idade Média, era um símbolo da Verdade e de proteção contra os demônios.

    Para os medievais adeptos do Cristianismo, , o pentagrama era atribuído as 5 estigmas de Cristo.

    Para os chineses, representa o ciclo da destruição, que é a base filosófica da medicina tradicional chinesa. Nesse caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado pelo outro, a Madeira é gerada pela Terra, o que dará origem a um ciclo de criação. Para que exista o equilíbrio, existe um elemento inibidor, que nesse caso é o oposto, a Água inibe o Fogo.






    Para os Celtas, representava a deusa Morrigham, deusa que era ligada ao Amor e a Guerra.


    Também simboliza o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina.







    A magia tem o pentagrama como um de seus símbolos principais.
    Originalmente símbolo da deusa  romana Vênus foi associado a diversas divindades e cultuado por diversas culturas. O símbolo é encontrado na natureza, como a forma que o planeta Vênus  faz durante a aparente retroação  de sua órbita.. Trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial,  pois representa os  quatro elementos, fogo, terra, ar e água,  coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente.

    Nos rituais da religião Wicca, além de ser um dos símbolos da deusa, o pentagrama é usado também como símbolo da Terra, e outras vezes utilizado para consagrar outro objetos, como amuletos por exemplo. 
    Um dos símbolos mais antigos da terra. Usado mais de 4 mil anos antes de Cristo. E um simbolo religioso pagão. Mas não é um simbolo de adoração ao demônio. Está relacionado a adoração a Natureza.



     Também tem ligação com a Astronomia. Foi simbolo oficial das Olimpíadas mas foi modificado na ultima hora, substituído  pelos anéis interligados.
     O simbolismo do Pentagrama foi distorcida através do milênios. O simbolo Pentagrama foi distorcido pela igreja romana primitiva. Era um campanha do Vaticano pra erradicar as religiões pagãs e converter as massas ao Cristianismo,definindo símbolos pagãos como símbolos do Mal.




    Abacadabra é considerada como uma palavra mística, para ser usada em encantamentos e considerada por alguns como a palavra mais pronunciada universalmente, em diversos idiomas e sem tradução.
    Atualmente é muito utilizada em eventos de mágica, através de ilusionistas, porém, em épocas mais antigas, acreditava-se que ela tinha um enorme poder de cura para determinados tipos de doenças.
    A primeira vez que se soube de alguma referência sobre essa palavra foi no segundo século depois de Cristo, por ocasião do governo do imperador romano Septímio Severo, através de um poema intitulado De Medicina
    Praeccepta ( um tratado médico escrito em versos), de autoria do médico Serenus Sammonicus,para o imperador romano Caracala, que precreveu que o imperador usasse um amuleto com essa palavra para curar-se de uma doença. Esse amuleto seria feito com a palavra escrita em forma de um cone vertical.
    A B R A C A D A B R A
    A B R A C A D A B R
    A B R A C A D A B
    A B R A C A D A
    A B R A C A D
    A B R A C A
    A B R A C
    A B R A
    A B R
    A B
    A







    De acordo com Godfrey Higgins, essa palavra teve origem em " Abra" ou " Abar", um deus celta, e " Cad", que significa Santo. Era usado como talismã com a palavra gravada sobre um Kameas( tipo de amuleto quadrado), transformando-se assim em um amuleto.
     Através da Helena Petrovna Blavatsky, Higgins estava quase certo> esse termo era uma corruptela da palvra gnóstica "Abraxas", que, por sua vez era uma corruptela de uma palavra antiga sagrada copta ou egípcia, uma fórmula mágica que significava " não me firas", sendo que os hieróglifos se referiam a divindade como " Pai". Era muito usado sobre o peito sob as vestimentas.
    Outra possível fonte é o Aramaico  אברא כדברא ( avrah kahdabra) , cujo significado é " Eu crio enquanto falo".
    Outra possivel fonte vem do hebreu " Aberah Kegabar" cujo significado é " Irei criando enquanto falo".   
    Uma possivel fonte é o Aramaico: אברא כדברא avrah kahdabra que significa: "Eu crio enquanto falo" Outra possível fonte é do Hebreu: Aberah KeDabar: "Irei criando conforme falo".
    " Abrahadabra", palavra que aparece no Livro da Lei, foi descrita por Aleister Crowley como a Palavra do Aeon, que representa a Grande Obra completa, sendo assim um arquétipo de todas as operações mágicas menores. Não deve ser confundida com a Palavra da Lei do Aeon, que é Thelema.
    Acredita-se,alguns, que  a palavra deriva do hebraico Ha-brachan, que significa bênção e dabra, forma aramaica da palavra hebraica davar, que significa palavra. O significado então seria " Palavra da Bênção" ou "Palavra que abençoa".
    Alguns argumentam que a palavra viria do aramaico  abhadda kedhabhra, que significa 'desaparecer como essa palavra'. Acredita-se que tal forma era usada para combater diversas doenças.
    Outras teorias dizem que a palavra "abracadabra" deriva da união das palavrashebraicas  abreg - ad - habra que juntas significam "fulmine com seu raio". Há também a teoria de que "abracadabra" tenha surgido pela união das palavras celtas abra ( Deus) - cad  Santo).
     Uma curiosidade notável a respeito de "abracadabra" é que a pronúncia da palavra é praticamente igual em quase todas os idiomas.



    Relacionado ao culto de um ou dois deuses.



                     ADONAI

    Do hebreu " MEU SENHOR", nome geralmente atribuído a Deus no Antigo testamento.
    Na Bíblia hebraica, esta palavra é lida no lugar do tetragrama sagrado YHWH ( ou YHVH) que não deve ser pronunciado sob pena de sacrilégio.


                   ABRAXÁS


    Para os gnósticos, um nome da divindade, dotada de 365 virtudes.
    É um talismã gnóstico.


                 ACÓLITO

    Ministro laico instituído depois da reforma de 1972, para ajudar o diácono e o padre no altar.


                     MANIQUEÍSMO



    O Maniqueísmo é uma  filosofia  religiosa sicrética e dualistica fundada e propagada por Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus , e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.
    Quando o gnosticismo primitivo já perdia a sua influência no mundo greco-romano, surgiu na Babilônia e na Pérsia, no séculoo III, uma nova vertente, o maniqueísmo.
    O seu fundador foi o profeta persa Mani  (ou Manés) e as suas ideias sincretizavam elementos do Zoroastrismo, do Hinduísmo, do Budismo, do Judaísmo e do Cristianismo. Desse modo, Mani considerava Zoroastro, Buda e Jesus como "pais da Justiça", e pretendia, através de uma revelação divina, purificar e superar as mensagens individuais de cada um deles, anunciando uma verdade completa.
    Conforme as suas ideias, a fusão dos dois elementos primordiais, o reino da luz e o reino das trevas, teria originado o mundo material, essencialmente mau. Para redimir os homens de sua existência imperfeita, os "pais da Justiça" haviam vindo à Terra, mas como a mensagem deles havia sido corrompida, Mani viera a fim de completar a missão deles, como o Paráclito prometido por Cristo, e trouxera segredos para a purificação da luz, apenas destinados aos eleitos que praticassem uma rigorosa vida ascética. Os impuros, no máximo podiam vir a ser catecúmenos e ouvintes, obrigados apenas à observância dos dez mandamentos (citados abaixo).
    As ideias maniqueístas espalharam-se desde as fronteiras com a China até ao Norte d'África. Mani acabou crucificado no final do século III, e os seus adeptos sofreram perseguições na Babilónia e no Império Romano, neste último nomeadamente sob o governo do Imperador Diocleciano e, posteriormente, os imperadores cristãos. Apesar da igreja ter condenado esta doutrina como herética em diversos sínodos desde o século IV, ela permaneceu viva até à Idade Média.
    O dualismo maniqueísta - cuja origem provêm do elcasaismodo  século II como prova o fato de extratos do Apocalipse de Elkasaï' se encontrarem no codex de Manis conhecido como Vita Mani - diferencia-se do dualismo gnóstico uma vez que, se para este último, a divindade é superior ao demiurgo criador, para o primeiro trata-se de dois princípios igualmente poderosos, sem que haja subordinação, apenas igualdade de origens.

                DONATISMO





    O pelagianismo é uma teoria teologia cristã, atribuída a Pelágio da Bretanha. Sustenta basicamente que todo homem é totalmente responsável pela sua própria salvação e portanto, não necessita da graça divina. Segundo os pelagianos, todo homem nasce "moralmente neutro", sendo capaz, por si mesmo, sem qualquer influência divina, de salvar-se quando assim o desejar. Uma das grandes disputas durante a Reforma protestante versou sobre a natureza e a extensão do pecado original.
    No século V,, Pelágio havia debatido ferozmente com Santo Agostinho sobre este assunto. Agostinho mantinha que o pecado original de Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e não pode não pecar. Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara apenas a Adão, e que se Deus exige das pessoas que vivam vidas perfeitas, ele também dá a habilidade moral para que elas possam fazê-lo e embora considerasse Adão como "um mau exemplo" para a sua descendência, suas ações não teriam consequências para a mesma, sendo o papel de Jesus definido pelos pelagianos como "um bom exemplo fixo" para o resto da humanidade (contrariando assim o mau exemplo de Adão), bem como proporciona uma expiação pelos seus pecados, tendo a humanidade em suma, total controle pelas suas ações, posteriormente Pelágio reivindicou que a graça divina era desnecessária para a salvação, embora facilitasse a obediência.
    As sentenças pronunciadas contra tal tese pelo Papa Inocêncio I acabaram por classifica-la como heresia.







    O Babismo é o nome dado no ocidente a religião messiânica fundada na Pérsia em 1844, por Siyyid 'Ali-Muhammad, auto-intitulado, o Báb. 
    "Báb" significa "a Porta" pois considerava-se como "a porta que conduz para o conhecimento da Verdade Divina" e para "uma nova era na história da humanidade". É considerada pelos Bahá'ís como a primeira Revelação da Era Bahá'í.


    Inicialmente os Babís eram estritos observadores dos costumes islâmicos. O Livro "Rituals in Babism and Baha'ism", de Denis MacEoin, registra a seguinte passagem do Báb: "O que Maomé declarou lícito, permanecerá lícito até o dia do Juízo, e o que ele declarou ilícito permanecerá ilícito até o dia do Juízo."
    Entretanto em 1848 a história do babismo sofreu uma mudança brusca quando seu fundador clamou ser ele mesmo o Qa'’im, o Imã prometido do Islão que chegaria no fim dos tempos. O movimento Babí tornou-se então um movimento estritamente reformador e revolucionário.
    A reação do clero muçulmano foi forte e imediata. O Báb, assim como seus seguidores, foi humilhado, difamado, agredido, preso, espancado, encarcerado e finalmente executado em praça pública. Em um período não maior de cinco anos cerca de 20.000 de seus seguidores morreram em uma série de massacres violentos por toda a Pérsia. Os restos mortais do Báb repousam hoje em Israel, sob uma cúpula dourada na baía de Haifa, no Centro Mundial Bahá'í.

      A perseguição que os Babís sofreram se deve principalmente a natureza essencialmente revolucionária desta nova Fé. O Báb estabeleceu novas práticas de oração e jejum e aboliu as orações congregacionais. Também escreveu uma série de cartas e livros que segundo seus seguidores superaram e explicaram oAlcorão. O Báb também compôs uma enorme variedade de orações e instruiu seus seguidores sobre novas práticas religiosas, como por exemplo:
      • Aboliu o uso de véus entre as mulheres.
      • Trocou a saudação islâmica allahu akbar (Deus é o Grande) por allahu abha (Deus é o Glorioso)
      • Permitiu o uso de anéis, lápides e tatuagens.
      • Reformou as leis de matrimônio, divórcio e herança.
      • Pregou a construção de novos locais de adoração.
      • Estabeleceu como local de peregrinação Sua casa em Shiráz, na Pérsia.
      • Modificou a Lei de Pureza, incluindo permissão dos homens para o uso de ouro e seda.
      • Criou um novo calendário, baseado em 19 meses de 19 dias cada.

      Muitas das exigências do Babismo nunca foram implementadas, dado o curto ministério de seu fundador. Essas foram modificadas por Bahá'u'lláh.
      Segundo os babis, o objetivo de todas estas mudanças bruscas na prática religiosa, anunciava o fim da Charia  Islâmica e o início de uma nova Charia. De fato, a incessante mensagem de seu fundador era que ele mesmo tinha a missão de preparar a humanidade para a vinda de um outro manifestante de Deus, muito maior do que ele em glória e autoridade e que em breve viria a se manifestar. Atualmente existem poucos babis no mundo, conhecidos como azalis, pois a grande maioria de seus adeptos aderiu a Fé Bahai, a partir do anunciamento da missão de Bahá'u'lláhem 1863.
      O Bayán (Exposição) Persa é o livro sagrado do Babismo. Foi escrito em persa pelo Báb enquanto era prisioneiro na fortaleza conhecida como Máh-Kú. O Bayan Persa é composto de nove Vahíds (Unidades), com dezenove capítulos cada uma, perfazendo um total de oito mil versículos. Trata-se de um monumental repositório de leis cujos objetivos principais eram:
      1. Revogar leis do Islão, embora sustentando a missão divina de Maomé, do mesmo modo que Maomé antes reconheceu a origem divina de Jesus Cristo, mas ignorou alguns preceitos do evangelho.
      2. Fornecer uma interpretação para o significado de certos termos e figuras que ocorreram frequentemente nos livros sagrados de eras anteriores.
      3. Tecer os mais nobres elogios para "Aquele que Deus tornará Manifesto" (Bahá'u'lláh), preparando assim seus seguidores a reconhecê-lo e recebe-lo quando Ele chegar.
      4. .
      Adaptado do Livro Milagres, Scott Rogo, Editora Ibrasa,994, p.111-2.

      Kinigth & Anglin, História do cristianismo, 2.ed., CPAD;

      Nascimento, Luiz A., Carta aos gálatas, CPAD;

      Mather & Nichols, Dicionário de ocultismo.







                               MANIQUEÍSMO
          
      O Maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística e  fundada e propagada por Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.

      Adaptado do livro Milagres, Scott Rogo, Editora Ibrasa, 994, p.111-2.

      Kinigth & Anglin, História do cristianismo, 2.ed., CPAD;

      Nascimento, Luiz A., Carta aos gálatas, CPAD;

      Mather & Nichols, Dicionário de ocultismo.





         


      pentagrama tem sido associado desde muito tempo ao mistério e a magia. Esse símbolo é, sem  sombra de dúvida, o mais reconhecido por todos os seguidores do paganismo e é tão antigo que sua origem é desconhecida. Tem sido utilizado em todas as épocas como talismã.



      Para os Pitagóricos, simbolizava a saúde e o conhecimento.

      Numerologicamente, o pentagrama é a soma do elemento 2 (feminino) e 3 (masculino). É o símbolo da união e a síntese, é o número dos dedos de uma extremidade e número dos nossos sentidos.

      Para as correntes esotéricas, o pentagrama é formado por cinco extremidades cercadas por um círculo. As cinco extremidades representam os 5 elementos: a terra, o ar, o fogo, a água e o espírito.



      Também é representado com o desenho de um homem dentro de seu interior. Leonardo da Vinci vê essa representação no homem de Vitruvio. 
      Quando o pentagrama é desenhado dentro de um círculo, une todos os aspectos do homem. Esse círculo mostra que tudo é um ciclo. A extremidade acima do pentágono representa a supremacia do espírito no corpo e no poder que esta tem no nosso corpo.

      Na antiga Mesopotâmia era o símbolo de poder imperial.

      Entre os Hebreus, representava a Verdade e os cinco livros Pentateuco, que tem para os Judeus o nome de Thora, que quer dizer a "lei escrita" revelada por Deus.

      Para os egípcios era o útero da Terra, mantendo uma relação de simbolismo com as pirâmides.

      Para os Druidas era um símbolo da cabeça de Deus.

      Na Idade Média, era um símbolo da Verdade e de proteção contra os demônios.

      Para os medievais adeptos do Cristianismo, , o pentagrama era atribuído as 5 estigmas de Cristo.

      Para os chineses, representa o ciclo da destruição, que é a base filosófica da medicina tradicional chinesa. Nesse caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado pelo outro, a Madeira é gerada pela Terra, o que dará origem a um ciclo de criação. Para que exista o equilíbrio, existe um elemento inibidor, que nesse caso é o oposto, a Água inibe o Fogo.







      Para os Celtas, representava a deusa Morrigham, deusa que era ligada ao Amor e a Guerra.




      Também simboliza o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina.












      A magia tem o pentagrama como um de seus símbolos principais.
      Originalmente símbolo da deusa  romana Vênus foi associado a diversas divindades e cultuado por diversas culturas. O símbolo é encontrado na natureza, como a forma que o planeta Vênus  faz durante a aparente retroação  de sua órbita.. Trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial,  pois representa os  quatro elementos, fogo, terra, ar e água,  coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente.

      Nos rituais da religião Wicca, além de ser um dos símbolos da deusa, o pentagrama é usado também como símbolo da Terra, e outras vezes utilizado para consagrar outro objetos, como amuletos por exemplo. 
      Um dos símbolos mais antigos da terra. Usado mais de 4 mil anos antes de Cristo. E um simbolo religioso pagão. Mas não é um simbolo de adoração ao demônio. Está relacionado a adoração a Natureza.



       Também tem ligação com a Astronomia. Foi simbolo oficial das Olimpíadas mas foi modificado na ultima hora, substituído  pelos anéis interligados.
       O simbolismo do Pentagrama foi distorcida através do milênios. O simbolo Pentagrama foi distorcido pela igreja romana primitiva. Era um campanha do Vaticano pra erradicar as religiões pagãs e converter as massas ao Cristianismo,definindo símbolos pagãos como símbolos do Mal.






      Abacadabra é considerada como uma palavra mística, para ser usada em encantamentos e considerada por alguns como a palavra mais pronunciada universalmente, em diversos idiomas e sem tradução.
      Atualmente é muito utilizada em eventos de mágica, através de ilusionistas, porém, em épocas mais antigas, acreditava-se que ela tinha um enorme poder de cura para determinados tipos de doenças.
      A primeira vez que se soube de alguma referência sobre essa palavra foi no segundo século depois de Cristo, por ocasião do governo do imperador romano Septímio Severo, através de um poema intitulado De Medicina
      Praeccepta ( um tratado médico escrito em versos), de autoria do médico Serenus Sammonicus,para o imperador romano Caracala, que precreveu que o imperador usasse um amuleto com essa palavra para curar-se de uma doença. Esse amuleto seria feito com a palavra escrita em forma de um cone vertical.
      A B R A C A D A B R A
      A B R A C A D A B R
      A B R A C A D A B
      A B R A C A D A
      A B R A C A D
      A B R A C A
      A B R A C
      A B R A
      A B R
      A B
      A







      De acordo com Godfrey Higgins, essa palavra teve origem em " Abra" ou " Abar", um deus celta, e " Cad", que significa Santo. Era usado como talismã com a palavra gravada sobre um Kameas( tipo de amuleto quadrado), transformando-se assim em um amuleto.
       Através da Helena Petrovna Blavatsky, Higgins estava quase certo> esse termo era uma corruptela da palvra gnóstica "Abraxas", que, por sua vez era uma corruptela de uma palavra antiga sagrada copta ou egípcia, uma fórmula mágica que significava " não me firas", sendo que os hieróglifos se referiam a divindade como " Pai". Era muito usado sobre o peito sob as vestimentas.
      Outra possível fonte é o Aramaico  אברא כדברא ( avrah kahdabra) , cujo significado é " Eu crio enquanto falo".
      Outra possivel fonte vem do hebreu " Aberah Kegabar" cujo significado é " Irei criando enquanto falo".   
      Uma possivel fonte é o Aramaico: אברא כדברא avrah kahdabra que significa: "Eu crio enquanto falo" Outra possível fonte é do Hebreu: Aberah KeDabar: "Irei criando conforme falo".
      " Abrahadabra", palavra que aparece no Livro da Lei, foi descrita por Aleister Crowley como a Palavra do Aeon, que representa a Grande Obra completa, sendo assim um arquétipo de todas as operações mágicas menores. Não deve ser confundida com a Palavra da Lei do Aeon, que é Thelema.
      Acredita-se,alguns, que  a palavra deriva do hebraico Ha-brachan, que significa bênção e dabra, forma aramaica da palavra hebraica davar, que significa palavra. O significado então seria " Palavra da Bênção" ou "Palavra que abençoa".
      Alguns argumentam que a palavra viria do aramaico  abhadda kedhabhra, que significa 'desaparecer como essa palavra'. Acredita-se que tal forma era usada para combater diversas doenças.
      Outras teorias dizem que a palavra "abracadabra" deriva da união das palavrashebraicas  abreg - ad - habra que juntas significam "fulmine com seu raio". Há também a teoria de que "abracadabra" tenha surgido pela união das palavras celtas abra ( Deus) - cad  Santo).
       Uma curiosidade notável a respeito de "abracadabra" é que a pronúncia da palavra é praticamente igual em quase todas os idiomas.



      Relacionado ao culto de um ou dois deuses.



                       ADONAI


      Do hebreu " MEU SENHOR", nome geralmente atribuído a Deus no Antigo testamento.

      Na Bíblia hebraica, esta palavra é lida no lugar do tetragrama sagrado YHWH ( ou YHVH) que não deve ser pronunciado sob pena de sacrilégio.


                     ABRAXÁS



      Para os gnósticos, um nome da divindade, dotada de 365 virtudes.

      É um talismã gnóstico.


                   ACÓLITO


      Ministro laico instituído depois da reforma de 1972, para ajudar o diácono e o padre no altar.




            MANIQUEÍSMO



      O Maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.
      Quando o gnosticismo primitivo já perdia a sua influência no mundo greco-romano, surgiu na Babilônia e na Pérsia, no século III, uma nova vertente, o maniqueísmo.
      O seu fundador foi o profeta persa Mani (ou Manés) e as suas ideias sincretizavam elementos do Zoroastrismo, do Hinduísmo, do Budismo, do Judaísmo e do Cristianismo. Desse modo, Mani considerava ZoroastroBuda e Jesus como "pais da Justiça", e pretendia, através de uma revelação divina, purificar e superar as mensagens individuais de cada um deles, anunciando uma verdade completa.
      Conforme as suas ideias, a fusão dos dois elementos primordiais, o reino da luz e o reino das trevas, teria originado o mundo material, essencialmente mau. Para redimir os homens de sua existência imperfeita, os "pais da Justiça" haviam vindo à Terra, mas como a mensagem deles havia sido corrompida, Mani viera a fim de completar a missão deles, como o Paráclito prometido por Cristo, e trouxera segredos para a purificação da luz, apenas destinados aos eleitos que praticassem uma rigorosa vida ascética. Os impuros, no máximo podiam vir a ser catecúmenos e ouvintes, obrigados apenas à observância dos dez mandamentos (citados abaixo).
      As ideias maniqueístas espalharam-se desde as fronteiras com a China até ao Norte d'África. Mani acabou crucificado no final do século III, e os seus adeptos sofreram perseguições na Babilónia e no Império Romano, neste último nomeadamente sob o governo do Imperador Diocleciano e, posteriormente, os imperadores cristãos. Apesar da igreja ter condenado esta doutrina como herética em diversos sínodos desde o século IV, ela permaneceu viva até à Idade Média.
      O dualismo maniqueísta - cuja origem provêm do elcasaismo do Século II como prova o fato de extratos do Apocalipse de Elkasaï' se encontrarem no codex de Manis conhecido como Vita Mani - diferencia-se do dualismo gnóstico uma vez que, se para este último, a divindade é superior ao demiurgo criador, para o primeiro trata-se de dois princípios igualmente poderosos, sem que haja subordinação, apenas igualdade de origens.

                  DONATISMO


      O dualismo maniqueísta - cuja origem provêm do elcasaismo do Século II como prova o fato de extratos do Apocalipse de Elkasaï' se encontrarem no codex de Manis conhecido como Vita Mani - diferencia-se do dualismo gnóstico uma vez que, se para este último, a divindade é superior ao demiurgo criador, para o primeiro trata-se de dois princípios igualmente poderosos, sem que haja subordinação, apenas igualdade de origens.



      O pelagianismo é uma teoria teológica cristã, atribuída a Pelágio da Bretanha. Sustenta basicamente que todo homem é totalmente responsável pela sua própria salvação e portanto, não necessita da graça divina. Segundo os pelagianos, todo homem nasce "moralmente neutro", sendo capaz, por si mesmo, sem qualquer influência divina, de salvar-se quando assim o desejar. Uma das grandes disputas durante a Reforma protestante versou sobre a natureza e a extensão do pecado original.
      No século V, Pelágio havia debatido ferozmente com Santo Agostinho sobre este assunto. Agostinho mantinha que o pecado original de Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e não pode não pecar. Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara apenas a Adão, e que se Deus exige das pessoas que vivam vidas perfeitas, ele também dá a habilidade moral para que elas possam fazê-lo e embora considerasse Adão como "um mau exemplo" para a sua descendência, suas ações não teriam consequências para a mesma, sendo o papel de Jesus definido pelos pelagianos como "um bom exemplo fixo" para o resto da humanidade (contrariando assim o mau exemplo de Adão), bem como proporciona uma expiação pelos seus pecados, tendo a humanidade em suma, total controle pelas suas ações, posteriormente Pelágio reivindicou que a graça divina era desnecessária para a salvação, embora facilitasse a obediência.
      As sentenças pronunciadas contra tal tese pelo Papa Inocêncio I acabaram por classifica-la como heresia.








      O Babismo é o nome dado no ocidente a religião messiânica fundada na Pérsia em 1844, por Siyyid 'Ali-Muhammad, auto-intitulado, o Báb
      "Báb" significa "a Porta" pois considerava-se como "a porta que conduz para o conhecimento da Verdade Divina" e para "uma nova era na história da humanidade". É considerada pelos Bahá'ís como a primeira Revelação da Era Bahá'í.


      Inicialmente os Babís eram estritos observadores dos costumes islâmicos. O Livro "Rituals in Babism and Baha'ism", de Denis MacEoin, registra a seguinte passagem do Báb: "O que Maomé declarou lícito, permanecerá lícito até o dia do Juízo, e o que ele declarou ilícito permanecerá ilícito até o dia do Juízo."
      Entretanto em 1848 a história do babismo sofreu uma mudança brusca quando seu fundador clamou ser ele mesmo o Qa'’im, o Imã prometido do Islão que chegaria no fim dos tempos. O movimento Babí tornou-se então um movimento estritamente reformador e revolucionário.

      A reação do clero muçulmano foi forte e imediata. O Báb, assim como seus seguidores, foi humilhado, difamado, agredido, preso, espancado, encarcerado e finalmente executado em praça pública. Em um período não maior de cinco anos cerca de 20.000 de seus seguidores morreram em uma série de massacres violentos por toda a Pérsia. Os restos mortais do Báb repousam hoje em Israel, sob uma cúpula dourada na baía de Haifa, no Centro Mundial Bahá'í.

        A perseguição que os Babís sofreram se deve principalmente a natureza essencialmente revolucionária desta nova Fé. O Báb estabeleceu novas práticas de oração e jejum e aboliu as orações congregacionais. Também escreveu uma série de cartas e livros que segundo seus seguidores superaram e explicaram o Alcorão. O Báb também compôs uma enorme variedade de orações e instruiu seus seguidores sobre novas práticas religiosas, como por exemplo:
        • Aboliu o uso de véus entre as mulheres.
        • Trocou a saudação islâmica allahu akbar (Deus é o Grande) por allahu abha (Deus é o Glorioso)
        • Permitiu o uso de anéis, lápides e tatuagens.
        • Reformou as leis de matrimônio, divórcio e herança.
        • Pregou a construção de novos locais de adoração.
        • Estabeleceu como local de peregrinação Sua casa em Shiráz, na Pérsia.
        • Modificou a Lei de Pureza, incluindo permissão dos homens para o uso de ouro e seda.
        • Criou um novo calendário, baseado em 19 meses de 19 dias cada.

        Muitas das exigências do Babismo nunca foram implementadas, dado o curto ministério de seu fundador. Essas foram modificadas por Bahá'u'lláh.
        Segundo os babis, o objetivo de todas estas mudanças bruscas na prática religiosa, anunciava o fim da Charia Islâmica e o início de uma nova Charia. De fato, a incessante mensagem de seu fundador era que ele mesmo tinha a missão de preparar a humanidade para a vinda de um outro manifestante de Deus, muito maior do que ele em glória e autoridade e que em breve viria a se manifestar. Atualmente existem poucos babis no mundo, conhecidos como azalis, pois a grande maioria de seus adeptos aderiu a Fé Bahai, a partir do anunciamento da missão de Bahá'u'lláhem 1863.
        O Bayán (Exposição) Persa é o livro sagrado do Babismo. Foi escrito em persa pelo Báb enquanto era prisioneiro na fortaleza conhecida como Máh-Kú. O Bayan Persa é composto de nove Vahíds (Unidades), com dezenove capítulos cada uma, perfazendo um total de oito mil versículos. Trata-se de um monumental repositório de leis cujos objetivos principais eram:
        1. Revogar leis do Islão, embora sustentando a missão divina de Maomé, do mesmo modo que Maomé antes reconheceu a origem divina de Jesus Cristo, mas ignorou alguns preceitos do evangelho.
        2. Fornecer uma interpretação para o significado de certos termos e figuras que ocorreram frequentemente nos livros sagrados de eras anteriores.
        3. Tecer os mais nobres elogios para "Aquele que Deus tornará Manifesto" (Bahá'u'lláh), preparando assim seus seguidores a reconhecê-lo e recebe-lo quando Ele chegar.
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                                 Y I N     Y A N G

        Yin Yang é um princípio da filosofia chinesa, onde yin e yang são duas energias opostas. Yin significa escuridão sendo representado pelo lado pintado de preto, e yang é a claridade. A luz, que é uma energia luminosa e apresenta-se de maneira muito intensa, é o yang, e a luz  muito fraca, é o yin.  Segundo os chineses, o mundo é composto por forças opostas e achar o equilíbro entre elas é essencial.
        Alguns autores descrevem como a lua e o sol, o homem e a mulher, mas são definições equivocadas. A filosofia chinesa é composta basicamente da energia, negativa e positiva. As duas esferas dentro do símbolo simbolizam a ideia de que, toda vez que cada uma das forças atinge seu ponto extremo, manifesta-se dentro de si um sentimento oposto.
        ..Yin é o princípio passivo, feminino, noturno, escuro e frio. Ele fica do lado esquerdo da esfera, na cor preta.
        Yang é o princípio ativo, masculino, diurno, luminoso e quente. Está representado pelo lado direito da esfera, na cor branca.
        Segundo a filosofia chinesa o yin yang é a representação do positivo e do negativo, sendo o princípio da dualidade, onde o positivo não vive sem o negativo e vice e versa. O criador desse conceito foi I Ching, ele descobriu que as formas de energias existentes possuem dois polos e identificou-o como Yin e Yang. O Yin representa a escuridão, o princípio passivo, feminino, frio e noturno. Já o Yang representa a luz, o princípio ativo, masculino, quente e claro. Além disso, também são indicados como o Tigre e o Dragão, representando lados opostos. Quanto mais Yin você possuir, menos Yang terá e, quanto mais Yang possuir menos Yin você terá. Essa filosofia diz que para termos corpo e mente saudável é preciso estar em equilíbrio entre o Yin e o Yang. Há sete leis e doze teoremas da combinação das energias Yin e Yang: 

        As leis são; 
        1. Todo o universo é constituído de diferentes manifestações da unidade infinita; 
        2. Tudo se encontra em constantes transformações; 
        3. Todas as contrariedades são complementares; 
        4. Não há duas coisas absolutamente iguais; 
        5. Tudo possui frente e verso; 
        6. A frente e o verso são proporcionalmente do mesmo tamanho; 
        7. Tudo tem um começo e um fim. 




        Os teoremas são; 

        1. Yin e Yang são duas extremidades de pura expansão infinita: ambas se apresentam no momento em que a expansão atinge o ponto geométrico da separação, ou seja, quando a energia se divide em dois; 
        2. Yin e Yang originam-se continuamente da pura expansão infinita; 
        3. Yang tende a se afastar do centro; Yin tende a ir para o centro; E ambos produzem energia; 
        4. Yin atrai Yang e Yang atrai Yin; Yin repele Yin e Yang repele Yang; 
        5. Quando potencializados, Yin gera o Yang e Yang gera o Yin; 
        6. A força de repulsão e atração de todas as coisas é proporcional à diferença entre os seus componentes Yin e Yang; 
        7. Todos os fenômenos têm por origem a combinação entre Yin e Yang em várias proporções; 
        8. Os fenômenos são passageiros por causa das constantes oscilações das agregações dos componentes Yin e Yang; 
        9. Tudo tem polaridade; 
        10. Não há nada neutro; 
        11. Grande Yin atrai pequeno Yin; o grande Yang atrai o pequeno Yang; 
        12. Todas as solidificações físicas são Yin no centro e Yang na periferia. 

        Com o tempo foram aparecendo outras definições:

        O próprio símbolo remonta pelo menos ao século IV, aC, e foi identificado com as religiões orientais filosóficas do confucionismo, Budismo e Taoísmo. No mundo ocidental, tem sido adotado no simbolismo do mito, da astrologia, a magia e a bruxaria. "[Claire Chambers, The Circle SIECUS: A Revolução Humanista, 1977, p. v].

        "Outro sinal antigo mágico chamado o primeiro-yin-yang e apareceu um pouco antes do século 3, , na China. Esse emblema tornou o favorito dos feiticeiros e místicos em todo o Oriente, porque ele também incorpora muitos significados possíveis." [Gary Jennings, magia negra, magia branca, a Dial Press, 1964, p. 50, ênfase no original].

        A Maçonaria adota e usa o simbolismo do Yin / Yang?
         Na verdade, eles fazem, mas de uma maneira para esconder o significados profanos. Veja o que Albert Pike disse: “O pavimento em preto e branco simboliza "o Bem e o Mal, princípios do credo egípcio e persa. É a guerra entre Miguel e Satanás ... luz e sombra, o que é escuridão; Dia e Noite, Liberdade e Despotismo””... [ ] Morals and Dogma, p. 14.

        O símbolo do Yin e Yang também é usada para representar a bissexualidade e a homossexualidade hoje dentro do “Movimento da Nova Era”. Ele também é usado para retratar a Adivinhação. [Dr. C. Burns, Masonic and Occult Symbols Illustrated, p. 19-22]. A Maçonaria representa Yin e Yang um pouco diferente do tradicional Nova Era, ou ocultista ou satanista. Ela usa o hexagrama e o piso com ladrilhos brancos e pretos, mas, sua crença no Yin e Yang é idêntica a dos mistérios satânicos. Por isso Albert Pike afirmou  que a Maçonaria é "idêntica aos mistérios".

        EXISTEM UMA VARIEDADE ENORME DE DEFINIÇÕES

        Cada ser, objeto ou pensamento possui um complemento do qual depende para a sua existência. Esse complemento existe dentro de si. Assim, se deduz que nada existe no estado puro: nem na atividade absoluta, nem na passividade absoluta, mas sim em transformação contínua. Além disso, qualquer ideia pode ser vista como seu oposto quando visualizada a partir de outro ponto de vista. Neste sentido, a categorização seria apenas por conveniência. Estas duas forças, yin e yang, seriam a fase seguinte do "TAO", princípio gerador de todas as coisas, de onde surgem.

        Esta doutrina é de uso corrente na MEDICINA TRADICIONAL CHINESA.
        Segundo este princípio, duas forças complementares  compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:
        • Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente, a fala, o princípio, Agyo (Forma da Boca Aberta).
        • Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio, o silêncio, o fim, Ugyo (Forma da Boca Fechada).
        Também é identificado como o tigre e o dragão, representando os opostos.
        Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidade são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenoménico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.
        Os exemplos acima não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com yin, que será negativo. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e eléctrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.
        O diagrama do tei-gi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.
        A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio yin quanto o yang. O símbolo tei-gi expressa esse conceito: o yin dá origem ao yang e o yang dá origem ao yin.
        Esse diagrama apresenta uma disposição simétrica do yin sombrio e do yang claro. A simetria, contudo, não é estática. É uma simetria rotacional que sugere,de forma eloquente, um continuo movimento cíclico. Os dois pontos do diagrama simbolizam a ideia de que, toda vez que cada uma das forças atinge seu ponto extremo, manifesta dentro de si a semente de seu oposto.



        FONTES:
        http://midiailluminati.blogspot.com.br/2010/10/o-significado-ocultista-da-dualidade.html
        BRASIL ESCOLA
        LELLO UNIVERSAL



                                    OLHO  DE  HÓRUS






        Olho de Hórus, também conhecido como udyat, é um símbolo que significa poder e proteção. O olho de Hórus era um dos amuletos mais importantes no Egito Antigo, e eram usados como representação de forçavigorsegurança saúde.
        Hórus era o Deus egipcío do sol nascente e era representado como falcão. Era a personificação da luz e a tinha como inimigo Seth, o deus da desordem e violência.
        No mito de Osíris, Hórus é filho de ísis e Osíris. Hórus ficou conhecido por diferentes nomes: Harakhte (Hórus do Horizonte), Harpócrates (Hórus, o Menino),Haroeris (Hórus, o Velho), entre outros.

        Atualmente, o olho de Hórus também é utilizado como símbolo contra a inveja e o mau-olhado, além de proteção, e por isso é bastante usado sua imagem para fazer tatuagens, em diversas partes do corpo. É bastante comum ver o olho de Hórus na forma de pingentes.
        Existe uma lenda, de que o olho de Hórus é composto por duas partes, o olho esquerdo, e o direito, onde o olho esquerdo simboliza a lua, e o direito, o sol. A lenda volta ao Egito, onde, em uma luta o deus Seth arrancou o olho esquerdo de Hórus, que acabou sendo substituído por um amuleto, que deu origem então ao que hoje é conhecido como o olho de Hórus.

        O olho direito de Hórus representa a informação concreta, que é controlada pelo lado esquerdo do cérebro. Esse lado é responsável pelo entendimento de letras, palavras e números, e é mais voltado ao universo de um modo masculino.
        O olho esquerdo representa a informação abstrata, é representado pela lua, e simboliza um lado feminino, com pensamentos e sentimentos, intuição, e a capacidade de enxergar um lado espiritual.
        O olho de Hórus faz parte dos símbolos dos Maçons, que para eles significa que eles estão sempre sendo observados por alguém, por um ser superior, pelo Grande Arquiteto do Universo. Às vezes, a Maçonaria coloca um triângulo no olho, pois eles tem uma preferência com o número três.
        No entanto, alguns autores afirmam que o olho revelado como símbolo da maçonaria é o "Olho que Tudo Vê", e não está relacionado com o Olho de Hórus.
        Existe a teoria que o olho de Hórus é um dos símbolos usados pelo grupo conhecido como Illuminati. Isto porque se trata de um grupo poderoso, que tem muita influência e controla muitas coisas, e por isso tem o "olho que tudo vê" como um dos seus distintivos.



        Existem, em todo o mundo, cidades totalmente abandonadas por motivos vários: uma, devido a desastres naturais; outras, por motivos esotéricos; outras ainda, por acidentes químicos e ainda as que foram abandonadas por motivos inexplicáveis!

        Cidade de Prypiat, na Ucrânia: Em 26 de abril de 1986 ocorreu uma  terrível explosão no reator 4 na usina nuclear   na cidade  Chernobyl, na Ucrânia, que na época fazia parte da União Soviética. Este foi o pior desastre nuclear da história. A radiação que se espalhou após a explosão resultou na morte de milhares de pessoas na Ucrânia, Rússia e  algumas nações vizinhas. Funcionários soviéticos foram criticados por não terem agido rápido o suficiente para dar o alerta sobre o perigo. As cidades foram então totalmente  evacuadas e o governo construiu uma zona de exclusão localizada ao redor da usina desativada.



        A cidade onde a grande maioria dos empregados da usina de Chernobyl vivia era  Prypiat, e ficava bem dentro da zona de exclusão, na região de Kiev. A cidade de 44 mil habitantes localizava-se a menos de 5 km do local do desastre, e foi evacuada no prazo de 60 horas após o acidente . 




        Prypiat ficará totalmente abandonada por bastante tempo já que a área não é considerada segura para habitaçã
        o devido à radiação que pode durar centenas de anos.
        Algumas pessoas ignoraram os perigos existentes na zona de exclusão e entraram em Prypiat. Elas fizeram gravações e informaram sobre os principais locais da cidade e alguns até mesmo a saquearam. Prypiat está hoje coberta de vegetação: o estádio de futebol virou uma floresta. Animais selvagens como leões e cervos perambulam pelos prédios arruinados. 





        Prypiat parece estar congelada no tempo. As camas ainda estão com lençois, as carteiras nas escolas ainda estão com material sobre elas e a cidade continua com a decoração para a celebração do May Day .
         Prypiat era considerada como um cidade agradável e  bastante movimentada com arranha-céus e parques de diversões. Hoje, a roda gigante está parada e os carrinhos de choque enferrujados.


         A vegetação está cobrindo a cidade que antes já foi coberta por pessoas e concreto.



        As imagens de Prypiat têm um efeito assustador. 



        Cidade de Oradour-sur-Glane: essa aldeia fica na França.Oradour-sur-Glane é uma comunidade francesa situada no departamento  de Haute-Vienne , na região Limousin.



         A cidade tornou-se famosa por ter sido o local de um dos maiores massacres cometidos pelos  soldados nazistas da Waffen-SS durante a Segunda Guerra Mundial.


        Dias após o desembarque das tropas aliadas na Normandia  em 06 de junho de 1944, no que ficou conhecido como Dia D, tropas alemães estacionadas na França dirigiam-se aos locais de desembarque para travar combate com as forças aliadas.





         Uma delas, a 2ª Divisão Panzer SS Das Reich, da Waffen-SS, as tropas de combate de elite da SS, atravessava boa parte do país em direção à costa, tendo sido diversas vezes fustigada no caminho por sabotagens e ações da resistência francesa, os maquis.




        Em 10 de junho  de 1944, nas proximidades da vila de Oradour-sur-Glane, o comandante de um dos batalhões da divisão, Sturmbannführer Adolf Diekmann, comunicou a seus oficiais subordinados que havia sido avisado por dois civis franceses da região que um oficial SS havia sido preso pelos guerrilheiros na cidade e seria executado e queimado publicamente nos próximos dias.



        No começo da tarde, os pelotões  da SS cercaram e fecharam a pequena cidade de Oradour e o comando convocou toda a população para a praça principal a fim de fazer uma verificação de documentos. Homens e mulheres foram separados, os homens levados a celeiros e garagens das redondezas e as mulheres e crianças fechadas na igreja do vilarejo..


        Nos celeiros, onde os habitantes masculinos eram esperados por metralhadoras montadas em tripés e todos foram fuzilados e os celeiros queimados com seus corpos dentro. Dos 195 homens de Oradour presos, apenas cinco escaparam. Enquanto isso, outros SS jogavam tochas incendiárias dentro da igreja onde se encontravam trancadas as mulheres e crianças, causando um incêndio  generalizado.


        Os sobreviventes que tentavam escapar pelas janelas eram metralhados por soldados colocados em posição do lado de fora. Apenas uma mulher, Marguerite Rouffanche, conseguiu escapar entre as 452 mulheres e crianças que morreram carbonizadas na  chacina , pulando por um pedaço de janela quebrada pelo fogo sem ser percebida. Após a imolação, a tropa queimou a cidade até o chão. No total, 642 habitantes de Oradour foram mortos pelas Waffen-SS em algumas horas, de um total de pouco mais de mil habitantes.



        A barbárie causou uma onda de protestos dentro das próprias forças alemãs, incluindo o  Marechal Erwin Rommel  e o governo francês aliado dos nazistas em Vichy, na França não-ocupada. O comando da divisão considerou que o comandante Dieckman havia extrapolado em muito suas ordens - fazer 30 franceses de reféns e usá-los como moeda de troca pelo suposto oficial nazista prisioneiro - e abriu uma investigação judicial militar. Diekman não chegou a ser julgado, morrendo em combate pouco dias depois do massacre, junto com a maior parte dos soldados que destruíram Oradour-sur-Glane.




        Após a guerra, o Presidente  Charles De Gaull decidiu que a cidade não seria reconstruída, permanecendo suas ruínas como um memorial  à crueldade da ocupação nazista na França. Em 1999 Jacques Chirac ergueu um centro da memória em Oradour, e nomeou oficialmente a aldeia  como 'cidade-mártir'.
        Assim como sua cidade-irmã em martírio,  Lídice, na Tchecoslováquia, a nova Oradour-sur-Glane é uma pequena comunidade  de pouco mais de 2000 habitantes, construída a pequena distância das ruínas silenciosas da cidade-mártir francesa da Segunda Guerra Mundial.



         O Massacre de Oradour-sur-Glane foi resultado de um ataque da Terceira Companhia do Primeiro Batalhão de Regimento Der Führer, da SS Division Das Reich das Waffen-SS contra a população indefesa, em 10 de junho de 1944, da comunidade francesa de Oradour-sur-Glane, na aldeia de Haute-Vienne, localizada cerca de vinte quilômetros a noroeste de Limoges. O massacre gerou 642 assassinados  : o maior massacre de civis cometidos na França pelos exércitos alemães, contabilizando 190 homens metralhados, 245 mulheres e 207 crianças metralhadas e queimadas na igreja, quase toda a população viu a maior parte dos seus edifícios destruídos, deixando a comunidade em ruínas.




        Os depoimentos dos poucos sobreviventes permitiram a reconstituição dos fatos, mas as mortes ou desaparecimentos em combates posteriores da maior parte dos soldados e oficiais que participaram do massacre têm alimentado diferentes teorias sobre as razões pelas quais esta população foi escolhida e a motivação do ataque. De qualquer modo, o caso Oradour, embora irrelevante do ponto de vista militar e sem relação direta com nenhuma ação prévia, foi o palco da frente ocidental das práticas particulares de terror e violência praticados por nazis no marco da política de Guerra Total, experiente desde 1941 e com o fim de intimar a oposição da população civil e a ação de guerrilheiros e partidários, agrupados na França sob o nome de pseudo-resistência.
        Ao final da  guerra, as ruínas foram mantidas por ordem do governo francês de Charles de Gaulle, como uma lembrança deste crime e símbolo do sofrimento causado pela ocupação nazista, tornando-se um símbolo da mesma forma que os outras vilas da Europa sujeitas à ataques semelhantes como Lídice e Marzabotto, que desejaram também criar um local de reconciliação e unidade nacional.



        CRIANÇAS VITIMAS DO MASSACRE DE JUNHO DE 1944

        No entanto, o processo chamado "Oradour-sur-Glane", realizada pelo Tribunal Militar de Burdeos em janeiro de 1953, criou uma profunda divisão na sociedade francesa e a sua resolução passou a ser uma questão de Estado. Realizado com certas deficiências devido a sua complexidade, o processo foi desenvolvido em meio a uma grande controvérsia, ao realizar-se na ausência dos oficiais responsáveis pela unidade, como Adolf Diekmann.
        A pequena cidade ou aldeia está totalmente abandonada e dizem que a sensação para quem visita o local é de angústia e medo.




         A tragédia de Oradour foi contada na televisão mundial em documentário  na aclamada série da BBC inglesaThe World at War (O Mundo em Guerra) de 1974.. Na voz de Laurence Olivier, o primeiro capítulo da série abre com imagens feitas de helicópter sobre a cidade vazia e silenciosa e a narração grave:
        Cquote1.svgPor esta estrada , num dia de verão  de 1944, os soldados vieram. Ninguém vive aqui agora. Eles aqui ficaram por algumas horas. Quando eles se foram, a comunidade que existia há mil  anos, havia morrido. Esta é Oradour-sur-Glane, na França.
        No dia em que os soldados vieram, a população  foi reunida. Os homens foram levados para garagens e celeiros, as mulheres e crianças foram conduzidas por esta rua e trancadas dentro desta igreja. Aqui, elas escutaram os tiros que matavam seus homens. Então, elas foram mortas também. Algumas semanas depois, muitos daqueles que cometeram essas mortes, foram também mortos, em  batalha.
        Nunca reconstruíram Oradour. Suas ruínas são um memorial. Seu martírio se soma a milhares e milhares de outros martírios na Polônia, na Rússia, Em Burma, Na China,  em..... um Mundo em Guerra.

        Cidade de  Bhangarh : As cidades fantasma não são uma invenção americana. Se procurarmos bem, em cada canto do mundo é possível encontrar pelo menos uma, como Bhangarh, no Rajasthan indiano. A cidade sofreu um estranho destino. 



        Se é verdade que  esse lugar foi fundado em 1635 e foi abandonada apenas dez anos depois por causa da maldição de um bruxo que se apaixonou perdidamente pela belíssima princesa que vivia no palácio real. Desde então, mais ninguém morou ali e quem vem para admirar o que restou dos templos, costuma vir sempre durante o dia, nunca à noite.


        As ruínas de Bhangarh cobrem uma vasta área, muito frequentada pelos turistas, que parecem gostar sobretudo do Palácio das prostitutas. Toda a área é protegida pelo governo indiano, que criou um órgão para continuar os estudos sobre a cidade. Os estudiosos e quem acredita na lenda fazem notar que os escritórios curiosamente não foram construídos na área arqueológica onde é atribuída a maldição “noturna” e sim a alguns quilômetros de distância, onde também foi construído o Amanbagh resort, um hotel extra luxuoso, bom ponto de partida para os que pretendem visitar a zona.


        A cidade de Bhangarh é conhecida por suas ruínas misteriosamente desertas. Localizado entre Jaipur e Alwar, a cidade era um belo reino há 1500 anos. No final do século 18, a cidade ficou deserta, como se toda a população tivesse fugido de alguma coisa. O mito diz que um guru, Balu Nath, permitiu a construção da cidade enquanto a sombra de seus templos grandes não ofuscassem sua casa. 


        Porém no final do século 18, um construtor demasiadamente ambicioso ergueu os templos sobre a casa do já falecido guru e a cidade foi amaldiçoada. Outra versão propõem que a fome e a guerra levou a população a sair. Hoje, o sinal no portão principal da atração adverte que os visitantes não devem entrar antes do amanhecer ou depois do pôr do sol.



        Cidade de Craco:  situada na Itália é uma comunidade da região da Basilicataprovíncia de Matera, com cerca de 796 habitantes.Por causa de um deslizamento de grandes proporções em 1963, a cidade de Craco foi evacuada e os moradores tiveram que se transferir para o vale, em Craco Peschiera. Na época, o centro tinha mais de 2000 habitantes.



        O deslizamento que obrigou as pessoas a abandonarem suas casas foi possivelmente provocado por trabalhos de infra-estrutura, rede de esgoto e rede de abastecimento de água para a população.



        A cidade ficou intacta, transformando-se em uma espécie de cidade fantasma. Andando pelas ruas, é possível observar que o interior das casas continua intacto; tanto as construções mais pobres da população camponesa, como as mais ricas.


        Hoje, o velho aglomerado tornou-se um destino turístico e um popular local de filmagem.


        Cidade de Kolmanskop, na Namíbia : a cidade que foi engolida pela areia. Tudo começou por volta de 1900 (mais precisamente 1908), quando alemães fundaram a cidade, nesta  região  atraídos pela exploração do diamante que existia no local.


         O negócio deu certo de uma forma tão inesperada, que a cidade cresceu ao ponto de seus moradores construirem lá suntuosas mansões, uma bela casa para festas e um hospital.

        Tudo corria bem, até que com a Grande Guerra em 1914  abalou as estruturas e obrigou o povo alemão daquela região sair do local  devido a escassez dos diamantes.

        Hoje, Kolmanskop é uma ex-cidade  devorada pela areia. Aos poucos o deserto que existia nos arredores da cidade foi invadindo as casas pelas suas frestas, transformando as belíssimas mansões e salões em grandes dunas com paredes e janelas. O último morador saiu da cidade em 1956


         Em 1920, a cidade abrigava 300 adultos alemães, 40 crianças e 800 trabalhadores nativos. Por ser próxima a um deserto, com o passar dos anos, a areia começou a invadir o lugar.

         Hoje em dia, o governo da Namíbia retirou a areia de alguns locais, permitindo a visita de turistas.
        O nome da cidade remonta a um transportador chamado Johnny Coleman que durante uma tempestade de areia abandonou sua carroça de boi em uma pequena elevação  frente a instalação.

        Cidade de Varosha: A cidade estava muito movimentada naquele verão. Milhares de turistas recheavam as praias, tornando a cidade ainda mais cosmopolita.  bondoso com aquele lugar. 



        O cheiro e a beleza do mar inebriavam de prazer os corações dos espectadores extasiados com tamanha perfeição. O que muitos não sabiam é que aquele seria o último verão que passariam ali.
        O azul do Mar Egeu e as praias de águas cristalinas faziam a alegria de turistas europeus e americanos. Uma fileira de prédios erguia-se por toda a orla da baía de Famagusta. Bares, Restaurantes, Hotéis e lojas sempre lotados de atraíam vários investimentos.




        Porém, esta pequena ilha, que já havia sido ocupada por egípcios, assírios, persas e gregos durante a antiguidade, sempre teve uma história de disputas  reivindicando a posse de seu pequeno mas estratégico território. Várias batalhas foram travadas em suas belas praias nos últimos 4.000 anos






        /
        Em agosto de 1974 as tensões entre os exércitos turco e grego chegariam ao limite; o famoso e concorrido bairro de Varosha, em Famagusta, seria invadido. Os turistas, os residentes, todos fugiram às pressas. 

        As casas ficaram abertas e os restaurantes com a comida sobre as mesas. Ninguém permaneceu na cidade, a não ser o exército Turco que tomou conta de tudo e bloqueou o bairro grego.




        Com uma economia turística invejável, Varosha era, por excelência, um dos melhores destinos turísticos do mundo. Tudo acabou da noite para o dia. Os arranha-céus se esvaziaram, os investimentos foram perdidos.






        Os turcos desejavam ter boas opções durantes as negociações pelo reconhecimento de um estado Cipriano turco, e não liberaram o bairro grego por nada. Infelizmente, as negociações nunca chegaram a  nenhum acordo e a cidade ficou  totalmente abandonada.




        Quase 40 anos depois, a população, da outrora rica cidade, espera pacientemente pelo fim do conflito e o restabelecimento de suas posses. Infelizmente, Varosha está tão corroída pelo tempo, que mesmo sendo devolvida a seus donos, terá que ser completamente destruída antes de poder ser novamente habitável.






        Os turcos tomaram a região como um sequestrador detém um refém, esperando a divisão do território cipriota em uma parte grega e outra turca. 








         Um muro divide a parte grega e turca da cidade. Apesar da indignação internacional, condenações da ONU e várias negociações diplomáticas, o bairro de Varosha continua dominado pelos turcos quase 40 anos depois, tornando este local a maior aglomeração urbana abandonada do planeta.






        Fontes:
         Greenpeace - em inglês
         New Scientist - em inglês].
        BBC - em inglês
        wikipédia
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        O que leva um ser humano a buscar ligações com as forças ocultas do Mal? O que faz com que homens e mulheres se liguem ao demônio em pactos sinistros?
        Dizem, estudiosos no assuntos, que pessoas célebres, até então tidas como sensatas e consideradas especiais pelo povo, caíram nessa armadilha intrincada que são essas ligações sobrenaturais em busca de fama, fortuna e vida longa.
        Vamos conhecer um pouco do que nos revela essa pesquisa?


                               GILLES  DE  RAIS





        Gilles de Montmorency-Laval, Gilles de Rais, ou Gilles de Retz (Setembro de 1405 ? -  26 de Outubro de 1440), foi um nobre francês  e soldado que lutou em diversas batalhas ao lado de  Joana D'Arc contra os  ingleses.
        Ficou conhecido por ser acusado e condenado por torturar e estuprar um grande número de crianças. Juntamente com  Erzsébet Báthory aristocrata húngara que agiria no século seguinte, ele é considerado por alguns historiadores como precursor do assassino em série moderno.
        De Rais nasceu em 1405 (?) em Champtocé-sur-Loire. Seu pai foi Guy de Montmorency-Laval e sua mãe era Marie de Craon. Ele tinha um irmão, René de Susset, com o qual foi muito unido em sua infância. Fora uma criança inteligente, falando, inclusive, latim fluentemente. Após a morte de sua mãe e, posteriormente, a trágica morte de seu pai, os dois irmãos ficaram sob a tutela do avô materno, Jean de Craon. Ele ensinou aos garotos o narcisismo, a soberba, o poder, o orgulho, o que fez com que moldasse a personalidade de Gilles. Mas no começo, Jean dava muito mais atenção ao irmão de Gilles, o que fez com que esse vivesse fechado na biblioteca da casa. Lá ele encontraria seu alter ego e heróis em livros sobre a Roma antiga. Ele via como os antigos imperadores romanos eram poderosos, ricos e matavam sem dever explicações a ninguém.


        Aos 14 anos, seu avô lhe deu uma grande armadura milanesa e o proclamou cavaleiro. Logo já manejava uma espada e destruia seus bonecos de treino e já demonstrava sua agressividade. Primeiramente com animais, mas logo com seres humanos. Aos 15 anos, cometeria seu primeiro assassinato. Ele chamou seu amigo Antoin para um duelo, que este pensava ser inofensivo. No entanto Gilles levou o duelo a sério e acabou atingindo Antoin com a espada, que agonizou até a morte. Nessa ocasião ele não foi sequer acusado, pois era nobre e Antoin por sua vez, era de origem humilde.
        Sua enorme agressividade levou-o a entrar para a carreira militar, na qual poderia descontar a fúria nos inimigos. Lutava sempre na vanguarda dos soldados (tropas pagas por ele) contra os ingleses, e parecia outra pessoa quando lutava, tamanha era sua habilidade.
        Após uma das campanhas ele se casou com Catherine, que era de uma casa nobre da Bretanha, em 1420. Em 1429, Catherine daria à luz a única filha do casal, Marie. Porém Gilles dizia não amar a esposa e posteriormente, ficava evidente o caráter de bissexualidade do homem.
        Mais tarde, Gilles lutaria ao lado de  Joana D'Arc, pela qual possuía uma estima muito grande, novamente contra os ingleses, retornando vitorioso a Paris.
        Com o passar do tempo, as derrotas contra os ingleses (na batalha de Patay) e, posteriormente a morte de sua 'deusa' Joana D'Arc, tornaram Gilles cada vez mais triste e sombrio. Ele chegou a declarar que não tinha mais vontade de viver, pois essa morrera com Joana D'Arc.
        Quando o seu pai morreu, ele entrou em desespero, pois estava perdendo as suas terras e toda a sua riqueza. Desesperado,começou a mexer com ocultismo, recebendo orientações de um bruxo chamado Francesco Prelati. Esse bruxo afirmava que Gilles deveria matar e esquartejar crianças e oferece-las ao demônio para que ele, Gilles,  tivesse mais poder, riquezas e prosperidade. Assim, Gilles o fez!

        Deixou a vida militar e refugiou-se na Bretanha Francesa, mais precisamente no castelo de Tiffauges, onde seus demônios e sentimentos mais perversos afloraram. A mente do ex-comandante ficara ainda mais confusa com as tragédias da guerra e a morte de seus camaradas. Nessa altura ele já havia se separado de sua esposa Catherine.
        Entre 1432 e 1440, chegaram a contabilizar o desaparecimento de mais de 1.000 meninos entre 8 e 10 anos na Bretanha. Em seu castelo, Gilles estava rodeado de uma corte grotesca de bruxas, alquimistas e sadistas. Gastava toda a fortuna em obras artísticas que lhe recordavam as campanhas com Joana D'Arc e em festas para seus estranhos amigos e conselheiros. As bizarrices, porém, ocorriam ao cair da noite, quando ele dedicava-se a torturar, estuprar e assassinar meninos, previamente seqüestrados por 'bruxas'. Para defender-se de acusações de que os meninos sequestrados eram levados ao seu Castelo, Gilles dizia que os entregava a Inglaterra para se converterem em padres.
        Ele utilizou, além do castelo de  Tiffauges, o castelo de Machecoul e a casa de Suze para cometer seus delitos.
        Tudo acabaria em outubro de 1440 quando uma investigação levou até Gilles de Rais. Em seu julgamento (altamente detalhado nas escritas do século XV), ele se declarou, a princípio, inocente. Entretanto, em um de seus transtornos de personalidade, dos quais já sofría há anos, ele assumiu a culpa, dizendo estar arrependido. Gilles documentou todos os assassinatos e ações conturbadas. As declarações chocaram a França, pois era considerado um herói pelo povo. Chegaram a contabilizar 200 vítimas, porém é certo que este número seja bem maior.
        No dia 26 de outubro de 1440, Gilles de Rais e seus 'colaboradores' foram levados até Nantes, onde foram enforcados e depois queimados.


              PADRE URBANO GRANDIER



         Padre Católico Romano Urbano Grandier (1590-1634), acusado de praticar feitiçaria em Loudun (Vienne, França), em 1632. Suas supostas vítimas foram as freiras ursulinas de um convento local que eram "atormentadas por demônios" — uma explicação prevalecente na época para vários tipos de distúrbios psico-mentais e tendências mediúnicas, que em vários períodos da história surgiram como epidemia em muitas partes do mundo. Como Grandier conquistou muitos inimigos devido ao seu brilho incomum como escritor e pregador e por causa do seu jeito algo despreocupado de viver, tornou-se tarefa fácil acusá-lo de enfeitiçar jovens mulheres. O primeiro julgamento levado a cabo por ordem do bispo de Poictiers deu em nada, em razão das muitas contradições nas provas apresentadas. Através dos esforços do Cardeal de Richelieu, entretanto, que parecia guardar um antigo ressentimento contra Grandier, outro julgamento foi ordenado, na promotoria de Laubardemont. Grandier inabalavelmente recusou-se a confessar os crimes de que era acusado. Foi considerado culpado e queimado vivo em 18 de agosto de 1634. Este vergonhoso procedimento não pôs fim à epidemia das assim chamadas "possessões demoníacas", uma vez que grande quantidade de outros homens e mulheres foram igualmente afetados em várias partes do país. Foram precisos muitos anos para isto acabar. —

                                 Teófilo de Adana

        São Teófilo o penitente ou Teófilo de Adana (morreu ca. 538) foi um clérigo no século VI , da Igreja  Católica que se diz ter feito um pacto demoniaco para ganhar uma posição eclesiástica de notoriedade.. Sua história é importante, pois é a história mais antiga de um pacto com o diabo e foi uma inspiração para a criação da lenda de Fausto. . Seu dia de festa é 04 de fevereiro.
         Eutychianus de Adana , que alegou ser uma testemunha ocular dos acontecimentos, é o primeiro a registrar a história de Teófilo. Embora Teófilo é considerado um personagem histórico, o conto associado com ele é de um apócrifo da  natureza.
        Teófilo foi o arquidiácono de Adana, Cilícia ,  que faz parte da moderna  Turquia . Ele foi eleito por unanimidade para ser um bispo , mas virou a posição inferior de  humildade. . Outro homem foi eleito em seu lugar. Quando o novo bispo injustamente privados Teófilo de sua posição como o arquidiácono, Theophilus lamentou sua humildade e procurou um assistente para ajudá-lo em contato com Satanás . Em troca de sua ajuda, Satanás exigiu que Theophilus renunciar a Cristo e a Virgem Maria em um contrato assinado com o seu próprio sangue . Theophilus obedeceu, e o demonio deu a ele o cargo de bispo.
        Anos mais tarde, temendo por sua alma , Teófilo se arrependeu e orou à Virgem perdão. Depois de quarenta dias dejejum , a Virgem apareceu a ele e verbalmente repreendeu. Teófilo pediu perdão e Maria prometeu interceder junto a Deus.. Em seguida, ele jejuou por mais de trinta dias, ocasião em que Maria lhe apareceu de novo, e concedeu-lhe a absolvição . No entanto, Satanás não estava disposto a abrir mão de seu poder sobre Teófilo, e foi mais três dias antes Teófilo acordou para encontrar o condenatório  contrato em seu peito. Ele então pegou o contrato para o bispo legítimo e confessou tudo o que ele tinha feito. O bispo queimou o documento e Teófilo morreu, por pura alegria de estar livre do fardo do seu contrato.

                              Robert   Johnson


        A vida de um dos maiores músicos do blues americano é marcada por eventos sinistros, datas e informações desconexas e muito misticísmo. 
        Robert Leroy Johnson nasceu de uma família de lavradores em Hazlehurst, no Mississipi. Até mesmo a data de seu nascimento é imprecisa, sendo que o ano mais aceito, 1911, está provavelmente errado. Alguns documentos escolares e certidões sugerem datas entre 1909 e 1912, mas nenhum deles cita o ano de 1911. 
        Trabalhou no campo até os 16 anos, quando resolveu largar sua pacata vida de lavrador para tocar gaita e violão. Desde então não parou de viajar, tocando em todos os lugares em que pudesse, principalmente na rua. Sua carreira profissional durou apenas dois anos (1936 a 1938) apenas tocando em prostíbulos e bares de baixa popularidade. 



        Gravou apenas 29 músicas e não conseguiu nenhum reconhecimento comercial em vida. Porém, ganhou de seus companheiros músicos o título de "The King of the Delta Blues Singers". Suas músicas foram regravadas por diversos artistas como Red Hot Chilly Peppers, Eric Clapton e muitos outros, além de influenciar grandes nomes do blues, como Muddy Waters e Elmore James. Mas as histórias ligadas a Robert Johnson são tão misteriosas e surpreendentes quanto sua influência nos músicos atuais. 
        Uma das grandes lendas conta que Johnson teria vendido a alma ao demônio para obter o seu talento e a sua habilidade com o violão. Acredita-se que ele ficou a espera na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em uma noite de lua nova (a lua do demônio) com seu violão na mão. A meia-noite, o diabo em forma de um homem apareceu para afinar seu instrumento. A partir daí, todos que ouvem suas músicas são encantados por ela. No supersticioso sul dos Estados Unidos do início do século, eram comuns os mitos demoníacos, e o tema fazia parte da tradição do blues. Suas músicas como "Me and the Devil Blues", "Hellhound on my Trail" e "Crossroad Blues" aumentaram as crenças na história, pois essas músicas tinham clara alusão ao demonio. 



        As atitudes de Robert Johnson ajudavam a espalhar sua fama de sinistro e adorador de forças ocultas. Uma delas era o seu hábito de tocar de costas para o público durante seus shows. As pessoas então diziam que ele fazia isto para esconder o olhar do diabo que surgia para auxiliá-lo. Outros sugeriam que ele tocava de costas para esconder os acordes que ele inventava sozinho e não queria que algum músico que estivesse na plateia o copiasse. A data de seu óbito também é imprecisa. Supõe-se que seja no dia 16 de agosto de 1938. Existem diversas lendas sobre sua morte. Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Ele veio a morrer três dias depois de envenenado, sofrendo terríveis dores no estômago durante todo esse tempo. Essa seria a razão de, antes de morrer, Johnson ter sido encontrado andando de quatro e uivando como um cachorro no corredor do quarto do hotel que ele estava. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Mas seus colegas disseram que o prazo acabou, era a hora de pagar sua dívida. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte.Todas as histórias contadas sobre a vida desse grande músico são imprecisas, mas sua enorme colaboração para a música é certa.


        Fontes:
        http://helenablavatsky.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=100%3Asinais-dos-tempos&catid=8%3Avolume-viii-obras-completas&Itemid=3&lang=en
        wikipédia


                               Clube dos 27

        O que significa pertencer ao Clube dos 27?
        Muitos mistérios cercam esse número, mas, principalmente, no que se refere a morte de muitos famosos que terminaram seus dias aos 27 anos de idade, interrompendo suas brilhantes carreiras.
        Segundo alguns estudiosos, essas mortes estão relacionadas a pactos demoníacos em busca do sucesso, que realmente veio mas a que preço? Ainda segundo essas opiniões, todos os famosos que fizeram uma carreira brilhante tiveram suas vidas conturbadas, cercadas por violência, drogas e muito, muito dinheir!
        Valerá a pena?

        BRIAN JONES: morreu em 03 de julho de 1969. Morreu afogado em uma piscina. Era músico, membro fundador do grupo Rolling Stones. Estava com 27 anos e 125 dias.


        JIMI HENDRIX: morreu  em 18 de setembr de 1970.Sua morte foi causada pela a asfixia causada pelo seu próprio vômito, devido a uma combinação de vinho com pilulas para dormir! Ele estava com 27 anos e 295 dias.


        JANIS  JOPLIN: morreu  em  04 de outubro de 1970. Sua morte foi causada por uma provável overdose de heroína.Vocalista principal e compositora das bandas  Big Brother and the Holding Company , The Kozmic Blues Band e Full Tilt Boogie Band. Ela estava com 27 anos e 258 dias.



        JIM MORRISON:  morreu  em 03 de julho de 1971. A causa da morte foi listada como "insuficiência cardíaca", no entanto, a autópsia não foi realizada.Vocalista e principal compositor da banda  The Doors. Ele estava com a idade de 27 anos e 207 dias.


        KURT COBAIN: morreu  em 05 de abril de 1994. Cometeu suicídio com um tiro na boca.  Membro fundador, vocalista, guitarrista e compositor da banda  Nirvana. Ele estava com a idade de 27 anos e 44 dias.


        AMY WINEHOUSE: morreu em 23 de julho de 2011. Intoxicação por excesso de bebida alcoólica. Ela estava com 27 anos e 312 dias.


        ALEXANDRE LEVY: morreu em 17 de janeiro de 1982. Causa da morte: Desconhecida.Compositor, pianista e maestro.



        LOUIS  CHAUVIN: morreu em  26 de março de 1908. Esclerose neurosifilítica. Músico de ragtime.



        E assim foram acontecendo com muitos outros. Todos morreram com a idade de 27 anos!

        NAT JAFFE:
        5 de agosto de 1945Complicações decorrentes de pressão altaMúsico de blues

        JESSE BELWIN:
        6 de fevereiro de 1960Acidente automobilísticoCantor e compositor de R&B
        RUDY  LEWIS:
        20 de maio de 1964OverdoseVocalista do The Drifters
        MALCOM HALE:
        31 de outubro de 1968Envenenamento por monóxido de carbonoIntegrante do Spanky and Our Gang
        DICKIE PRIDE:
        26 de março de 1969Overdose de pílulas para dormirCantor de rock britânico
        ALAN " BLIND OWL" WILSON:
        3 de setembro de 1970Overdose de barbitúricos, provável suicídioLíder, vocalista e compositor do Canned Heat
        ARLESTER " DYKE" CHRISTIAN:
        13 de março de 1971BaleadoVocalista do Dyke & the Blazers
        LINDA  JONES:
        14 de março de 1972Coma diabéticoCantora de R&B
        LES  HARVEY:
        3 de maio de 1972Eletrocutado ao tocar em um microfone com os pés molhadosGuitarrista do Stone the Crows
        RON PIQPEN MCKERNAN:
        8 de março de 1973Hemorragia gastrointestinal em decorrência de alcoolismoTecladista e vocalista do Grateful Dead
        ROGER LEE DURHAM:
        27 de julho de 1973Ferimentos em decorrência de uma queda de um cavaloCantor e percussionista do Bloodstone

        WALLACE YOHN:
        12 de agosto de 1974Acidente aéreoOrganista do Chase
        DAVE  ALEXANDER:
        10 de fevereiro de 1975Edema pulmonarBaixista do Stooges
        PETE HAM:
        24 de abril de 1975Suicídio por enforcamentoTecladista e guitarrista do Badfinger
        GARY THAIN:
        8 de dezembro de 1975Overdose de drogasEx-baixista do Uriah Heep e da banda de Keef Hartley
        CECILIA:
        2 de agosto de 1976Acidente automobilísticoCantora espanhola
        HELMUT KOLLEN:
        3 de maio de 1977Envenenamento por monóxido de carbonoBaixista do Triumvirat
        CHRIS BELL:
        27 de dezembro de 1978Acidente automobilísticoCantor e compositor do Big Star
        JACOB MILLER:
        23 de março de 1980Acidente automobilísticoVocalista do Inner Circle
        D. BOON:
        22 de dezembro de 1985Acidente automobilísticoGuitarrista e vocalista do Minutemen
        ALEXANDER BASHLACHEV:
        17 de fevereiro de 1988SuicídioMúsico, compositor e poeta russo
        JEAN-MICHEL BASQUIAT:
        2 de agosto de 1988Ovedose de speedballIntegrante da banda Gray
        ANDRÉ FEDRICK PRETORIUS:
        13 de outubro de 1988Overdose de heroínaGuitarrista sul-africano e um dos fundadores da banda de punk rock
        brasiliense Aborto Elétrico
        PETE DE FREITAS:
        14 de junho de 1989Acidente de motocicletaBaterista do Echo & the Bunnymen
        MIA  ZAPATA:
        7 de julho de 1993AssassinadaVocalista do The Gits

        KRISTEN PFAFF:
        16 de junho de 1994Overdose acidental de heroínaBaixista do Hole
        RICHEY JAMES EDWARDS:
         1 de fevereiro de 1995Desaparecido; declarado morto em 23 de novembro de 2008Guitarrista e compositor do Manic Street Preachers

        STRETCH:
        30 de novembro de 1995BaleadoRapper
        FAT PAT:
        3 de fevereiro de 1998BaleadoRapper e integrante do Screwed Up Click
        FREAKY TAH:
        28 de março de 1999BaleadoRapper e integrante do Lost Boyz
        SEAN  PATRICK MAcCABE:
        28 de agosto de 2000Asfixiado com o próprio vômito após consumo excessivo de álcoolVocalista do Ink & Dagger
        RODRIGO  BUENO:
        24 de junho de 2000Acidente automobilísticoCantor argentino
        MARIA  SERRANO  SERRANO:
        24 de novembro de 2000Acidente aéreoBacking vocal do Passion Fruit
        BRYAN OTTOSON:
        9 de abril de 2005Overdose de medicamentosGuitarrista do American Head Charge
        VALENTIN ELIZALDE:
        25 de novembro de 2006AssassinadoCantor mexicano
        ORISH  GRINSTEAD:
        20 de abril de 2008Falência renalIntegrante do grupo de R&B 702
        LILY  TEMBO:
        14 de setembro de 2009GastriteMusicista zambiana
        JOHNNY  GANZA:
        10 de março de 2011Ataque de DiabetesRapper Português integrante dos YK
        Coincidências? Ou existe algo mais? Muito estranho todas essas mortes por causas violentas, no auge da carreira de todos eles! Parece que todos sofreram muito antes de morrer. Isso significa  que? Simples  coincidência? Fatalidade? Coisas do destino? E  porque quase todos pertencem ao mundo da música?
        Estudiosos dizem que não! Existem muito mais  coisas ocultas em tudo isso!



               O  SANTO  SUDÁRIO


         A  tecnologia moderna continua aumentando  a polêmica sobre a autenticidade do Santo Sudário, tecido que alguns cristãos acreditam ter recoberto Jesus Cristo após a sua morte.
        No entanto, por volta dos anos 80, técnicas químicas de radiocarbono indicaram que o famoso Sudário de Turim foi na verdade feito na Idade Média, mas precisamente no século 14, quando a técnica para fazê-lo já estava disponível. Agora, o Comitê Italiano para Verificação de Alegações Paranormais confirmou a revelação de que o Sudário foi realmente  feito na Idade Média.
        Aproveitando tecnologia e técnicas contemporâneas, os cientistas utilizaram materiais que já eram usados no século 14. Em nota oficial, o grupo afirma que o Sudário é uma falsificação
        Luigi Garlaschelli, professor de Química da Universidade de Pavia, disse ao jornal La Repubblica que sua equipe usou linho tecido com as mesmas técnicas que as usadas no Sudário. O pano então foi colocado sobre um estudante que usava uma máscara para reproduzir o rosto, e esfregado com um pigmento vermelho muito usado na Idade Média. O processo consumiu uma semana, disse o jornal.




        O sudário aparece pela primeira vez na história nas mãos de um desconhecido cavaleiro francês, em 1360.Mas, se isso é uma verdade, porque o Vaticano insiste em mante-lo tão bem guardado, uma relíquia sagrada? Se é falso, qual o motivo de tanta preocupação em proteger o falso sudário?



        De propriedade do Vaticano, o sudário é mantido numa câmara especial da catedral de Turim e raramente é exibido em público. A última apresentação foi no ano 2000, quando atraiu mais de 1 milhão de visitantes. Depois disso, foi exibida no ano de 2010. 
        No entanto, como a Igreja Católica se posiciona diante dessa questão?
        Segundo fontes do Vaticano,a Igreja Católica não nega e nem confirma a autenticidade desse sudário.
        Na verdade, o tecido com que o corpo de Cristo foi envolvido e onde teria deixado a impressão de seu rosto e corpo, segundo a fé católica é fonte de debate entre cientistas e teólogos há  muitos séculos.
        Os resultados de vários testes químicos  afirmaram que a peça correspondia a época da Idade Média, mais precisamente, entre os séculos XIII e XIV. Entretanto, muitos pesquisadores questionaram o procedimento, garantindo que durante o mesmo haviam ocorrido diversos erros metodológicos. Alguns também afirmaram que o tecido poderia haver sido afetado pelo incêndio ocorrido em 1532 na capela onde estava guardado. Outra teoria é que o tecido teria sido remendado com fibras de algodão durante a Idade Moderna (inexistente quando Jesus Cristo viveu e foi sepultado).
         O fato é que durante a retirada da amostra do pano para os próprios testes, somente o contato com o ar poderia haver exposto o tecido ao contato com bactérias, cujos dejetos contem carbono e poderiam haver contaminado o resultado das provas. Esta última defesa de parte da Igreja, foi desmentida cientificamente por testes feitos logo depois. 

        O que não dá para entender é que a própria Igreja Católica nega e ao mesmo tempo defende a autenticidade  do Santo Sudário.




        Fontes: 
        Santo Sudário
         Mistérios da Igreja Católica
        http://www.megacurioso.com.br/religiao/39521-seria-o-santo-sudario-a-primeira-fotografia-da-historia-.htm
        Larousse
        Lello Universal


                                                                                                                                                                   ♥♥♥♥♥♥


                                                    

                                 GRIMÓRIOS




        Muito se fala em Grimórios, principalmente nos filmes de fantasia ou ficção, mas quase ninguém sabe realmente o que venha a ser um.
        São livros, conjuntos de escritos, formulários, muito difundidos no século XVI e raríssimos hoje em dia. Eram escritos por magos, ocultistas de todas as espécies e que continham as receitas de ação medicinal, bruxarias, encantamentos e outras coisas semelhantes





                                GOÉCIA

        Nome com o qual se designa a Magia Negra, a Feitiçaria e a Nigromancia. É a arte de realizar malefícios e encantamentos.





        Diz um autor moderno: " a goécia é a antítese da teurgia, o que equivale dizer que suas tendências, suas aspirações, suas práticas, suas cerimônias e tudo o mais na goécia tem que ser o contrário da teurgia. Para ser teúrgico, é preciso ser casto, sóbrio e sábio. Para ser goético, é preciso ser libertino, desequilibrado e pedante. Para fazer as obras da luz é necessário estar na luz imóvel. Para as das trevas, basta estar nelas. A goécia pura é portanto, a parte experimental da magia, no que se refere aos poderes e faculdades que o homem desenvolve em si, por determinados processos e ao domínio que chegará a exercer sobre as entidades do astral. 
        A teurgia ensina a relacionar-se com os planos superiores, ditos celestes, concedendo o poder de visões extraordinárias e intuições que entrega ao mago  os maiores segredos do esoterismo".







        ACULTOMANCIA-  adivinhação por meio de agulhas. Esse método de investigação do futuro ou do presente é feito da seguinte maneira: colocam-se 25 agulhas em um prato e derrama-se água pura sobre elas. Todas as que se cruzarem indicarão  número de inimigos que  o  consulente terá.




        AEROMANCIA-  adivinhação pelos fenômenos aéreos. É um ramo da astrologia, e a teratoscopia é uma divisão desta ciência. Os presságios são deduzidos a partir da interpretação dos espectros que aparecem nas nuvens.
        Francisco de la Torre-Blanca diz em seu Epit. Deliet sive de Magia ( liv. I, cap.20) pst. Pictorium et Psellum, que a aeromancia é a arte de predizer, fazendo aparecer espectros no ar ou representando, valendo-se de demônios, os acontecimentos futuros numa nuvem.







        ALFITOMANCIA- adivinhação muito antiga por meio do pão de cevada. Quando nossos antepassados queriam conhecer o culpado, faziam cada um comer um tosco pedaço de pão de cevada. Quem o digerisse facilmente era inocente, mas o culpado era descoberto porque não conseguia engolir. Esse procedimento empregava-se também nos chamados juizos de Deus, de onde vem a expressão " que eu me engasgue com este pão se estou mentindo"!




        ALOMANCIA- adivinhação por meio do sal.
        O sal foi considerado em todos os tempos como coisa sagrada. Entre os romanos era um mau presságio para o hóspede se algum convidado dormia sobre a mesa antes que tivessem retirado os saleiros.
        Hje em dia, muitas pessoas consideram com presságio funesto derramar sal na mesa ou fora dela, quando se está comendo. Para conjurar os maus efeitos que tal fato possa produzir, os entendidos dizem que se deve tomar um pouco de sal derramado com a ponta da colher e jogá-lo por trás do ombro esquerdo, dizendo essas palavras: -" Satanás, eis aqui a tua parte! Maldito sejas! Some!"
        Os cristãos também emprega o sal, que algumas cerimônias religiosas, como simbolo da sabedoria!





        BOTANOMANCIA- adivinhação por meio dos ramos e das folhas de verbena e outros vegetais que foi muito usada na antiguidade. Uma das maneiras mais usadas que chegou até os nossos dias, e que ainda se pratica, consiste em observar a direção que as folhas das árvores tomam quando arrastadas pelo vento, deduzindo daí as respostas para o consulente.




        BRIZOMANCIA- nome que se costuma dar a arte de interpretar sonhos. Vem de Brizo, deusa do descanso natural.




        CAFEOMANCIA-  um  prática de adivinhação muito usada pelos povos árabes. Consiste em se ler o futuro através da borra do café que fica depositado no fundo da  vasilha, já que eles não coam  café para tomar como os ocidentais.
        Uma séria de traços, circulos, figuras e outros desenhos  formam presságios que deverão ser interpretados com muita atenção.









        CARTOMANCIA- hoje em dia bastante difundido o costume de se ler o futuro através das cartas. Mas esta prática data do século XII. A origem dos naipes é uma questão de arqueologia muito dificil de ser resolvida, apesar de ter sido   tratada com seriedade por muitos sábios. Não há dúvida que as cartas viera do Oriente, assim com  xadrez, pois existe uma semelhança entre os dois que não pode ser atribuida ao acaso.





        CEROMANCIA- adivinhações feitas através da cera que escorre das velas. 



        CLEDONISMANCIA- sistema de adivinhação baseado nas frases que chegam primeiro aos nossos ouvidos, quando estamos preocupados com um assunto que nos parece duvidoso.

        CLEROMANCIA- maneira de pressagiar que consiste em juntar numa caixinha diversas fichas pretas e brancas ou dados. Lançados sobre uma mesa formam figuras a serem interpretadas.



        CLEIDOMANCIA- esta arte, como outras, é o julgamento de Deus para as multidões.É preciso saber quem fez isto ou aquilo? Escreve-se  nome do suspeito num pedaço de papel e enrola-se numa chave que deve ficar pendurada por um pedaço de fita que sai das folhas de uma Biblia. Uma virgem toma o livro nas mãos e o consultante grita em voz alta o nome escrito no papel. Se a chave girar, o fato supsto é real.





        CRISTALOMANCIA- procedimento adivinhatório que implica no uso de espelhos mágicos ou através de cristais. Muito usadas são as esferas  chamadas bolas de cristal!












        CROMNIOMANCIA- adivinhação por meio de cebolas.




        DACTILOMANCIA- traça-se sobre uma mesa um circulo a redor do qual estejam escritas as letras do alfabeto. O consultante segura com sua mão esquerda um fio de seda que serve de prumo amarrado num anel previamente consagrado. Apoia-se o cotovelo na mesa, fora do circulo e formulam-se as perguntas, invocando-se as sílfides. Então  anel, segundo a vontade dos gênios, saltará de uma letra para outra, formulando as respostas.





        DAFNOMANCIA- sabe-se que o loureiro é uma árvore sagrada e que produz efeitos opiáceos. Para se praticar a dafnomancia existem dois processos:
        - um consiste em dar a uma virgem folhas de louro para mastigar, a fim de congraçar com os deuses, vindo estes, por seu intermédio, contestar as perguntas feitas.
        -o outro consiste em lançar ao fogo uma rama de louros, fazendo as perguntas ao mesmo tempo. Se as folhas se queimarem, é uma resposta afirmativa. Se não, é a negação.




        GEROMANCIA- um dos seis sistemas de adivinhação que eram mais frequentes entre os persas. Consiste no seguinte:  consulente tapa sua cabeça e rosto com um pano e segura nas mãos uma vasilha com água. Formula sua pergunta e se a água parecer que está fervendo, o  prognóstico será de que tudo ficará bem.

        GASTROMANCIA- adivinhação por meio do estômago. Na Idade Média, alguns feiticeiros conheceram a arte de evocar os demônios e faze-los penetrar em seu estômago, de onde respondiam às perguntas feitas, sem que os feiticeiros movessem os lábios.

        GEROMANCIA- esta adivinhação fundamentava-se no examinar as vísceras das vítimas. Os que a praticavam eram chamados de arúspices e o grande Cícero foi un dos que desempenharam esta função.



        HIDROMANCIA- adivinhação por meio da água. Suspendia-se um anel, amarrado na ponta de uma linha, sobre a vasilha com água. Se o anel se chocasse várias vezes contra as paredes da vasilha era sinal de sucesso. Outros processos também eram usados, como a observação do movimento do mar, dos rios e muitos outros.

        NAIRANCIA- sistema árabe de adivinhação, fundamentado nas interpretações obtidas de certos sinais e aspectos do Sol e da Lua.


        NECROMANCIA- processo da magia negra para se obter respostas dos cadáveres ou da cabeça de um morto e também das almas dos falecidos, por meio de evocações.


        NIGROMANCIA- sistema mágico de encontrar coisas que esteja ocultas em lugares obscuros, profundos e tenebrosos, como acontece em cavernas, minas, galerias subterrâneas. Para efetuar a operação  nigromântica invoca-se as potências propícias para descobrir tesouros e riquezas escondidos sob a terra ou em lugares ignorados, pedindo ao evocado que se traga ao evcador.  O pedido deve ser feito sempre a noite.

        OCULMANCIA- antigo modo de descobrir os autores de roubos e outros crimes baseado na maneira de olhar do suspeito.

        OENISTICIA - adivinhação realizada interpretando o voo das aves seguindo  determinadas regras.




        OFIDIMANCIA- adivinhação por meio de serpentes, conforma a sua maneira de rastejar!

        OINOMANCIA- adivinhação por meio do vinho, segundo a qual se deduzem as profecias conforme os caracteres do seu sabor ao bebê-l0 e outras circunstâncias especiais. Os persas usavam muito esse processo.


        OLOLIGMANCIA- adivinhação que se praticava deduzindo-se os presságios através dos latidos ds cães.


        ONEIROCRICIA- a arte para interpretar sonhos, muito usada ainda na atualidade.

        ONFALOMANCIA- sistema de adivinhação por certos caracteres que o umbigo apresenta. As antigas parteiras eram as que mais usavam esta arte adivinhatória.


        ONICOMANCIA- adivinhação por meio das unhas.

        ONOMANCIA- adivinhação baseada no estudo dos nomes das pessoas.


        OOMANCIA- adivinhação que se praticava quebrando um ovo dentro de uma vasilha c água. Conforme os desenhos surgidos, eram feitas as deduções e previsões.


        ORNITOMANCIA- adivinhação baseada no voo, canto e chilrear dos pássaros.



        PEGOMANCIA- adivinhação que se  praticava nas fontes naturais de água lançando nelas algumas pedras  e observando seus movimentos dentro do líquido.



        PERATOSCOPIA- adivinhação baseada no significado atribuído aos fenômenos e coisas extraordinárias que apareciam nos ares.


        PHILLORODOMANCIA- adivinhação por meio das folhas das rosas. Os gregos faziam estalar os circulos feitos com elas sobre o dorso ou sobre a palma das mãos, tirando conclusões e interpretando os ruídos que faziam.  Hoje o costume permanece mas transformado em uma brincadeira infantil.



        PIROMANCIA- espécie de adivinhação  feita através das chamas do fogo. É uma antiga tradição cigana.
        PSEPHOSMANCIA- espécie de adivinhação praticadas pelos antigos que consistia em deduzir prognósticos através das figuras formadas por algumas pedrinhas escondidas na areia.


        QUIROMANCIA- estudo das condições morais e mentais da pessoa por meio de análise e interpretação da estrutura, forma e aspecto da mão e suas partes, e das linhas, pontos e outras figuras que aparece se destacando na palma. A reunião dos dados, trazidos por estes caracteres que se relacionam de um modo claro e preciso com as influências e dominações astrológicas   permite formular os ditames do destino que presidem a vida do consulente e penetrar, por conseguinte, no que tenha lhe reservado o futuro.

        QUIRONOMIA-  estudo apenas da forma da mão e dedos de uma pessoa.

        RABDOMANCIA- adivinhação por meio de uma varinha de adivinhação, a qual pssui uma bifurcação em uma das pontas, se dividindo em duas.


        RHAPCODOMANCIA-adivinhação que na prática, abrindo casualmente um livro de poesia e tomando as primeiras palavras vistas pelo consulente como sendo a resposta para suas perguntas. Geralmente usavam-se nessa adivinhação as obras de Homero e de Virgílio.

        SCIAMANCIA- sistema adivinhatório baseado na evocação das sombras dos mortos. Diferencia-se da necromancia e da psicomancia pelo fato de que não é a alma ou o corpo do morto que dá as respostas, mas uma sombra ou simulacro do falecido.


        SIDEROMANCIA- conjunto de conhecimentos que englobam o estudo de corpos celestes, seus movimentos e posições em relação a Terra e do influxo que possam exercer sobre as pessoas e coisas terrestres.



        SPODOMANCIA- sistema adivinhatório que se praticava na antiguidade por meio de cinzas procedentes das fogueiras dos sacrificios.

        TERATOSCOPIA-  arte de deduzir predições da forma e do modo como certas figuras espectrais aparecem na atmosfera ou nas nuvens.


        XILOMANCIA- sistema adivinhatório, que usava pedaços de madeira para fazer as previsões.



        ZAIRAGIA- sistema de adivinhação de origem árabe. Para praticá-lo, poem-se vários circulos, uns dentro dos outros e pintam-se, nas bordas de todos eles, as letras do alfabeto. Depois é só faze-los girar e deduzir os augúrios das palavras que casualmente as letras dos diversos circulos, apontado para uma determinada direção


        FONTES: 
        DICIONÁRIO DE CIÊNCIAS OCULTAS
        TRADUÇÃO DO ORIGINAL ARGENTINO: DICCIONARIO DE CIENCIAS OCULTAS
        COLECCION ESOTÉRICA UNIVERSAL
        REVISTA PLANETA

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        A televisão alemã Zweites Deutsches Fernsen ( ZDF), canal com objetivos educativos e culturais, filmou a sessão do dia 03 de setembro passado, na Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio de Janeiro _ SMERJ _ para exibição na Alemanha. Na ocasião, entre vários fenômenos, presenciados pelo parapsicólogo alemão  Friederich Kroner, as câmeras registraram a incorporação do espírito do ator SÉRGIO CARDOSO: ele se encontrava junto de uma das médiuns da Sociedade, Maria Amália Nascimento Scolfano.





        O espírito perturbava a médium em sua casa e era por isso que ela havia procurado a sociedade: para que o espírito pudesse ser  socorrido e a abandonasse.
        Ao chegar outra médium à sociedade, Roseli Dias Barroso, mal transpôs a porta para entrar na sala de sessõe, começou a sentir grande mal estar, exatamente como sentia a sua colega Maria Amália em casa. Roseli fechou os olhos, estremeceu e caiu estirada ao solo, onde ficou cerca de quinze minutos, socorrida com magnetismo e preces, sem voltar a si. 
        Os guias resolveram, então, retirar o espírito, em estado de inconsciência, do corpo da médiaum, para ser submetido a tratamento magnético especial. No fim de algum tempo, o espírito voltou, ainda em estado de inconsciência, a incorporar-se na mesma médium. O vidente Aristides Bezerra de Melo e a vidente Marilu Laboissière " viram" que um dos guias recomendava a concentração do magnetismo na região do coração; caso contrário, o espírito não sairia do estado de inconsciência.
        A medium havia rolado de novo da cadeira para o chão, onde continuava estirada. Ajoelhados no chão, Nilvandro Barroso e o coronel César Bordalo começaram a submeter  o espírito incorporado a tratamento magnético intensivo, concentrado sobre o coração. Então, começando a despertar, a médium sentou-se no chão. E por fim ficou de pé, encurvando o corpo e assumindo a postura do " Dr. Valcour", a mais impressionante personagem vivida pelo saudoso ator Sérgio Cardoso.
        Falando através do aparelho fonador da médium, o espírito do ator disse que se encontrava em estado de inconsciência desde que morrera de uma parada cardíaca. Antes de morrer, entretanto, com o coração já parado, mas sob efeito das massagens que lhe eram aplicadas, ainda teve lucidez para ouvir um dos componentes da junta médica, que disse:
        - " Infelizmente, não há mais nada a fazer'.
         o presidente da sociedade relembrou a Sergio Cardoso a impressão que lhe deixara, quando de uma antiga novela de televisão. e confessou ao ator que, até hoje, possui uma linda cachorrinha, à qual deu o nome de TULA. Na novela,  O PREÇO DE UMA VIDA, Tula de Linhares era uma das personagens a contracenar com Sérgio Cardoso.
        Diante da revelação, o espírito do grande ator comoveu-se até às lágrimas, vertidas pela médium!

        fonte: extraído do Mundo Azul....24 e 25/09/77
        Publicação Revista Planeta...seção Jornal de Planeta....p.03
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        Tempo da Quaresma é o período do ano litúrgico que antecede a  Páscoa cristã, sendo  celebrado por algumas igrejas  cristãs, dentre as quais estão a Luterana, Ortodoxa, Católica, Anglicana.
        A expressão Quaresma é originária do latim, quadragesima dies (quadragésimo dia). O adjetivo referente a este período é dito quaresmal ou, mais raro, quadragesimal .



        Em diversas denominações cristãs, o Ciclo Pascal compreende três tempos: preparação, celebração e prolongamento. A Quaresma insere-se no período de preparação.


        Os serviços religiosos desse tempo intentam a preparação da comunidade de fiéis para a celebração da  festa páscal, que comemora a ressurreição e a vitória de Jesus Cristo  depois dos seus sofrimentos e morte, conforme narrados nos  Evangelhos.
        Esta preparação é feita através de jejujm abstinência de carne,  mortificações, caridade e orações.
        A separação do  Carnaval e o período da Quaresma inspira um vasto grupo de  tradições folclóricas, algumas oriundas de ritos anteriores ao     Cristianismo referentes ao pouso do  inverno e do posterior renascimento primaveril  da terra, no no Hemisfério Norte.

        CONHECENDO MAIS...
        Em alguns  RITOS e DENOMINAÇÕES CRISTÃS, o período de preparação para a  Páscoa inicia 17 dias antes da  Quarta feira de Cinbzas, chamado  Tempo da Septuagésima.
         Neste tempo de preparação remota, a liturgia apresenta a criação, elevação e queda do homem . Este tempo inicia com o Domingo da Septuagésima, abrange os domingos da Sexagésima e Quinquagésima, até a Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma.
        Quadragesima, expressão latina típica na  liturgia denomina o período de  quarenta  dias de preparação para a Páscoa e que alude ao simbolismo do número quarenta com que o Antigo e Novo Testamento representam os momentos salientes da experiência da fé da comunidade judaica e cristã.
        Em seu  simbolismo, este número não significa um tempo cronológico exato, ritmado pela sequência de dias; mas uma representação sociocultural de um período de duração significativa para uma comunidade de crentes.
        Na  Bíblia o número quarenta aparece em diversos momentos significativos, a saber:
        ANTIGO  TESTAMENTO...
        Na história de  Noé ( Gênesis 7:4-12 e Gênesis 8:6) durante o  dilúvio, é o tempo transcorrido na arca, junto com a sua família e com os animais. Após o dilúvio, passarão mais quarenta dias antes de tocar a terra firme.
        Na narrativa referente a  Moisés, é o tempo de sua permanência no Monte Sinai – quarenta dias e quarenta noites – para receber a Lei (  Êxodo 24:18) ). Quarenta anos dura a viagem do povo judeu do  Egito para a Terra prometida ( Deuterônimo 8:2-4) 
        No Livro dos Juízes, refere-se a quarenta anos de paz de que Israel goza sob os Juízes ( Juízes, 3:11).
        O profeta Elias leva quarenta dias para chegar ao  Monte Horeb, onde se encontra com Deus  ( I REIS 19: 8). Os cidadãos de  Nínive fazem penitência durante quarenta dias para obter o perdão de Deus ( Jonas 3:4-5)
        Quarenta anos duraram os reinados de  Saul  ( Atos 13:21),  de Davi ( II Samuel 5:4-5) e de Salomão ( I Reis 11:42), os três primeiros reis de Israel. 
        O simbolismo do número quarenta também está presente em  Salmos 95:referindo-se aos número de anos que o povo judeu caminhou pelo deserto.

        NOVO TESTAMENTO...
        Jesus foi levado por  Maria e José ao Templo, quarenta dias após o seu nascimento, para ser apresentado ao Senhor  ( Lucas 2:22). Este período de quarenta dias era determinado pela lei judaica, quando uma mulher desse à luz a um filho homem. Foi a soma dos dias para a  circuncisão de Jesus, após o parto, mais o período para a purificação de Maria. Só então ela poderia entrar no santuário ( Levítico 12:2-4)
        Jesus Cristo, antes de iniciar a sua vida pública, retira-se no deserto por quarenta dias e quarenta noites, sem comer nem beber ( Mateus 4:2; Marcos 1:13 e Lucas 4: 1-2).



        Durante quarenta dias  Jesus ressuscitado instrui os seus discípulos, antes de subir ao Céu e enviar o Espírito Santo ( Atos  1: 1- 3)

        SEMANA SANTA...
        Na Igreja Católica, o Tempo da Quaresma decorre desde a Quarta feira de Cinzas até a missa vespertina da Quinta feira Santa inclusive, com que se inaugura o  Tríduo Pascal. A semana que precede a Páscoa é chamada pela tradição de Semana Santa.
        Antes da reforma litúrgica pós- conciliar havia ainda os períodos denominados quinquagésima, sexagésima e  septuagésima.

        fONTE:
        WIKIPÉDIA
        HISTÓRIA DE JESUS
        RITUAIS CATÓLICOS
                                                    ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥


        PAPISA JOANA: LENDA OU REALIDADE?



        Diversos textos da Idade Média falam de Joana, uma mulhger que, disfarçada de homem e contrariando as tradições, teria ocupado o cargo supremo da Igreja Católica. O suposto fato, ao que parece, gerou o costume _ hoje abadonado_ de verificação do sexo do Papa.
        Como e quando surgiu a história da papisa Joana, uma mulher que teria ocupado o cargo supremo da Igreja Católica romana? Apesar de divergirem em alguns aspectos, diversos documentos antigos afirmam que Joana nasceu em Mainz, Alemanha e era filha de um casal inglês que emigrara para aquele país. Já adulta, conheceu um monge beneditino e apaixonou-se por ele. Como o amor foi correspondido, os dois deixaram a Alemanha e mudaram-se para a Grécia, onde permaneceram por cerca de três anos, período em que Joana estudou.
        Terminados os estudos, os amantes resolveram morar em Roma. Como viajava em companhia de um religiosos, Joana disfarçou-se: vestiu roupas masculinas e adotou o nome de Johannes Angelicus ou, segundo outras fontes, Johannes Anglicus.
        Em Roma, conseguiu ser noemada para a posição de notário  papal, depois se tornou cardeal e, em virtude de sua extraordinária inteligência, foi eleita papa.


        Não se sabe o que aconteceu com o monge beneditino. A vida amorosa de Joana, porém, continuou com um companheiro, cuja identidade é desconhecida, mas que poderia ter sido o secretário papal, de quem engravidou. Já etava em adiantado estado de getação quando, ao encabeçar uma procissão que passava por uma estreita viela entre o Coliseu e a Igreja de São Clemente, deu à luz à vista do povo que acompanhava o cortejo. Escandalizadas com o que acontecera, as pessoas amarraram a infeliz ao rabo de um cavalo e, depois de a arrastarem para fora de Roma, apedrejaram-na até a morte.
        Em virtude desse escândalo, quando iam do Palácio do Latrão à Basílica de São Pedro, as procissões papais evitavam passar por aquela viela _ fato registrado por Adão de Usk em sua obra " CHRONICON", escrita entre os anos de 1377 e 1404. Diz ele:
        _"Depois de desviar-se por repugnância à papisa Inês, cuja imagem com seu filho ( cum filio) ergue-se na estrada reta perto de São Clemente, o papa ( Inocêncio VII _ 1242/1247), desmontando de seu cavalo, entra no Latrão para sua entronização."
        Diversos outros cronistas afirmam que uma papisa deu à luz num caminho que vai do Latrão à Basilica de São Pedro e que uma imagem foi colocada na viela para marcar o lugar.



        VERIFICAÇÃO DO SEXO_
        Pelo fato de uma mulher ter, indevidamente, ocupado o trono papal, surgiu, em 1290 uma história a respeito da existência de uma cadeira com assento furado para, segundo o frade dominicano Robert d'Uses, se provar que " o Papa é homem". Cico anos depois dessa declaração, um monge francês da Abadia de St.Pierre-le-Vif confirmou o fato, afirmando:
        " (...) os romanos derivam o costume de verificar o sexo do papa eleito através de um buraco em um assento de pedra".
        Adão de Usk dá uma descrição detalhada, não só da cadeira mas da forma como era usada:" (...) é de porfiro (...) furada embaixo (...) para que um dos cardeais mais jovens possa fazer a prova do sexo ( do papa).
        Mas coube ao inglês William Brewyn descobrir, em 1470, que dois desses estranhos móveis estavam guardados na Capela de São Salvador, na Basílica do Latrão. Pelo que se sabe, todos os candidatos ao trono papal eram submetidos ao exame. Nem mesmo Alexandre VI ( 1492-1503)- o famoso Borgia- escapou, apesar de ter diversos filhos, entre eles Lucrécia Borgia.
        Não se deve, porém, descartar o fato de que tais cadeiras, acrescidas de uma bacia, ´poderiam destinar-se à higiene pessoal e íntima ou servir como vasos sanitários. Segundo alguns cronistas, elas eram usadas por mulheres grávidas na ocasião de darem à luz.


        Uma das mais famosas obras do século XIII é a CHRONICUM PONTIFICUM ET IMPERATORUM ( A Crônica dos Papas e dos Imperadores), do frade dominicano Martin von Troppau, também conhecido pelo nome de Martinho Polonus. Segundo o cronista, a papisaJoana teria ocupado o trono papal de dois a três anos, entre leão IV e Benedito III. Todavia, uma consulta ao Oxford Dictionnary of Popes revela que Leão IV foi papa de abril de 842 a julho de 855, quando faleceu. O cardeal Anastasius, o Bibliotecário, considerado um antipapa, ocupou a posição por cerca de dois meses, ou seja, de agosto a setembro de 855, quando foi deposto. Benedito III assumiu o papado em Setembro de 855 e lá ficou até abril de 858. Se o dicionário em questão está certo, não houve um período de dois ou três anos durante o qual o trono ficou vago e que poderia ter sido ocupado por uma mulher ou mesmo por um papa chamado Johannes.
        Curiosamente, existem diversas cópias do CHRONICUM e em algumas a papisa Joana é citada e sua eleição dada como tendo ocorrido na década de 850. Todavia, segundo a Enciclopédia Britânica, tal observação poderia ser uma interpolação.
         O notável cronista dominicano Stephen de Bourbon, do mesmo século XIII, declara que Joana ou Johannes foi eleita papa no ano de 1100 d.C.
        Rosemary e Darrol Pardoe, autoras do livro A PAPISA JOANA (Ibrasa) e que fizeram um cuidadoso estudo do caso, acrescentaram ainda outros detalhes à história. Segundo elas, para escrever seu CHRONICUM,Martim vom Troppau extraiu os dados de uma coleção de biografias ppais compiladas no século IX por Anastasius, o Bibliotecário: O Liber Pontificalis.
        Mas Anastasius fala da papisa Joana e os relatos sobre ela seriam interpolações posteriores, possivelmente do século XIV. Alguns outros autores que a citam cometeram o mesmo engano, pois possivelmente usaram os dados contidos naquelas cópias do CHRONICUM.
        Um cronista que preferiu outra fonte de referência para a sua obra foi Stephen de Bourbon, dominicano francês nascido em Metz. Ele usou a CHRONICA UNIVERSALIS METTENSIS, de Jean de Mailly, escrita por volta de 1250. Os fatos que ele cita são semelhantes aos de outros cronistas. A diferença é que Stephen coloca Joana no ano de 1100 e atribiu ao demõnio tudo o que aconteceu.

        INTRIGAS  RELIGIOSAS _
        Alguns historiadores, especialmente os do século XIV dizem que Joana adotou o titulo de João VIII e ocupou o trono papal durante cerca de dez anos ou seja, de 872 a 882. Isso, contudo, parece improvável, pois João VIII, que foi papa durante aquele período, era um homem idoso que se interesava pelo política, defendia a indissolubilidade do casamento, a liberdade das eleições episcopais, etc. Era, contudo, tão cruel e vingativo que criou um grande número de inimigos, mesmo enytre os membros de seu próprio séquito. Para se vingar e se livrar dele, esses homens envenenaram e acabaram matando João VIII a cacetadas. Como se vê, as características de tal papa eram eminentemente masculinas e se, depois de morto, seus inimigos tivessem descoberto que era mulher, dificilmente teriam ocultado o fato.
        Mas porque, afinal, teria surgido a história de que uma mulher ocupara a posição de papa na Igreja Católica Romana? Existem, ao que parece, duas possibilidades. Uma é que um eunuco chamado Nicetas, embora inelegível em virtude de ser castrado, fora eleito papa no século IX. Esse fato também explicaria as cadeiras com assentos furados para provar se o papa era homem. É provável que ele também fosse imberbe e o povo o chamasse de " mulher".
        A outra hipótese é que, no século XIII, o papado contava com um grande número de inimigos, especialmente entre os membros das ordens mendicantes: os franciscanos e os dominicanos. A inimizade originou-se porque o papado favorecia as ordens mais suaves e mais brandas e os frades mendicantes permaneciam fiéis às sua origens e se recusavam a mudar suas rigidas regras. Por esse motivo, eram tratados pelo papa com extrema dureza. O descontentamento que isso provocou afetou as relações dos dominicanos e franciscanos com a Igreja de Roma e eles sofreram a restrição de diversos privilégios. Para prejudicar a instituição eles teriam , então, espalhado verbalmente a história da papisa.
        Curiosamente, o papa em questão, Inocêncio IV, morreu um pouco depois de impor restrições sobre os dominicanos e sua morte foi atribuída às preces feita por aquela irmandade, principalmente porque a ordem se beneficiou com a ascensão de seu sucessor, Alexandre IV.

        Fonte:
        Revista PLANETA
        Fronteiras do Desconhecido...dezembro/90
        Documentário de Elsie Dudugras...p. 47/49

        Oficialmente não, mas há controvérsias. O que existe de fato é a história de uma papisa que a Igreja Católica declarou como lenda conspiratória. Acontece que existem registros que nos fazem colocar "lenda" entre aspas e considerar que talvez se trate de uma história real.
        Como qualquer acontecimento obscuro, os relatos divergem muito quanto a datas e nomes, então fizemos um resumão e contamos a história com os dados que têm mais registros. Primeiro, é preciso contextualizá-la: era final do primeiro século cristão, quando as mulheres ainda eram oprimidas por uma forte sociedade machista e praticamente nasciam só para limpar e procriar. 
        Joana (ou Gilberta, de acordo com algumas versões da história), nascida na cidade Mainz, Alemanha, teve uma educação diferente. Seus irmãos mais velhos a iniciaram nos estudos e alfabetização - o que não existia para mulheres. Seu desempenho extraordinário chamou atenção de um monge médico que logo virou seu tutor. E depois virou amante.
        Apaixonados, Joana adotou o nome de João e se travestiu de monge para acompanha-lo. Isso não foi difícil pois as vestes eclesiásticas sempre foram muito folgadas, compridas com capuz - trajes perfeitos para uma mulher se passar por homem. E a menstruação? Diante dos longos jejuns e dieta baseada em alimentos ralos, é possível que, se existisse, seu fluxo fosse muito menos intenso que o normal. 
        Joana logo ultrapassou seu tutor e se destacou, sendo chamada para cuidar do então enfermo Papa Leão IV. Desta vez Joana se destacou tanto que, quando o Papa faleceu, em 855, foi eleita por unanimidade para ser o novo Bispo de Roma - sua santidade O Papa.
        Isso não impediu seus encontros com seu amante e Joana ficou grávida. Um dia, numa procissão até o Coliseu, ela apenas entrou em trabalho de parto e deu à luz a uma menina diante de toda a multidão. Milagre? Não. Heresia. Com sua farsa descoberta, Joana foi amarrada a um cavalo e apedrejada até a morte. A menina teria morrido no parto.
        A história da Papisa Joana está registrada em centenas de livros da época. Mas então, porque a dúvida ainda? Porque os registros podem ser falsos. Podem ser fruto da Igreja Ortodoxa e de protestantes que visavam a desmoralização da Igreja Católica. Existe uma teoria, inclusive, que defende que pode ter sido uma invenção do próprio catolicismo. Pelo final trágico da Papisa, entende-se que pode ser uma mensagem velada da Igreja ao movimento feminino (que já dava seus manifestos naquela época), como um alerta: mulheres, não tentem nos enganar.
        Um dos mais peculiares indícios da existência de uma Papisa está guardado até hoje no Vaticano - uma cadeira para coroação papal, que possuía um buraco de 21 cm na parte dianteira do assento e que teria sido criada após o caso de Joana. 


        De acordo com o historiador Peter Stanford, antes de ser coroado, o futuro Papa teria que se sentar com as pernas afastadas nesta cadeira, enquanto um diácono verificava se o candidato possuía testículos. Se a resposta fosse positiva, o diácono declarava: "testiculus habet". No entanto a Igreja nega a versão, alegando que se trata de uma cadeira para banho.

        A história de Joana deu origem ao termo "Papisa" que até então não existia. Ela também foi motivo da criação da carta homônima do tarot.
        Conhecida como A Prostituta Apocalíptica da Babilônia, a Papisa Joana também ganhou um santuário em Roma nos arredores do Coliseu, hoje abandonado na pequena ruela onde ela teria dado a luz.

        Por : Maurice de Lachatre.
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        As provas da existência da papisa 
        Durante muitos séculos a história da papisa Joana havia sido reputada pelo próprio clero como incontestável e, com o andar dos tempos, os ultramontanos, compreendendo o escândalo e o ridículo que o reinado de uma mulher devia lançar sobre a Igreja, trataram de fábula digna do desprezo dos homens esclarecidos, o pontificado dessa mulher célebre. Autores mais justiceiros defenderam, pelo contrário, a reputação de Joana e provaram com testemunhos autênticos que a papisa havia ilustrado o seu reinado com o brilho das suas luzes e com a prática das virtudes cristãs.
        O fanático Baronio considera a papisa um monstro que os ateus e os heréticos tinham evocado do inferno por sortilégios e malefícios; o supersticioso Florimundo Raxmond compara Joana a um segundo Hércules que teria sido enviado do céu para esmagar a Igreja Romana, cujas abominações tinham excitado a cólera de Deus.
        Contudo, a papisa foi vitoriosamente defendida por um historiador inglês chamado Alexandre Cook; a sua memória foi por ele vingada das calúnias dos seus adversários e o pontificado de Joana retomou o seu lugar na ordem cronológica da história dos papas. As longas disputas dos católicos e dos protestantes acerca desta mulher deram um atrativo poderoso à sua história e somos obrigados a entrar em todos os detalhes de uma existência tão extraordinária.
        Eis aqui narrado, de que maneira o jesuíta Labbé, um dos inimigos da papisa, enviou o seu cartel de desafio aos cristãos reformados: "Dou o mais formal desmentido a todos os heréticos da França, da Inglaterra, da Holanda, da Alemanha, da Suíça e de todos os países da Terra para que possam responder com a mais leve aparência de verdade à demonstração cronológica que publiquei contra a fábula que os heterodoxos narraram sobre a papisa Joana, fábula ímpia cujas bases destruí de um modo invencível". Os protestantes, longe de ficarem intimidados com a imprudência do jesuíta, refutaram vitoriosamente suas alegações, demonstraram todo o edifício das suas astúcias e das suas mentiras e, apesar dos anátemas do padre Labbé, fizeram sair Joana dos espaços imaginários em que o fanatismo a tinha envolvido.
        No seu libelo, o padre Labbé acusava João Hus, Jerônimo de Praga, Wiclef, Lutero e Calvino de serem inventores da história da papisa. Porém, provou-se-lhe que, tendo Joana subido à santa sede aproximadamente seis séculos antes da aparição do primeiro desses homens ilustres, era impossível que eles tivessem imaginado essa fábula. De qualquer forma, Mariano, que escreveu sobre a vida da papisa mais de cinqüenta anos antes deles, não poderia tê la copiado de suas obras.
        A História, cujas vistas morais se elevam acima dos interesses das seitas religiosas, deve pois ocupar se em fazer triunfar a verdade sem se inquietar com as cóleras sacerdotais. Assim, a existência de Joana não deve ferir de modo algum a dignidade da santa sede, pois ela, no decurso do seu reinado, não imitou as astúcias, as traições e as crueldades dos pontífices do nosso século.
        Crónicas contemporâneas estabelecem, com toda a evidência, a época do reinado de Joana. Seus autores, sendo padres e monges, todos zelosos partidários da santa sede, eram interessados em negar a aparição escandalosa de uma mulher no trono de São Pedro. Verdade é que muitos autores do nono século não fazem menção a esta heroína, silêncio que atribui-se com justa razão à barbárie da época e ao embrutecimento do clero.
        Uma das provas mais incontestáveis da existência de Joana está exatamente no decreto, publicado pela corte de Roma, que proibiu a sua colocação no catálogo dos papas. "Assim, acrescenta o sensato Launay, não é justo sustentar que o silêncio que se guardou sobre esta história, nos tempos que se seguiram imediatamente ao acontecimento, seja prejudicial à narrativa que mais tarde foi feita.
         

        É verdade que os eclesiásticos contemporâneos de Leão IV e de Bento III, por um zelo exagerado pela religião, não falaram nessa mulher notável; mas os seus sucessores, menos escrupulosos, descobriram afinal o mistério...".
        Mais de um século antes de Mariano escrever os manuscritos que deixou a abadia de Fulde, diferentes autores tinham já narrado muitas versões sobre o pontificado da papisa. Porém, foi este sábio religioso que esclareceu todas as dúvidas e suas crônicas foram aceitas como autênticas pelos eruditos conscienciosos, que estabelecem as verdades históricas sobre os testemunhos de homens cuja probidade e luzes são incontestáveis. E com efeito, toda a gente concorda em reconhecer que Mariano era um escritor judicioso, imparcial e verídico; a sua reputação está tão bem estabelecida que a Inglaterra, a Escócia e a Alemanha reivindicam a honra de serem sua pátria. Além disso, o seu caráter de sacerdote e a dedicação que mostrou sempre pela santa sede não permitem que se suspeite de parcialidade contra a igreja católica.
        Mariano, longe de ter sido um ente fraco ou um visionário, era muito esclarecido, muito instruído, cheio de firmeza, de religião e tinha dado provas incontestáveis da dedicação que consagrava à corte de Roma, defendendo com grande coragem o papa Gregório VII contra o imperador Henrique IV. Não é possível, pois, recusar a autoridade de um semelhante testemunho; de outro modo, não existiria um único fato histórico ao abrigo das contestações ou que se pudesse considerar como evidente.
        Por esta razão, os jesuítas que têm procurado por em dúvida a existência da papisa, compreendendo a força que os escritos deste historiador davam aos seus adversários, quiseram acusar de inexatidão as cópias das obras de Mariano. Mabillon, sobretudo, defende que existem exemplares nos quais não se trata da papisa. Para refutar esta asserção, basta consultar os manuscritos das principais bibliotecas da Alemanha, da França, de Oxford e do Vaticano. Além disso, está provado que os manuscritos autografados pelo religioso, os quais foram conservados na França, durante muitos séculos na biblioteca do Domo, contém realmente a história da papisa.
        É igualmente impossível admitir que um homem do caráter de Mariano Scotus tivesse mencionado nas suas crónicas uma aventura tão singular se não fosse verdadeira. Contudo, admitindo que fosse capaz de uma tal impostura, é provável que os papas que governaram então a Igreja tivessem guardado silêncio sobre tal impiedade? Gregório VII, o mais orgulhoso dos pontífices e o mais apaixonado pela pretensão à infalibilidade da santa sede teria permitido que um frade desonrasse a corte de Roma com tanta insolência? Victor III, Urbano II, Paschoal II, contemporâneos de Mariano, teriam deixado impune esse ultraje? Finalmente, os escritores eclesiásticos do seu século, e sobretudo o célebre Alberic do Monte Cassino, tão dedicado aos papas, teriam deixado de se levantar contra uma tal infâmia?
        Assim, segundo os testemunhos mais irrecusáveis e mais autênticos, está demonstrado que a papisa Joana existiu no nono século, que ocupou a cadeira de S. Pedro, que foi o vigário de Jesus Cristo na Terra e proclamada soberana pontífice de Roma!!!
        Uma mulher assentada na cadeira dos papas, ornando lhe a fronte a tiara e tendo nas mãos as chaves de S. Pedro é um acontecimento extraordinário de que os faustos da história oferecem um único exemplo! E o que mais nos admira não é o fato de uma mulher elevar-se pelos seus talentos acima de todos os homens do seu século, pois que houve heroínas que comandaram exércitos, governaram impérios, encheram o mundo com a fama da sua glória, da sua sabedoria e das suas virtudes.  mas que Joana, sem exércitos, sem tesouros, somente com o apoio de sua inteligência, fosse assaz hábil para enganar o clero romano e fazer com que lhe beijassem os pés os orgulhosos cardeais da cidade santa. É isso o que a coloca superior a todas as heroínas, porque nenhuma deIas se aproxima do que há de maravilhoso numa mulher ordenada papa.
         

        O nascimento de Joana
        Numa vida tão extraordinária como a de Joana devemos mencionar todos os acontecimentos que nos foram transmitidos pelos historiadores e entrar em detalhes nas ações dessa mulher notável.
        Eis a versão de Mariano Scotus sobre o nascimento da papisa: "Em princípios do nono século, Karl, o Grande, depois de ter subjugado os saxônios, empreendeu a conversão desses povos ao cristianismo e pediu à Inglaterra padres eruditos que o pudessem auxiliar nos seus projetos. No número de professores que passaram à Alemanha contava-se um padre inglês acompanhado de uma menina que, estando grávida, roubara à sua família para ocultar esse estado. Os dois amantes foram obrigados a interromper a sua viagem e a parar em Mayence, onde em breve a jovem inglesa deu à luz uma filha cujas aventuras deviam ocupar um dia os séculos futuros; essa criança era Joana."
        Não se conhece com exatidão o nome que ela usou na sua infância; a filha do padre inglês é igualmente chamada Agnés por alguns autores. Gerberta ou Gilberta por outros e, finalmente Joana pela maioria . O jesuíta Sevarius pretende que lhe chamem também Isabel, Margarida, Dorotéia e Justa. Não sabemos acerca do sobrenome que ela adotou. Asseguram uns que ela acrescentava ao seu nome a designação de Inglês; querem outros juntá-lo ao nome de Gerberta, e um autor do décimo quarto século chama-lhe de Magnânima na sua crônica, para exprimir certamente a ousadia e a temeridade de Joana, à imitação de Ovídio, que se serve da expressão magnanimus Phaethon.
        Esses mesmos autores apresentam menos contradições relativamente ao lugar do seu nascimento: pretendem alguns que ela nascera na Grã Bretanha, outros designam Mayence, outros finalmente Engelkein, cidade do Palatinado, célebre pelo nascimento de Carlos Magno. Mas o maior número reconhece que Joana era de origem inglesa, que foi educada em Mayence e que nasceu em Eugelkein, aldeia situada na vizinhança daquela cidade.
         


        Olivia de Havilland
        no filme de 1972: Pope Juan
        Os primeiros passos no rumo do trono papal 
        Joana tornara se uma formosa rapariga e o seu espírito, cultivado pelos cuidados de um pai muito instruído, tomara um desenvolvimento tal que todos os doutores que se aproximavam dela ficavam admirados pelas suas respostas. A admiração que ela inspirava aumentou ainda pela ciência, e aos doze anos a sua instrução se igualava à dos homens mais distintos do Palatinado. Todavia, quando chegou a idade em que as mulheres começam a amar, a ciência foi insuficiente para satisfazer os desejos daquela imaginação ardente e o amor mudou os destinos de Joana.
        Um jovem estudante de família inglesa e frade da abadia de Fulde foi seduzido pela sua beleza e apaixonou-se loucamente por ela. "Se ele a amou com extremo, diz a crónica, Joana, pelo seu lado, não foi nem insensível nem cruel". Vencida pelos protestos e arrastada pelas inspirações do seu coração, Joana consentiu em fugir da casa paterna com o seu amante. Deixou o seu nome verdadeiro, vestiu-se de homem e seguiu o jovem abade para a abadia de Fulde, onde o superior, enganado com aquele disfarce, recebeu Joana no seu mosteiro e colocou a sob a direção do sábio Raban Maur.
        Algum tempo depois, o constrangimento em que se achavam os dois amantes fez lhes tomar a determinação de saírem do convento e irem para a Inglaterra continuar os seus estudos. Em breve se tornaram os maiores eruditos da Grã Bretanha e resolveram visitar novos países a fim de observarem os costumes dos diferentes povos e estudar-lhes as linguas.
        Em primeiro lugar visitaram a França, onde Joana, debaixo sempre do hábito monacal, disputou com os doutores franceses e excitou a admiração de personagens célebres da época, como a famosa duquesa de Septimania, Santo Auscario, o frade Bertram e o abade Lopo de Ferrière. Depois dessa primeira viagem os dois amantes empreenderam visitar a Grécia; atravessaram as Gálias e embarcaram em Marselha num navio que os conduziu á capital dos helenos, a antiga Atenas, que era o foco mais ardente das luzes, o centro das ciências e das belas letras, possuindo ainda escolas e academias citadas em todo o universo pela eloquência dos seus professores e pelo profundo saber dos seus astrônomos e dos seus fisicos.
        Quando Joana chegou a esse magnífico país tinha vinte anos e achava-se em todo o esplendor da sua beleza. Porém, o hábito monástico ocultava o seu sexo de todos os olhares, e o seu rosto, empalidecido pelas vigílias e pelo trabalho, dava lhe ares de um formoso adolescente ao invés de uma mulher.
        Durante dez anos os dois ingleses viveram sob o formoso eco da Grécia, cercados de todas as ilustrações científicas e prosseguindo os seus estudos em filosofia, teologia, letras divinas e humanas, artes e história sagrada e profana. Joana aprofundara, compreendera e explicara tudo, juntando seus conhecimentos universais a uma eloqüência prodigiosa que enchia de admiração aqueles que eram admitidos a ouvi-la.
        No meio dos seus triunfos, Joana foi ferida por um golpe terrível: o companheiro dos seus trabalhos, o seu amante querido, aquele que durante muitos anos estivera junto dela, foi atacado por uma enfermidade súbita e morreu em poucas horas, deixando a desditosa só e abandonada na Terra.
        Joana tirou do seu próprio desespero uma nova coragem, venceu a sua aflição e resolveu sair da Grécia. Além disso, era-lhe impossível ocultar por mais tempo o seu sexo num país onde os homens usavam barbas crescidas, escolhendo Roma como o lugar de seu retiro, porque lá o uso ordenava aos homens não usarem barba. Talvez não fosse este unicamente o motivo que determinou a sua preferência pela cidade santa, mas o estado de agitação em que se achava então a capital do mundo cristão podia oferecer à sua ambição um teatro mais vasto do que a Grécia.
         

        Reconhecida em Roma como "Príncipe dos sábios" 
        Logo que chegou á cidade santa. Joana fez-se admitir na academia a que chamavam escola dos gregos para ensinar as sete artes liberais e, particularmente, a retórica. Santo Agostinho tornara já muito ilustre aquela escola e Joana aumentou-lhe a reputação. Não somente continuou os seus cursos ordinários como também introduziu outros de ciências abstratas que duravam três anos, onde um imenso auditório admirava o seu prodigioso saber. As suas lições, os seus discursos e mesmo os seus improvisos eram feitos com uma eloqüência tão arrebatadora que o jovem professor era citado como o mais belo gênio do século, e que, na sua admiração, os romanos lhe conferiam o título de príncipe dos sábios.
        Os senhores, os padres, os monges e sobretudo os doutores honravam-se de serem seus discípulos. “O seu procedimento era tão recomendável como os seus talentos; a modéstia dos seus discursos e das suas maneiras, a regularidade dos seus costumes e sua piedade, como diz Mariano   brilhavam como uma luz aos olhos dos homens. Todos estes exteriores eram uma máscara hipócrita sob a qual Joana ocultava projetos ambiciosos e culpados. Por isso, no tempo em que a saúde vacilante de Leão IV permitia aos padres forjarem intrigas e cabalas, um partido poderoso se declarou por ela e publicou altamente pelas ruas da cidade que só ela era digna de ocupar o trono de S. Pedro."
         

        A entronização da papisa
        E com efeito, depois da morte do papa, os cardeais, os diáconos, o clero e o povo elegeram-na por unanimidade para governar a Igreja de Roma! Joana foi ordenada na presença dos comissários do imperador, na basílica de São Pedro, por três bispos. Em seguida, tendo revestido as vestes pontificais, dirigiu-se acompanhada de um imenso cortejo ao palácio patriarcal e assentou-se na cadeira apostólica.
        Por muito tempo os padres discutiram a seguinte e importante questão: Joana foi elevada ao santo ministério por uma arte diabólica ou por uma direção particular da Providência? Uns pretendem que a Igreja deve sentir uma grande humilhação por ter sido governada por uma mulher. Outros sustentam, pelo contrário, que a elevação de Joana à santa sede, longe de ser um escândalo devia ser glorificada como um milagre de Deus, que permitiu que os romanos procedessem à sua eleição para revelar que haviam sido arrastados pela influência maravilhosa do Espírito Santo.
         

        Joana foi elevada à suprema dignidade da Igreja e exerceu a autoridade infalível de vigário de Jesus Cristo com tão grande sabedoria que se tornou a admiração de toda a cristandade. Conferiu ordens sagradas aos prelados, aos padres e aos diáconos; consagrou altares e basílicas; administrou os sacramentos aos fiéis; permitiu aos arcebispos, abades e príncipes que beijassem seus pés; e, finalmente, desempenhou com honra todos os deveres dos pontífices. Compôs prefácios de missas e grande número de canones, os quais foram interditos pelos seus sucessores. Além disso, dirigiu com grande habilidade os negócios políticos da corte de Roma e foi por conselhos seus que o imperador Lotário, já muito velho, decidiu-se a abraçar a vida monástica e retirou-se para a abadia de Prum a fim de fazer penitência dos crimes com que manchou a sua longa carreira. Em favor do novo monge, a papisa concedeu à sua abadia o privilégio de uma prescrição de cem anos, cujo ato é mencionado na coleção de Graciano. O império passou em seguida para Luis II, que recebeu a coroa imperial das mãos de Joana.
        Contudo, essa mulher, que inspirava um tão grande respeito aos soberanos da Terra, que subjugava os povos às suas leis, que atraía a veneração do universo inteiro pela superioridade de suas luzes e pela pureza da sua vida, iria em breve quebrar o pedestal da sua grandeza e espantar Roma com o espetáculo de uma queda terrível!
        Por amor, perde o trono e a vida
        Algumas crónicas religiosas dizem que o ano de 854 foi assinalado por fenômenos milagrosos em todos os países da cristandade. "A terra tremeu em muitos reinos e uma chuva de sangue caiu na cidade de Bresseneu ou Bresnau.
        Na França, nuvens de gafanhotos monstruosos, armados de dentes compridos e acerados, devoraram todas as colheitas das províncias que atravessaram; em seguida, impelidos por um vento sul para o mar, entre Havre e Calais, foram todos submergidos, lançando seus restos impuros nas praias, e lançando no ar uma tal infecção que engendrou uma epidemia que matou uma grande parte dos habitantes.
        Na Espanha, o corpo de S. Vicente, que fora arrancado do seu túmulo por um frade sacrílego para o vender em pedaços, voltou, em uma noite, na cidade de Valência, para uma pequena aldeia próxima de Montauban e parou nos degraus da Igreja, pedindo em voz alta para se recolher no seu relicário. Todos esses “sinais”, acrescenta o piedoso legendário, "anunciavam infalivelmente a abominação que devia manchar a cadeira evangélica”.
        Joana, entregue a estudos sérios, conservava um procedimento exemplar depois da morte de seu amante. No princípio de seu pontificado praticou virtudes que lhe mereceram o respeito e afeição de todos os romanos. Posteriormente, ou por propensão irresistível ou porque a coroa tenha o privilégio de perverter os mais belos caráteres, Joana entregou-se aos gozos do poder soberano e quis partilhá-los com um homem digno do seu amor. Escolheu um amante, assegurou-se da sua discrição, encheu-o de honras e de riquezas, guardando tão bem o segredo de suas relações que só por conjecturas se podia descobrir o favorito da papisa.
         

        Alguns autores pretendem que ele era camareiro; outros asseveram que era conselheiro ou capelão; o maior número afirma que era cardeal de uma igreja de Roma. Todavia, o mistério dos seus amores permaneceria coberto por um véu impenetrável sem a catástrofe terrível que pos termo às suas noites de voluptuosidade. A natureza zombava de todas as previsões dos dois amantes: Joana estava grávida!
         

        Conta-se que um dia, enquanto presidia ao consistório, foi trazido à sua presença um endemoninhado para ser exorcismado. Depois das cerimônias de uso, perguntou ela ao dernônio em que tempo queria ele sair do corpo daquele possesso. O espírito das trevas respondeu imediatamente: "Eu vo-lo direi, quando vós, que sois pontífice e é o pai dos pais, deixardes ver ao clero e ao povo de Roma uma criança nascida de uma papisa".
        Joana, assustada com aquela revelação, apressou-se em terminar o conselho e retirou-se para o seu palácio. No momento em que se recolheu para os seus aposentos interiores, o demônio se apresentou diante dela e lhe disse: "Santíssimo padre, depois do vosso parto, pertencer-me-eis em corpo e alma e apoderar-me-ei de vós para que queimeis comigo no fogo eterno".
        Esta ameaça terrível, ao invés de desesperar a papisa, reanimou o seu espírito e fez nascer no seu coração a esperança de acalmar a cólera divina com um arrependimento profundo. Impôs-se rudes penitências, cingiu seus membros delicados com um cilício grosseiro e dormiu sobre as cinzas. Finalmente, os seus remorsos foram tão ferventes que Deus, tocado das suas lágrimas, enviou-lhe uma visão.
        Apareceu-lhe um anjo e ofereceu-lhe como castigo de seu crime, em nome de Jesus Cristo, o seu reconhecimento como mulher diante de todo o povo de Roma, ou a sua entrega às chamas eternas. Joana aceitou o opróbrio e esperou corajosamente o castigo que o seu procedimento sacrílego merecera.
        Na época das Rogações, que correspondia à festa anual que os romanos chamavam Ambarralia, onde havia uma procissão solene, a papisa, segundo o uso estabelecido, montou acavalo e dirigiu se à igreja de São Pedro. A papisa, revestida com os ornamentos pontificais, saiu da catedral e dirigiu se à basílica de São João de Latrão com um pomposo séquito que a precedia pela cruz e pelas bandeiras sagradas, e seguida pelos metropolitanos, bispos, cardeais, padres, diáconos, senhores, magistrados e por uma grande multidão do povo.
        Tendo chegado à praça pública entre a basílica de São Clemente e o anfiteatro de Domiciano, chamado Coliseu, assaltaram na as dores do parto com tal violência que caiu do cavalo. A infeliz retorcita-se pelo chão com gemidos horríveis, até que, conseguindo rasgar os ornamentos sagrados que a cobriam, no meio de convulsões tremendas e na presença de uma grande multidão, a papisa Joana deu a luz uma criança!
         

        A confusão e a desordem que esta aventura escandalosa causou entre o povo exasperou a tal ponto os padres que estes impediram que a socorressem e, sem consideração pelos sofrimentos atrozes que a torturavam, cercaram-na para ocultá-la de todos os olhares e ameaçaram-na com a sua vingança.
        Joana não pôde suportar o excesso de sua humilhação e a vergonha de ter sido vista por todo o povo numa situação tão terrível. Fez, assim, um esforço supremo para dizer o último adeus ao cardeal que a amparava nos braços, e a sua alma voou para o céu.
        Desta forma, morreu a papisa Joana, no dia das Rogações, em 855. depois de ter governado a igreja de Roma durante mais de dois anos.
         

        A criança foi sufocada pelos padres que cercavam a mãe, mas os romanos, em memória do respeito e da dedicação que durante tanto tempo haviam consagrado a Joana, consentiram em prestar-lhe os últimos deveres e, sem pompa, colocaram o cadáver da criança no seu túmulo. Joana foi enterrada no mesmo lugar onde sucedera aquele trágico acontecimento.
        Ali se edificou uma capela, ornada com uma estátua de mármore representando a papisa vestida com hábitos sacerdotais, com a tiara na cabeça, tendo nos braços uma criança. O pontífice Bento III mandou quebrar essa estátua em fins do seu reinado, mas as ruínas da capela viam-se ainda em Roma no décimo quinto século.
        Grande número de visionários preocupavam-se gravemente em investigar o castigo que Deus infligiria à papisa depois de sua morte. Uns consideravam a ignomínia dos seus últimos momentos como uma expiação suficiente, o que estava de acordo com a opinião vulgar de que os papas, quaisquer que fossem os seus crimes, não podiam ser condenados. Outros, menos indulgentes que os primeiros, afirmavam que Joana foi condenada por toda a eternidade a ficor suspensa de um dos lados das portas do inferno, com o seu amante do outro, sem nunca poderem se unir.
        A prova da cadeira furada
        O clero de Roma, ferido na sua dignidade e cheio de vergonha por aquele acontecimento singular, publicou um decreto proibindo aos pontífices atravessarem a praça pública onde tivera lugar o escândalo. Por isso, depois dessa época, no dia das Rogações, a procissão, que devia partir da basílica de São Pedro para se dirigir a Igreja de São João de Latrão, evitava aquele lugar abominável situado no meio do seu caminho, e fazia um longo roteiro.
        Estas precauções eram suficientes para manchar a memória da papisa. Porém, o clero, querendo impedir que um semelhante escândalo pudesse renovar-se, imaginou para a entronização dos papas um uso singular e apropriado à circunstância, o qual leve o nome de “a prova da cadeira furada”. 
        O sucessor de Joana foi o primeiro a se submeter a essa prova, que passou a ser realizada na eleição do pontífice, no momento em que era conduzido ao palácio de Latrão para ser consagrado solenemente. Em primeiro lugar, este assentava se numa cadeira de mármore branco colocada no pórtico da igreja, entre as duas portas de honra; essa cadeira não era furada, e deram lhe esse nome porque o santo padre, ao levantar se dela entoava o seguinte versículo do salmo cento e treze: "Deus eleva do pó o humilde para o fazer assentar acima dos príncipes!"
        Em seguida, os grandes dignitários da igreja davam a mão ao papa e conduziam-no á capela de São Silvestre, onde se achava uma outra cadeira de pórfiro, furada no centro, na qual faziam assentar o potitítïce.
         

        Os primeiros historiadores eclesiásticos nunca fizeram menção de uma só cadeira daquela natureza, enquanto os oronistas mais estimados sempre falam em duas cadeiras furadas que designam como sendo do mesmo tamanho, de forma semelhante, ambas de um estilo muito antigo, sem ornatos nem almofadas.
        Antes da consagração, os bispos e os cardeais faziam colocar o papa sobre essa segunda cadeira, meio estendido, com as pernas separadas, e permanecia exposto nessa posição, com os hábitos pontífices entreabertos, para mostrar aos assistentes as provas da sua virilidade. Finalmente, aproxiniavam-se dele dois diáconos, asseguravam-se pelo tato de que os olhos não eram iludidos por aparências enganadoras e davam disso testemunho aos assistentes gritando com voz alla: "Temos um papa!".
         

        A assembléia respondia: "Deo gratias", em sinal de reconheciniento e alegria. Então os padres vinham prostrar se diante do pontífice, levantavam-no da cadeira, cingiam-lhe os rins com um cinto de seda, beijavam-lhe os pés e procediam a entronização. A cerimônia terminava sempre com um esplêndido festim e distribuição de dinheiro aos frades e às religiosas.
        Essa cerimônia das cadeiras furadas é mencionada na consagração de Honorio III, em 1061; na de Pascoal II, em 1099; na de Urbario VI, eleito no ano de 1378. Alexandre VI, reconhecido publicamente em Roma como pai dos cinco filhos de Rosa Vanozza, sua amante, foi submetido à mesma prova. Finalmente ela subsistiu até o décimo sexto século, e Cressus, mestre de cerimónias de Leão X, refere no jornal de Paris todas as formalidades da prova das cadeiras furadas a que o pontífice foi submetido.
        Depois de Leão X, deixou ela de ser praticada, ou porque os padres compreenderam o ridículo de um uso tão inconveniente, ou porque as luzes do século não permitiram mais um espetáculo que ofendia a moral pública. As cadeiras furadas, que não eram mais necessárias, foram tiradas do lugar onde estavam colocadas e levadas para a galeria que conduz à capela, no palácio de Latrão. O padre Mabillori, na sua viagem à Itália em 1685, fez uma descrição dessas duas cadeiras, que examinou com a maior atenção, e afirma que eram de porfiro e semelhantes, na forma, a uma cadeira para enfermos.
        Excluída da sucessão dos papas
        Os ultramontanos, confundidos pelos documentos autênticos da história e não podendo negar a existência da papisa Joana, consideraram toda a duração do seu pontificado como uma vagatura da santa sede e fazem suceder a Leão IV o papa Bento III, sob o pretexto de que uma mulher não pode desempenhar as funções sacerdotais, administrar os sacramentos e também conferir ordens sagradas. Mais de trinta autores eclesiásticos alegam este motivo para não incluirem Joana no número dos papas; mas um fato essencialmente notável vem dar um desmentido formal à sua opinião.
         


        Catedral de Sienna
        Em meados do décimo quinto século, tendo sido restaurada a catedral de Sienna por ordem do príncipe, mandou-se esculturar em mármore os bustos de todos os papas até o Pio II, que reinava então, e colocou-se no lugar da papisa o seu próprio retrato, entre Leão IX e Bento III, com o nome de "João VIII, papa mulher”. Este fato importante autorizaria a contar Joana como o centésimo oitavo pontífice que teria ornado a Igreja. Contudo nem por isso fica menos provado que o reinado da papisa é autêntico e que uma mulher ocupou gloriosaniente a cadeira sagrada dos pontífices de Roma.
        Alguns neo católicos rejeitariam ainda a verdade e recusam admitir a autenticidade de todas essas provas, sob o pretexto de que Deus não poderia permitir que a cadeira de S. Pedro, fundada pelo próprio Jesus, fosse assim ocupada por uma mulher impúdica.
         

        Mas então perguntaremos como é que Deus pode sofrer as profanações sacrílegas e as abominações dos bispos de Roma! Não permitiu o Cristo que a santa sede fosse manchada por papas heréticos, apóstatas, incestuosos e assassinos? Não era ariano São Clemente; Anastácio, nestoriano; Honório, monotelita; João XXIII, ateu; e Silvestre II não dizia que vendera a sua alma ao demônio para ser papa?
        Barônio, esse defensor zeloso da tiara, diz que Bonifácio VI e Estevão VII eram celerados infames, monstros abomináveis que encheram a casa de Deus com os seus crimes, acusando-os de terem excedido em tudo quanto os mais cruéis perseguidores da igreja fizeram sofrer seus fiéis.
         

        Genebrando, arcebispo de Aix, afirma que aproximadamente em dois séculos a santa sede foi ocupada por papas de um desregramento tão espantoso que eram dignos de serem chamados apostáticos e não apostólicos. E acrescenta que quando as mulheres governavam a Itália a cadeira pontifical se transformara numa roca. Com efeito, as cortesãs Teodora e Marozia, monstros de lubricidade, dispunham segundo o seu capricho do lugar do vigário de Jesus Cristo, colocando no trono de São Pedro os seus amantes ou seus bastardos. Referem-se os cronistas a fatos tão singulares e monstruosos ligados a essas mulheres narrando deboches tão revoltantes que impossível se faz traduzi-los para a nossa história.
        Deste modo, visto que a clemência de Deus tolerou todas essas abominações na santa sede, pode, assim, igualmente permitir o reinado de uma papisa.
        Outras mulheres em hábitos sacerdotais
        Além disso, Joana não é nem a primeira e nem a única mulher que vestiu o hábito sacerdotal; Santa Tecla, disfarçada em trajes eclesiásticos, acompanha São Paulo em todas as viagens; uma cortesã chamada Margarida disfarçou-se de padre e entrou para um convento de homens, onde tomou o nome de frei Pelâgio; Eugênia. filha do célebre Felipe, governador de Alexandria no reinado do imperador Galiano. dirigia um convento de frades e não descobriu o seu sexo senão para se desculpar de uma acusação de sedução que lhe fora intentada por uma rapariga.
        A crônica da Lombardia, composta por um monge de Monte Cassino, refere igualmente, segundo um padre chamado Heremberto, que escrevia trinta anos depois da morte de Leão IV, a história de uma mulher que fora patriarca de Constantinopla.
         

        "Um príncipe de Benevente, chamado Arechiso, diz que teve uma revelação divina na qual um anjo o advertiu que o patriarca que ocupava então a sede de Constantinopla era uma mulher. O principe apressou se em instruir o imperador Basilio e o falso patriarca, depois de ter sido despojado de todas as suas vestes diante do clero de Santa Sofia, foi reconhecido como mulher, expulso vergonhosamente da igreja e encerrado num convento de religiosas".
        Depois da narração de todos esses fatos, que foram conservados nas legendas para edificação dos fiéis, não deveriam confessar os padres que Deus permitiu o pontificado da papisa para abaixar o orgulho da santa sede e para mostrar que os vigários do Cristo não são infalíveis?
        Além disso, a história de Joana não se aproxima da historia da Virgem Maria? A mãe do Cristo não deu à luz sem deixar de ser virgem e não governou sobre o próprio Deus, pois não diz a Escritura que "Jesus Cristo era submisso a sua mãe"?
        Se, pois, o criador de todas as coisas não desdenhou obedecer a uma mulher, por que razão queriam ser os seus ministros mais orgulhosos do que Deus todo poderoso e recusarem curvar a fronte diante da papisa?
        Além disso, ao sétimo século os fiéis tinham reconhecido sacerdotisas, pois os atos do concilio de Calcedônia dizem formalmente que as mulheres podiam receber as ordens do sacerdócio e serem sagradas solenemente como os leigos. São Clemente, sucessor imediato dos apóstolos de Jesus, fala detalhadamente numa epístola sobre as funções das sacerdotisas; diz que devem celebrar os santos mistérios, pregar o Evangelho aos homens e as mulheres e aptas para os ungir em todo o corpo, na cerimônia do batismo.
        Atton, bispo de Verceìl, refere nas suas obras que as sacerdotisas, na igreja primitiva, presidiam nos templos, faziam instruções religiosas e filosóficas e que tinham debaixo das suas ordens diaconisas que as serviam, como os diáconos faziam aos padres. Santo Atanásio, bispo de Alexandria, e São Cipriano explicam mais detaIhadamente ainda acerca dessas mulheres; queixam-se de que muitas dentre elas, afastando-se das suas regras que lhes eram impostas, praticavam a garridice, empregavam os enfeites e os ornatos, pintavam o rosto, não tinham nem reserva nem pudor nas suas palavras, freqüentavam os banhos públicos e banhavam se completamente nuas, junto com padres e jovens diáconos.
        Não era, pois, um fato novo para a Igreja a elevação de uma mulher ao sacerdócio quando apareceu a papisa Joana: muitas outras mulheres antes dela haviam sido consagradas sacerdotisas, recebido o dom do Espírito Santo e exercido as funções eclesiásticas. Por que razão procuram os adoradores da púrpura romana contestar a exatidão desses fatos historicos e irrecusáveis? Por que querem aniquilar até a própria recordação da existência de uma mulher célebre? A razão é simples: a majestade do sacerdócio, a infalibilidade pontifical, as pretensões da santa sede à dominação universal, todo esse edifício de superstição e de idolatrias sobre as quais esta colocada a cadeira de São Pedro desaba diante de uma mulher papisa!!!!
         

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               Do livro "Os crimes dos papas",
        de Maurice de Lachatre, 1853.


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                                O  TALMUDE

        Dentro do Islã e da cristandade, um notável povo manteve através de toda adversidade a sua própria cultura, consolado e inspirado pela crença, vivendo pelas suas leis e moralidade, produzindo seus poetas, cientistas, doutos e filósofos e servindo como transportador de sementes férteis entre dois mundos hostis.



        A rebelião de Bar Cocheba ( 132-5) não foi o último esforço dos judeus no sentido de reconquistar para a judeia a liberdade que Pompeu e Tito haviam destruído.Na Palestina, onde 985 cidades foram destruídas e 580.000 homens e mulheres mortos, durante a revolta de Bar Cocheba, a população judaica se reduzira à metade do seu número primitivo e caíra num tal abismo de pobreza, que a vida cultural quase desapareceu.No entanto, dentro de uma geração depois da revolta de Bar Cocheba,  Beth Din ou o Conselho Nacional Judeu_ uma corte de 71 doutos e legistas rabinos _ foi estabelecido em Tiberíades, sinagogas e escolas foram inauguradas e surgiu novamente a esperança.



        De muitas atribulações os judeus da Dispersão sempre se reabilitaram. reconstruíram as suas sinagogas e suas vidas; trabalhavam intensamente como comerciantes, emprestavam dinheiro, oraram e esperaram, prosperaram e se multiplicaram.Cada colônia tinha que manter, à custa da comunidade, pelo menos uma escola elementar e outra secundária, ambas geralmente na sinagoga. Os estudiosos eram aconselhador a não viverem em qualquer cidade que não tivesse tais escolas. A língua do culto e da instrução era o hebraico; a língua diária era aramaica no ocidente, grego no Egito e Europa oriental; em toda a parte os judeus adotaram a língua da população circundante.



        O tema central da educação judaica era a religião; a cultura secular era então quase ignorada. Eles podiam se manter apenas por meio da Lei; e a religião constituía o estudo e a observância da Lei. A fé dos antepassados tornava-se mais preciosa aos judeus quanto mais era atacada; e o Talmude e a sinagoga constituíam o apoio indispensável e o refúgio para um povo oprimido e desgarrado, cuja vida repousava na esperança e a sua esperança na fé do seu Deus.
        No templo, nas sinagogas e nas escolas da Palestina e Babilônia, os escribas e os rabinos compuseram esses enormes corpos de leis e comentários conhecidos pelo nome de Talmudes palestino e babilônico. Sustentavam que Moisés não havia deixado ao seu povo somente uma Lei Escrita no Pentateuco, mas também uma Lei oral, que fora transmitida e ampliada de mestre a discípulo, de geração a geração. Tinha constituído o principal ponto de discussão, entre os fariseus e saduceus da Palestina, se essa Lei oral era também de origem divina e se possuía portanto obrigatoriedade. Como os saduceus desapareceram depois da Dispersão de 70 d.C. e os rabinos herdaram a tradição dos fariseus, a Lei oral foi aceita por todos os judeus ortodoxos como mandamentos de Deus e acrescentada ao Pentateuco para constituir a TORA ou Lei  pela qual eles viviam e a qual, literalmente, era a sua razão de ser.



        O processo milenar por que a Lei oral foi organizada, formada e escrita como o nome de Mishna; a união do Mishna com o mais curto desses Gemaras para constituir o Talmude palestino e com o mais longo para formar o babilônico _ eis uam das mais complexas e espantosas histórias da História do espírito humano. A Bíblia era a literatura e a religião dos antigos hebreus; a TORA constituía a vida e o sangue dos judeus medievais.Só porque fora escrita, a Lei do Pentateuco não podia satisfazer todas as necessidades e circunstâncias de uma Jerusalém sem liberdade ou um judaísmo sem Jerusalém ou uma nação judaica sem a Palestina. Era função dos mestres do Sinedrim antes da Dispersão e dos rabinos depois dela, interpretar a legislação de Moisés para uso e orientação de uma nova era ou local. Suas interpretações e discussões, com a opinião da maioria e minoria, foram transmitidas de uma geração de mestres a outra. Talvez para manter essa tradição oral flexível, possivelmente para tornar obrigatória a sua memorização não foi ela escrita. Os rabinos que expunham a Lei podiam ocasionalmente pedir a  ajuda de pessoas que haviam realizado a façanha de gravá-las na memória.



        Nas primeiras seis gerações depois de Cristo, os rabinos foram chamados " tannaim", professores da lei oral. Como os únicos peritos da Lei, eles eram ao mesmo tempo mestres e juízes das suas comunidades na Palestina depois da destruição do Templo.
        A medida que se acumulavam as decisões rabínicas, a tarefa de guardá-las de memória se tornava desarrazoada. Hilel, Akiba e Meir tentaram várias classificações e processos mnemônicos, mas nenhum deles teve aceitação geral. A desordem na transmissão da Lei tornou-se a ordem do dia; o número de homens que sabiam de cor toda a lei reduziu-se perigosamente e a Dispersão estava espalhando esses poucos para terras dostantes. Por volta do ano 189, em Seforis, na Palestina, o rabi Jehuda Hanasi reajustou toda a Lei oral e a escreveu com algumas adições pessoais dando o nome de "Mishna do Rabi Jehuda". Foi tão amplamente lido que se tornou, o Mishna, a forma autorizada da Lei oral dos judeus.



        Na forma em que o temos hoje, o Mishna, ensino oral, constitui o resultado de muita revisão e interpolação desde Jehuda; assim mesmo é um resumo compacto destinado à memorização pela repetição e portanto atormentadoramente sucinto e obscuro a todo aquele que não esteja familiarizado com a vida e a história dos judeus. Os judeus da Babilônia e Europa bem  como da Palestina o aceitaram, mas cada escola deu as suas máximas uma interpretação individual. Como " seis gerações" ( 1--220 d.C) de tannaim rabinos haviam participado da formulação do Mishna , também agora seis gerações ( 220-500) de amoraim ( expositores) rabinos aumentaram essas duas massas de comentários, os Gemaras palestino e babilônico. Os novos mestres fizeram em relação ao Mishna de Jehuda o que os tannaim haviam feito com o Velho Testamento: debateram, analisaram, explicaram,emendaram e ilustraram o texto para aplicá-lo aos novos problemas e circunstâncias de lugar e tempo. Em fins do século IV as escolas da Palestina coordenaram seus comentários na mesma época ( 3970 Rab( rabino) Ashi, chefe do colégio de Sura, iniciou a codificação do Gemara babilônico e trabalhou nele durante uma geração; cem anos depois (4990, Rabina II bar ( filho de) Samuel, também em Sura, completou essa obra. Se considerarmos que o Gemara babilônico é onze vezes mais longo do que o Mishna, começaremos a compreender por que a sua compilação levou um século. Durante mais de 150 anos ( 500- 650) os saboraim ( pensadores) rabinos revisaram esse vasto comentário e deram os toques finais ao Talmude  babilônico.
        O termo TALMUDE significa ensinar. Entre os amoraim ele era aplicado somente ao Mishna; no emprego moderno esse termo inclui tanto o Mishna como o Gemara. O Mishna é o mesmo nos Talmudes palestino e babilônico; os dois diferem apenas no Gemara ou comentário, que é quatro vezes mais longo no babilônico do que na forma palestina.



        O Talmude babilônico enche 2.947 folhas de fólio ou cerca de 6.000 páginas de 400 palavras cada uma. O Mishna está dividido em seis sedarim ( ordens), cada uma destas em Masechtoth ( tratados) totalizando 63, cada um destes em perakin( capítulos),em misnayoth ( ensinamentos). As edições modernas do Talmude incluem geralmente: ( 1) o comentário de Rashi ( 1040 - 1105), que aparece nas margens interiores do texto; e (2), tosaphoth ( aditamentos), discussões do Talmude pelos rabinos franceses e germânicos dos séculos XII e XIII, que aparecem nas margens exteriores do texto. Muitas edições acrescentaram o TOSEFTA ou Suplemento - remanescente da Lei oral omitido no Mishna de Jehuda Hanasi.
        A língua dos dois Gemaras é a aramaica; a do Mishna é neo-hebraica,, com muitos empréstimos de idiomas vizinhos. O Mishna é conciso, declarando uma lei em poucas linhas. os Gemaras são deliberadamente discursivos expondo as diversas opiniões dos principais rabinos sobre o texto de Mishna, descrevendo as circunstâncias que poderiam exigir a modificação da lei e acrescentando material ilustrativo.
        O Mishna é em grande parte " halacha"( Lei). os Gemara são parcialmente  halacha - reafirmando ou discutindo uma lei - parcialmente "haggada"( história).
        O Talmude, como na Biblia,toma por natural a existência de um Deus inteligente e onipotente.O Talmude enquanto for halacha é também a palavra eterna de Deus.é a formulação de leis oralmente comunicadas a Moisés por Deus e por Moisés e seus sucessores; e seus decretos são tão  merecedores de obediência como tudo  que se encontra  nas Escrituras.




        Durante 1.400 anos, o Talmude foi a alma da educação judaica. Sete horas por dia, durante sete anos, o jovem hebreu lia-o atentamente,recitava-o, gravava-o na sua memória, pelo ouvido e pela vista. E tal como os clássicos confucianos decorados de modo igual, o Talmude formava o espírito e o caráter pela disciplina, estudo e depósito de seus ensinamentos morais. o método de ensino não era a mera recitação e repetição; ensinava-se também pela discussão entre o mestre e o discípulo, entre os discípulos e a aplicação das velhas leis às circunstâncias de cada dia. O resultado era uma agudeza de espírito que dava ao judeu  uma vantagem em muitas esferas onde se exigia clareza, concentração, persistência e exatidão. enquanto que ao mesmo tempo tendia a tornar estreito o alcance e a liberdade do espírito judeu. O Talmude refreou a natureza excitável do judeu; deteve o seu individualismo e modelou-o à fidelidade e sobriedade na sua familia e sua comunidade.
        O Talmude não pode ser compreendido senão em termos da história, como um órgão de sobrevivência de um povo exilado, desamparado, oprimido e em perigo de completa desintegração. O que os Profetas haviam feito para manter o espírito judeu no Cativeiro Babilônico, os rabinos fizeram nesta mais ampla dispersão. O orgulho tinha que ser reconquistado, a ordem estabelecida, mantidas a fé e a moral, refeita a saúde física e mental, depois de uma experiência desagregadora.
        Segundo Heine, o Talmude era uma pátria portátil; onde quer que houvesse judeus, mesmo como tímidas colônias encravadas em terras estranhas, eles podiam estabelecer-se novamente em seu próprio mundo e viver com os seus Profetas e rabinos, banhando os seus espíritos e corações no oceano da Lei.



        Não admira que eles tenham amado este livro tão intensamente. Até fragmentos do Talmude os judeus preservaram ferozmente. Revezavam-se na leitura de trechos do enorme manuscrito, pagavam grandes somas, nos séculos posteriores, para mandar imprimi-lo no seu todo, choravam quando reis, papas e parlamentos o baniam, confiscavam ou queimavam, rejubilavam-se ao ouvir Reuchlin ou Erasmo defendê-lo e fizeram dele, até os nossos tempos, o bem  mais precioso dos seus templos e lares, o refúgio, o consolo e a prisão da alma judaica.



        FONTE;
        HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO...WILL DURANT
        TOMO 3...4 PARTE...P: 87/ 112
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                       FATOS QUE QUASE NINGUÉM SABE


        AS MURALHAS DE JERICÓ _  destruídas pelo som poderoso das trombetas. Porque o som foi alto demais, alcançando níveis de intensidade suficientes para abalar os alicerces e destruir suas pedras.

        1927 _ o Vale do Jordão sofreu um grande terremoto que estancou a água por dois dias. Explicação sobre o Mar Vermelho.

        1250 a.C. _ Canaã foi destruída por um terremoto. 

        A ideia " tempestade de terremotos"nada vem a ter com punições bíblicas. São apenas terremotos acontecendo na mesma área. Em quatro anos, foram muitos os terremotos acontecidos nesse lugar.

        SOBRE O FLAGELO DE CRISTO

        Segundo o escritor Savério Gaeta, a moda de apedrejamento dos condenados era apenas judeu.

        A crucificação na Era Romana servia de exemplo para o povo ter certeza de quem dava as ordens.

        TORTURA _ Jesus sofreu doze horas de tortura. André  Waisman, médico, disse que era impossível um homem sofrer tanto. Foi uma morte física e psicológica.

        Homero Giviore, professor de Teologia e História Sacra, afirmou que Jesus morreu de asfixia, devido à compressão do diafragma, por causa da posição em que ele se encontrava na cruz.

        VIA CRUCIS _ só possuía 500 metros.

        AÇOITE_ Jesus foi açoitado com a fuxa, corda de coroa, com ponta de metal que arrancava a pele. 


        JOGO DO BAQUILEU _ aonde o vencedor jogava um manto vermelho nas costas do condenado. Esse manto simbolizava a loucura.




        COROA _ a planta da qual foi feita a coroa de espinhos que cingiu a cabeça de Jesus tem o nome de  CICINUS SPINA CRISTUS.


        BEBIDA _ o costume de dar fel com vinagre para os moribundos na cruz era judeu. As mulheres piedosas levavam frascos para dar aos condenados, na hora da tortura, porque causava alucinações, sensação de ausência de dor ( alucinógenos0.

        A morte na cruz representava a humilhação máxima do ser humano. A morte é muito lenta. O ar entra mas não sai. O condenado sofre muito antes de morrer. O ar fica armazenado nos pulmões e não consegue sair. Com os pés atados ou pregados, não havia como o condenado se mexer. Com a enorme pressão que acontece, os pulmões vão ficando com a cor azulada.

        LUZ_ quando Jesus morreu, houve um eclipse do sol. Por isso, as Escrituras afirmam que a Terra escureceu ao meio dia.
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                               ALMA


        Existem inúmeras definições sobre o assunto ALMA. Desde que nascemos, tomamos conhecimento de sua existência e da importância que ela tem em nossa vida. Porém, ninguém pode defini-la perfeitamente. Descrever bem o que vem a ser ALMA é muito complexo e por isso mesmo, existem muitas opiniões diferentes.
        Vulgarmente, é a entidade sensível, consciente e voluntária que preside todos os atos inteligentes do homem. Os espiritas as definem como substância espiritual e imortal que constitui a essência do ser humano. Teve e, ainda tem, muitas definições, formando uma verdadeira Torre de Babel por causa do concurso de muitas línguas e escolas modernas. Devemos nos prender ao mais antigo e universal.  
        Primitivamente, nos primórdios da humanidade,m significava sopro, ar, fluido, mas depois mudou de sentido. A palavra ALMA é a mesma coisa que ATHMA: vem dos nossos pais, os ários da Logdiana, cuja língua é mãe do grego, latim, francês, alemão... segundo as autoridades em filiações filológicas. Os ários distinguiram a alma pensante e espiritual da alma fisiológica e vital.
        Em latim se diz ANIMA. Animismo é o nome genérico de toda a teoria que afirma a vida e a espiritualidade. Compreende o princípio vital e consciente. Expressa a união com o espírito humano, assim como a alma divina, a alma individual e a alma universal. Esta palavra oferece a vantagem de nos ligar ao arya do vedismo e do mazdeísmo, aos hindus do bramanismo, e aos persas de Zoroastro, aos gregos, latinos e cristãos.
        A clara compreensão da palavra ALMA pode evitar-nos muitas discussões inúteis e até esclarecer-nos muitos conceitos dos antigos. Assim, é bem possível que o Espírito Santo dos nossos longínquos avós fosse o fluido universal dos modernos, o laço de união da inteligência suprema com o Universo.Também pode ser, no homem e por analogia, o fluido, o perispírito. Mas hoje, espírito é o que por tal entende o sentido comum _ princípio inteligente do Universo (LIVRO DOS ESPÍRITOS,Allan Kardec).É a definição mais simples e inteligível que contém toda a paligenesia evolutiva, podendo ser aceita por todas as escolas.  
        Para os materialistas, a alma é um princípio da vida orgânica, que, sem ter existência própria, acaba junto com a vida. Segundo esta opinião, a alma é um efeito e não uma causa. Na opinião dos  panteístas, a alma é o princípio da inteligência, agente universal de onde cada ser absorve uma porção, existindo em todo o universo uma só alma que distribui partículas de si mesma entre todos os seres inteligentes durante a sua vida, mas que depois da morte cada partícula volta à sua origem, confundindo-se no todo, perdendo assim o ser, a sua individualidade.
        Segundo os espiritualistas, a alma é um ser moral distinto e independente da matéria e que conserva a sua individualidade depois da morte. Para essa doutrina, a alma é causa e não efeito.
        Para alguns, a alma se divide em vegetativa, sensitiva e racional. Os antigos
        filósofos chamavam a alma do mundo ao espírito universal, que supunham espalhados por todas as partes. Para os espiritualistas, ela é espiritual, imortal e indivisível. E para os materialistas, uma simples função função cerebral. Os católicos acreditam que as almas são criação de Deus e se regeneram pelo batismo.Alguns, para chegar ao paraíso e gozar a visão beatífica, tem que expiar seus pecados no purgatório, aproveitando-se das orações e boas obras das almas que moram na Terra.
        Os estoicos concedem à alma apenas uma existência temporal até à conflagração do mundo. Os pitagóricos simbolizam-se por um número. Segundo Platão, a alma cumpre o seu destino depois de um certo número de revoluções. Os egípcios acreditavam que a alma continuava ligada ao corpo até a sua putrefação total. Por isso, o embalsamavam para rete-la por mais tempo.
        Os chineses a dividem em alma inteligente, que volta ao céu, e alma sensitiva, que desce à terra.
        Os persas acreditavam que ao romper os laços com o corpo, a alma fazia uma estação em cada um dos sete planetas antes de chegar ao Sol, sua última morada.   
        Leibnitz considera a alma como um princípio de organização e de vida. Chamou-a PRIMUN MOVENS, força inteligente e livre. A espiritualidade começa onde  começa a inteligência: tem por base a atividade essencial e a unidade tem por coroamento a inteligência e a liberdade. 
        Para Hipócrates, a alma é um ar, um sopro repartido na natureza inteira, uma espécie de éter universal que tem a importância da alam da natureza e que se comporta segundo os órgãos e os meios, através dos quais penetra. Éter que, segundo ele, opera as maravilhas da vida e do pensam,ento.
        Conforme Aristóteles, a alma é o princípio do ser animado. A vida manifesta-se por quatro grandes potências: nutrição, sensibilidade, locomoção e entendimento, que são graduações da alma que se entrelaçam na medida em que a escala orgânica se aperfeiçoa. Todos são atributos dela e na medida que vão aparecendo, a alma vai se formando.
        Os estoicos atribuem os fenômenos do universo a uma força única e material, " de onde tudo sai e se desenvolve na natureza: a coesão, a vida vegetativa e a animal, depois a inteligência, a vontade, etc." No  LIVRO DOS DOGMAS, de Platão e de Hipócrates, está escrito que existem três tipos de almas, que habitam, respectivamente, o fígado, o coração e o cérebro. A identidade da alma e da vida é um dos argumentos principais de Platão e Plotino em favor da imortalidade.
        Segundo Proculus,  a alma é uma só, e tem diversas potências divididas em dois gêneros: as forças vitais e as forças inteligentes. É essência, mas essência vivente, isto é, vida inteligente. São Gregório de Niza apresente a potência vital em três grandes divisões: primeira, a vida nutritiva, mas desprovida de sentimento. Segundo, a vida sensitiva, que por sua vez é a nutritiva; e a terceira, a vida racional que compreende a nutrição e o sentimento. Mas a alma verdadeira _ diz_ é uma por natureza.
        A alma, o espírito e o corpo não significam _ segundo acredita São Gregório de Niza _ que São Paulo os crie em três substâncias diferentes, mas em tr~es graus de vida que Deus colocou nos homens.
        Para São Basílio, da mesma forma que para São Gregório de Niza, vida e inteligência não são mais que a nobre potência de uma só e mesma causa.
        São Crisóstomo faz também da potência vivificante a essência da alma. O mesmo pensa São João Damasceno.    
        Assim como os padres da igreja grega, os da latina se pronunciam em geral a favor de uma alma. princípio único da vida e do pensamento. Santo Agostinho ensina que a alma que pensa é a mesma que anima os corpos e os governa, sendo este conceito de acordo com os platônicos. Santo Agostinho e Plotino dizem que existe uma escala de graus de purificação e de aperfeiçoamento por meio dos quais o homem se eleva até Deus em seu primeiro grau. A alma é somente potência vivificante, da vida vegetativa, comum ao homem e ao animal; e ascendendo um novo grau chega-se à vida racional, própria somente do homem. Acima da inteligência, Santo Agostinho admite graduações da alma, elevando-se desde a vida vegetativa até a visão de Deus, Santo Alberto, o Grande, Santo Tomás de Aquino, Santo Agostinho e outros sábios, não reconhecem duas almas: uma escondida no sangue ( animal) e outra na razão, mas somente uma, que vivifica o corpo e é racional ao mesmo tempo.
        Kepler faz da Terra um ser animado e lhe dá uma alma racional: faz tamb´pem do univberso um ser e coloca no Sol o assento da inteligência perfeita.
        No século XVI, Etienne, Pasquier, Laurente, Campanella, Montaigne, Gassendi e outros se esforçaram, com acerto, em provar que os animais tem uma razão e uma linguagem especial.
        Bonnet pretende que a alma produz sensações.
        Sthal diz que suas sensações produzem o movimento dos nossos órgãos, a circulação do sangue e os movimentos involuntários.
        Descartes chega a crer violenta a idéia natural de Deus.
        Malebranche duvida do testemunho da revelação.
        Paracelso presumje que se podem fabricar homens por meio da alquimia.
        Spinoza atribui o poder de pensar à substância material.
        Needam fas surgir seres viventes da farinha colocada em fermentação e diz que a alma é uma propriedade do movimento modificado pela organização.
        Helvetius confunde-a com sensibilidade física.
        Cabanis apoia a teoria de Helvetius e sustenta que o cérebro digere as ideias como o estômago digere o alimento.
        Todos os povos, até os mais selvagens, reconhecem a imortalidade da alma, afirmando , de diversas maneiras, a sua existência.
        Os judeus acreditavam, segundo Hoornobeeck, que as almas foram criadas todas juntas e em parelhas; para a alma do homem junto com uma de mulher. Por isso os casamentos são felizes quando se tem a sorte de se encontrarem as almas que foram criadas juntas, uma para a outra.
        Pilon, judeu que também escreveu sobre a alma, afirma que, assim como existem anjos bons e maus, também existem almas boas e más, que ao descer aos corpos lhes comunicam suas boas ou más qualidades.
        Os muçulmanos asseguram que as almas permanecem nos sepulcros, junto aos corpos, até o dia do juizo, quando terão novamente que animá-los.
        Os pagãos acreditavam que as almas separadas dos corpos grosseiros e materiais, conservavam depois da morte uma forma mais sutil e leve que a figura dos corpos abandonados, mas muito maiores e majestosos, e que estas formas eram luminosas e da natureza dos astros; que as almas conservavam a inclinação por coisas que haviam amado durante a vida, aparecendo constantemente nas proximidades de suas tumbas.
        Quando a alma de Patrocles apareceu a Aquiles, tinha a sua voz, sua boca, seus olhos, seus vestidos, mas não o seu corpo palpável.
        Orígenes acha estas ideias dignas de respeito e diz que as almas devem ter alguma consistência mas de caráter muito sutil. Fundamenta   seu conceito na parábola de Lázaro e o rico mau: os dois tem forma, pois se tocam, se falam e este pede a Lázaro uma gora de  água para refrescar a sua boca.
        Santo Irineu, da mesma opinião de Orígenes, deduz do mesmo exemplo que as almas recordam depois da morte tudo o que fizeram durante sua vida.
        Entre os siameses existia uma seita que acreditava que as almas vão e vem de onde elas querem depois da morte; que as dos homens que viveram bem adquirem nova força, um vigor extraordinário, perseguindo e maltratando as dos maus, onde quer que elas estejam. 
        Platão diz no nono livro de suas leis que as almas daqueles que morreram violentamente perseguem com furor no outro mundo as dos homicidas e matadores, crença ainda muito arraigada. 
        Os antigos gregos davam ao barqueiro Caronte  o encargo de conduzir as almas dos mortos para a região das sombras e existia uma tradição análoga entre os velhos bretões. Estes povos localizavam a mansão dos mortos numa ilha que existia entre a Islândia e a Inglaterra. Os barqueiros e pescadores não pagavam nenhum tributo, segundo Tzetes, porque eram os encarregados de passar as almas, operação que se realizava assim: por volta da meia noite eles ouviam pancadas em suas portas e mesmo ao atender não viam ninguém. Caminhavam então peça costa, onde encontravam navios que lhes parecia vazios, mas que na verdade estavam carregados de almas . Eram, então, conduzidos até a Ilha das Sombras, onde nada viam e nada entendiam, mas lhes parecia que as almas vinham saudar as recém-chegadas, chamando-as por seus nomes e reconhecendo os parentes. Os pescadores, a principio, admirados, acabavam se acostumando com essas maravilhas e voltavam.  
        Diversas vezes foram vistas, conforme as crônicas, no século XI, multidões de almas, em grandes grupos, passando perto da cidade de Narni. Estavam todas de branco, vindas do Oriente e desfilavam desde manhã até as três horas da tarde. Todos os aldeões subiram nas muralhas, achando que fossem tropas inimigas. Mas, um deles, mais resoluto, vendo um conhecido entre eles, chamou-o e perguntou o que significava aquela procissão. O conhecido respondeu que eram almas culpadas se penitenciando em peregrinação pelos lugares santos. Acabavam de visitar o sepulcro de São Martinho e iam até Nossa Senhora do Farfe. O aldeão de Narni ficou tão espantado com essa visão que permaneceu um ano doente. Toda a cidade foi testemunha de tão maravilhosa procissão.   
        Segundo o Espiritismo a alma, quando está separada do corpo, denomina-se espírito. O corpo humano se compõe de espírito ou alma e matéria. A esta composição acrescenta-se outra partícula, a mais importante e indispensável, que tem a propriedade de abandonar o organismo material no instante de sua  morte ou desencarnação. Aquela partícula denomina-se perispírito ou envoltura do espírito. É seu corpo fluídico que afeta a forma do organismo carnal e não separa nem pode separar-se do espírito, servindo de intermediário em toda a impressão externa, assim como de condutor para todo pensamento que tenha de ser executado pela vontade do espírito. 
        No discurso que Tito fez aos seus soldados para animá-los no assalto à porta Antonia, em Jerusalém, emitiu uma opinião sobre a alma muito parecida com a que tinham os escandinavos:
        _" Saibam que as almas dos que morrem na guerra sobem até aos astros e são recebidas nas regiões superiores, onde aparecem como bons g~enios, enquanto as dos que morrem na cama, mesmo que tenham sido bons, são fundidas na terra, onde permanecem no esquecimento e nas trevas!"(Josefo, De Belo Jud., cap.I.I.6)  

        Baseado na publicação do Dicionário do Sobrenatural
        Revista Planeta - p. 47/53
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        A China, com a mais velha das civilizações vivas, tem um sistema mágico e ritual que data da mais alta antiguidade. Três coisas caracterizam o ocultismo chinês: a crença generalizada entre todas as classes na eficácia das práticas ocultas, a crença de que a maioria dos fenômenos é dominada por espíritos específicos e o misticismo de Lao Tsé.
        O cenário mágico atual da China e das comunidades chinesas que se estendem até o Sudeste da Ásia podem ter origens mongólicas na primitiva religião chinesa ( cultos xintoístas), através de formas esotéricas  de Taoísmo, até a sua forma corrente. Esta última, por sua vez, afetou profundamente o ocultismo no Ocidente.



        O Xamanismo e as práticas de curandeiros das tribos da Mongólia e as de suas comunidades aparentadas, mostram traços que indicam serem pais do Xintoísmo chinês. O Xintoísmo por sua vez viajou para o Japão e existem fenômenos estranhamente comparáveis, conhecidos também na Europa, tais como o mediunismo, a psicografia e  as formas de certos encantamentos.  
        O Xintoísmo parece ter se estabelecido na China há cerca de 3 mil anos e é uma adaptação, feita na dinastia Chow, das práticas mágicas dos mongóis do Norte.
        Disso derivam as concepções de espíritos dos sistemas chinês e japonês. Essas são cuidadosamente organizadas: primeiro vem a inteligência superior; abaixo dela estão as inteligências angélicas ou celestiais; abaixo delas vem os espíritos dos planetas. Em seguida estão os espíritos dos mortos que podem ser adorados. São invocados em ritos mágicos e acredita-se que eles colaboram com as inteligências superiores ou deuses.
        Os dois tipos principais de feiticeiros são encontrados na história chinesa: o WU ( mágico) e os free-lances ou aqueles que conseguiram seu poder por apoio popular, em oposição ao oficial. Durante séculos os magos foram empregados pelo Estado. Sua hostilidade aos praticantes independentes era tradicional e imensa. Foi, na dinastia Han que os magos da corte atingiram seu maior poder. Do século XVII ao sáculo III a.C. tanto homens quanto mulheres WU tinham considerável influência junto aos imperadores.    



        Confúcio surgiu em cena no momento em que o povo da China começava a sentir que essa forma de religião ( o Animismo) estava precisando de alguma forma de reajuste.   Seus dogmas eram quase inteiramente especulativos e filosóficos e ele foi contemporâneo de Lao Tsé, apesar de mais velho.
        Lao Tsé, por outro lado, trabalhou pela reconstrução da filosofia chinesa mais através do misticismo que da lógica. Como bibliotecário imperial ele tinha acesso a livros de filosofia antiga que parecem ter exercido grande influência sobre ele, e ele frequentemente os cita. Seus seguidores parecem ter continuado essa ligação com o passado até o ponto em que os ritos mágicos e a taumaturgia eram parte importante do antigo sistema xintoísta. 
        Existem quatro influências principais na filosofia chinesa:
        - o Xintoísmo, com seu panteão e ritos francamente mágicos, em choque com o negativismo do Budismo importado da Índia. Não houve vitória para nenhum dos dois. Confúcio, como Platão e Aristóteles, era um soberbo pensador político e ético mas seus preceitos não exerciam influência tão poderosa a ponto de sobrepujar os cultos mais antigos. 
        - O sistema de Lao Tsé, baseado até certo ponto no Xintoísmo e contendo todo o aparato necessário para se desenvolver em um culto mágico, deixou de ser uma reforma e serviu como veículo através do qual as operações mágicas da tradição eram passadas do agora morto Xintoísmo. E assim é hoje.
        Em seu livro sobre o tao, Lao Tsé se refere com frequência ao poder do tao e aos segredos dele. Frases igualmente obscuras deram âmbito adequado para o desenvolvimento de práticas ocultas.
        Apesar de Confúcio e Lao Tsé  terem se mostrado e gostado um do outro, a subsequente rivalidade entre as duas escolas cresceu até atingir proporções de hostilidade quase aberta que são evidentes atualmente.
        Os confucionistas não tem nada a ver com os ensinamentos e práticas do Taoísmo. Eles repudiam da mesma maneira as doutrinas místicas e os ritos ocultos. Os budistas, por outro lado, tem seu próprio sistema místico e mágico, que não difere radicalmente do tao _ pelo menos exteriormente.
        É bem conhecido o primeiro contato dos árabes com a China. Ainda hoje certas superstições sobre não destruir papel ( artigo trazido à Europa pelos árabes) são partilhadas tanto por chineses quanto por árabes _ mas não por outros povos.

        ESPELHOS MÁGICOS

        Espelhos mágicos estão entre os instrumentos mais importantes da arte, na China. Ko Hung, uma das mais altas autoridades no assunto, via-os como essenciais à constante batalha contra os demônios e é preciso lembrar que esses espectros estão no fundo de  quase tudo.A proteção contra o mal, a doença e a morte só podem ser asseguradas através do combate aos demônios que controlam esses fenômenos. Sucesso, riqueza e vitória, chamados vantagens positivas, podem também ser obtidos pela cooperação dos espectros em cujo domínio caem esses assuntos.




        O uso dos espelhos mágicos é duplo. Primeiro, a forma verdadeira do demônio, sob imposição, era refletida neles. Uma vez visto, seus poderes eram severamente reduzidos e seus ataques ao dono do espelho cessavam. A felicidade celestial também frequentava o dono de um desses objetos sem preço: um homem chegou a ser imperador por meio de sua ajuda, conforme nos conta o Si-King Tsah-ki.
        Wang Tu, da dinastia Sui, publicou um rarto opúsculo no qual as virtudes e importância do espelho mágico são exaustivamente descritas e ilustradas por seu próprio espelho que ele recebeu do grande Heu Sheng em pessoa. " Sempre que você o tomar nas mãos ", declara esse sábio, " centenas de demônios fugirão". Decorado com um unicórnio, animais dos quatro cantos do universo e outros símbolos místicos, ele continha uma inscrição da representação da ordem do mundo segundo os taoístas. " Sempre que o sol brilha nesse espelho, a tinta daquelas inscrições permeiam as imagens que ele reflete, e assim que não podem de maneira alguma mostrar formas falsas!"



        Foi no segundo ano do período Ta-Yeh ( 606 a.C) que Wang-tu partiu para Chang-ngan para testar as virtudes desse incrível objeto.
        O autor conta que sua oportunidade surgiu logo. Hospedando-se numa taverna de beira de estrada ele soube que vivia ali uma misteriosa moça e o hospedeiro quis saber alguma coisa a respeito dela. Tomando de seu espelho ele viu um espectro refletido nele _ a moça misteriosa em pessoa. Confessando que tinha mil anos de idade, ela admitiu ter sido encantada por um demônio que a possuía e depois de várias aventuras veio a cair ali. Decidindo que queria morrer, ela tomou um pouco de vinho, transformando-se em sua forma original de víbora e expirou no local.
        Como se faz um espelho mágico? Nenhum livro chinês de nenhuma época traz a receita. Mas Shi Chen dá uma pista. Qualquer espelho que seja suficientemente antigo, diz ele, e de tamanho apropriado, quando pendurado numa casa é capaz de detectar espíritos. Deve ser mantido coberto quando não necessário e não deve ser usado para nenhum outro fim.
        Contam-se na China inúmeras histórias sobre as virtudes desses espelhos.

        ENCANTAMENTOS E FÓRMULAS

        Os encantamentos são, provavelmente, mais usados na China que em qualquer outra parte. Um dos livros vigiados dos escritores do encantamento é o clássico de Koth Hung, " PAO POH-TSZE", escrito no século IV. Encantamentos escritos, diz ele na seção 17, são especialmente eficazes para viajantes, particurlamente nas montanhas onde frequentemente residem os espíritos. Madeira de pessegueiro, com suas propriedades mágicas, é usada na caneta mágica para escrever os caracteres, cinabre rubro e tinta para o pigmento. Tão poderoso são esses amuletos que eles não só afastam todos os fantasmas e espectros, como também animais hostis e homens. Alguns desses talismãs protetores tinham a forma de cinco flechas _ que eram também usadas de maneira semelhante pelos mouros da Espanha durante o período árabe.  
        Os encantamentos eram escritos numa estranha forma de escrita conhecida como  escrita do trovão ou caligrafia celestial". Muitos dos caracteres parecem com os chineses convencionais, mas alguns deles não podem ser interpretados pelos métodos usuais e podem não ter significado. É interessante notar que o método chinês de indicar as estrelas e os planetas, em voga entre os escritores de encantos, é encontrado num número do Livro das Bruxas publicado na Europa durante a Idade Média. Se foram copiados dos originais chineses, desapareceram os laços intermediários.
        As mulheres na China  prezam grandemente um triângulo de ouro ou prata com duas espadas suspensas dos ângulos exteriores. Considera-se que isso contém em si toda a sorte que qualquer mulher pode desejar ou precisar.
        Os encantos, quando escritos,são sempre em papel vermelho ou amarelo. " Algumas vezes a figura de um ídolo é impressa ou escrita nesse papel com tinta vermelha ou preta. Ele é então colado sobre uma porta ou no cortinado da cama, ou é usado nos cabelos ou colocado num saco vermelho e pendurado de uma casa de botão". Ou pode ser queimado e as cinzas misturadas com chá ou água e bebidas, para que essa influência penetre o corpo. Muitas casas tem oito ou dez deles, suspensos das vigas do teto ou de outros lugares onde se pensa residirem as más influências.  
        Esse hábito de beber água na qual um encantamento foi mergulhado é também difundido no Oriente Médio.
        Sinos são tidos como poderoso talismã, sendo também usado nos rituais de magia praticados pelos magos chineses. Essa crença  no poder dos sinos é tida como proveniente da Índia. Ela era certamente difundida na Arábia quando Maomé proibiu o supersticioso tocar dos sinos, que tinha sido importado para o Hejaz de Bizâncio e ainda é conhecido entre os  adoradores do demônio Yezidi.
        Provocar trovoadas por meio de encantamento é considerado parte importante do sistema mágico taoísta. Tais amuletos devem contar em forma escrita a representação dos caracteres " trovão" e " raio". a intenção, no caso, pode ser amedrontar espíritos que estão causando problemas ou meramente produzir trovões e tempestades para punir alguém que o mereça!  
        Durante todo esse tempo, os intérpretes dos escritos eram altamente estimados, Devido à caligrafia chinesa, relativamente poucas pessoas podem interpretar com certeza alguns dos apressados rabiscos do lápis. Acredita-se que essa arte data de eras muito antigas, e grande número de predições foram registradas.
        Uma delas está num pequeno livro da época T'ang, escrito por Li Siun. Seu título De Assuntos Estranhos Coletados e Escritos" é plenamente justificado por este exemplo:
        Quando o alto ministro de Escola e príncipe feudal de Wei era apenas oficial secundário de Ping-cheu, com menos de dez meses de serviço, de repente um homem de campo, chamado Wang, pediu polidamente à porte de sua mansão para ser recebido em audiência.
        O príncipe lhe disse para sentar e ele contou que era um homem capaz de descobrir coisas do mundo invisível. Como o príncipe não demonstrasse muito interesse, o visitante lhe pediu que colocasse uma mesa na sala interna principal, com algum papel, um lápis, incenso e água. Depois lhe pediu que baixasse o toldo que havia sobre a porta e silenciosamente prestasse atenção ao que aconteceria.
        Depois de certo tempo Wang disse " Vamos e vejamos", e eles encontraram oito caracteres grandes no papel, com uma explicação em escrita quadrada, comum, que dizia assim: " Sua dignidade será a de ministro muito alto, viverá até os 64 anos".
        Wang então pediu apressadamente licença para ir embora e nunca se soube se foi ou não. No período Hwuichang ( 841 - 847 a.D) o príncipe foi registrado tr~es vezes com o posto de maior estatura oficial. Morreu em Hai-nan com a idade que Wang previra.
        O imperador Shi Tsung da dinastia Ming, que reinou de 1522 1 1567, controlava a maioria dos assuntos de corte por meio da psicografia, a despeito do fato de, em geral, os governantes daquela casa serem grandemente contrários a essa forma de adivinhação.

        DANÇA DO DIABO    

           Várias formas de possessão por maus espíritos são reconhecidos na China. A maioria delas concorda mais ou menos de perto com a possessão por espíritos familiares ao ocultismo semita e medieval. Fenômenos desse tipo ora atribuídos a maus espíritos são comuns, tanto em fatos recentes como em referências históricas. A dança do diabo é interessante por apresentar várias características  estranhas à possessão demoníaca conforme é entendida em outros lugares. 




        Os dançarinos do diabo podem ser voluntários ou involuntários. isso quer dizer que podem ser pessoas levadas ao frenesi extático por um espírito hostil ou podem ser amadores ou profissionais que deliberadamente se induzem ao estado de frenesi com o propósito de adivinhação.
        A dança em si se parece ao estado que é induzido pelos operários obeah nas Índias Ocidentais ou pelos  nilóticos nyam-nyames do Sudão do Sul. Se uma familia chinesa sente que algum problema requer ajuda ou informação sobrenatural para ser solucionado, são chamados os dançarinos do diabo profissionais.
        Como todas as outras regras da China, um correto ritual tem de ser seguido. Um grande banquete é preparado, no qual os dançarinos consomem enquanto se queima o incenso e todos os presentes se colocam num estado mental de concentração na pergunta a ser feita.
        Durante a refeição, o dono da casa conta ao dançarino-chefe todos os fatos relevantes ao caso.
        Acompanhando os dançarinos haverá um grupo de músicos, equipado com tambores, sinos, címbalos e outros instrumentos.   Eles começam a tocar, de início muito lentamente. Em minutos o ritmo é acelerado: à medida que o ritmo se acelera, os movimentos dos dançarinos se tornam mais rápidos. Descrevem-se passos intrincados e evoluções e acende-se mais incenso. As contorções dos dançarinos chegam a um súbito e dramático fim com o líder caindo pesadamente ao solo.



        Durante esse tempo, que pode durar de 20 a 50 minutos, nenhuma palavra é dita pela audiência. Como é o caso dos dervixes dançantes da Ordem Mevlevi, o dançarino se recompõe depois de alguns minutos de arrebatado silêncio. Está agora receptivo a perguntas. Como as respostas são às vezes extremamente rápidas é costume ter um escriba à mão para registrar as respostas, particularmente quando essas respostas se referem a remédios contra doenças, caso em que a lista de drogas pode ser longa e detalhada. 
        Diferentes grupos de dançarinos podem ter seus métodos próprios especiais para induzir o estado de transe. Alguns pedem alguma comida, como um porco inteiro, comido quente do caldeirão, enquanto duas criancinhas dão as mãos ao dançarino.   Outros tem práticas tão floreadas que não visitam as casas , tem de ser encontrados em suas próprias moradias e agradados com  caros presentes. Seus ritos e maneiras variam de uma província para outra.    
        Os dançarinos do diabo da Manchúria, homens e mulheres, são particularmente temidos e até mesmo reverenciados.

        RITUAIS E INSTRUMENTOS DA MAGIA CHINESA   

          É importante notar a imensa  fé da eficácia mágica das espadas que é comum a quase todas as formas de magia. Na China o principal uso da espada é o exorcismo de mais espíritos. Assim como em outros sistemas, no entanto, as espadas mágicas devem ser submetidas  a tratamento especial e podem também realizar uma variedade de funções no ritual.



        Adagas de madeira de pessegueiro e os kien de duas lâminas são consideradas   dentre as mais valiosas para destruir demônios. Uma espada pertencente a algum famoso guerreiro ou general também é tida como altamente eficaz. Não dispondo disso, a lâmina de madeira ou ferro  é consagrada em nome da renomada espada que deverá representar. Frequentemente envolve-se o punho com tecido vermelho. Quando não em uso, ela é cuidadosamente preservada com a devida cerimônia, envolta em tecido de seda.    Um pequeno modelo de espada, entalhado de madeira de salgueiro é muito usada como amuleto _ lembrando o costume árabe de usar um modelo da maravilhosa espada de Ali, comum entre os sayeds ( descendentes de Maomé) no Iêmen. Quando se usa salgueiro, a madeira deve ser cortada no quinto dia da quinta lua, com o Sol no apogeu( meio dia). Árvores atingidas por raios são especialmente favorecidas para finalidades mágicas.



        A proteção contra o mal pode ser assegurada pendurando-se essas espadas na porte, usando-as ao peito ou num cinto e decorando-as com borlas ou rendas vermelhas. Madeira de amoreira pode também ser usada e em Chehkiang o poder das espadas de amoreira é considerado tão grande que um mago do mal geralmente cai morto quando ela lhe é dirigida.   
        Espadas feitas de moedas são muito potentes para todos os propósitos mágicos. A moeda circular chinesa, com um orifício quadrado no centro, é semelhante à copa de uma espada. Portanto, uma coleção de tais copas, composta em forma de espada, pode ser considerada como de grande poder protetor.



        As moedas, de preferência todas do mesmo reino, são fixadas numa barra de ferro, terminando na copa ou punho convencional. Essas 20 ou 25 moedas são amarradas na barra, uma repousando sobre a outra. São usadas duas filas, para formar as " duas faces da lâmina". O punho pode ser composto de uma pilha de moedas, e às vezes também da copa e do castão. As moedas são amarradas com um cordão de seda vermelha. 



        Borlas, cordões e rede, estas para prender demônios, podem devorar a espada. Tal é a importância atribuída a tais armas que com apenas o gesto de brandi-las pode-se conseguir qualquer desejo.  



        A tradição da espada tem muitas variações. Algumas espadas tem poderosas fórmulas inscritas nas lâminas, que lhes dão força.  

        ENCANTO  MORTÍFERO   

        Um exemplo comum de encantamento mortífero usado na China pode ser citado aqui como típico. A maioria das casas e todas as aldeias tem uma tabuleta consagrada ao nome da divindade local. Sobre essas se coloca um papel contendo o nome da pessoa  que quer se matar, com uma declaração " já está  morta".    O espírito pensará então que a pessoa já morreu e preparará a chegada  da alma ao Céu. Tal será a força da convicção dos espíritos relacionados à recepção de almas de falecidos que sua concentração atrairá a alma do corpo da pessoa indicada e assim ela morrerá.        
        Evidentemente, se o predestinado vem a saber que seu nome foi assim colocado diante do espírito, em grande parte dos casos ele expira de puro medo. Esse é um interessante paralelo à magia de simpatia e ao mecanismo de maldições por todo o mundo.  


          

        FABRICAR CHUVA

           Acredita-se que se pode fazer chover queimando alguma imagem de uma pessoa deformada ou patética por alguma outra razão. A explicação é o que o Céu sentirá pena e verterá água para aliviar seu estado.

        VIDA  ETERNA     


        Como todos os outros povos os chineses sempre estiveram muito interessados na possibilidade de conseguir a vida eterna. Muitos acreditam que o seguinte método a proporcionará, mas que nem sempre funciona satisfatoriamente;
        Um inseto prateado, o " peixe de prata" ( Lepisma saccharina) é pego e forçado a comer um pedaço de papel no qual se escreveram os caracteres Shen_Hsien. Essa fórmula significa " imortalmente vivo" e, acredita-se, fará o animal assumir tonalidades multicoloridas. Quem comer o peixe prateado preparado estará para sempre protegido da morte. Os magos que recomendam esse processo previnem que " pode levar meses de experiências antes de se encontrar um peixe apropriado, cujo corpo reaja corretamente e apresente as várias cores".   

         Baseado no livro: RITOS MÁGICOS E OCULTOS
        Idries Shah........Editora Três
        Biblioteca Planeta   ...pags:   57 até 99    

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        O homem vive num ilimitado e misterioso mas, ordenado Universo, que evolui e reevolui em ciclos. Um ciclo é um período de tempo o qual certos aspectos ou movimentos de corpos celestes se  realizam e ao fim do qual irão ser repetidos em novo ciclo; um período de anos ou idades; período no qual certos fenômenos  ocorrem, os quais, por sua vez, se inter-relacionam com toda a vida. Há ciclos de órbitas nos céus, ciclos das estações na terra, ciclos do dia e da noite. Existem também os ciclos das idades.



        As mudanças ocorrem em pequena escala, média e ampla. Ciclos menores ou maiores podem ocorrer cada dez, cem, mil, três mil, dez mil anos e assim por diante, repetindo-se continuadamente dentro da eterna marcha do tempo. Na verdade, o Universo é infinitamente misterioso _ tão misterioso que o entendimento do homem atual ainda não pode compreendê-lo.
        Após uma Era de aproximadamente três mil anos de relativa obscuridade, encontramo-nos agora no alvorecer de uma NOVA ERA DE LUZ. A mutação é tão sem precedentes que se torna difícil a compreensão de sua integral importância. É mudança que nenhum dos nossos antepassados teve o privilégio de experimentar. Como somos afortunados, nós, os que vivemos nesse período de tempo para ao menos podermos entender ainda que parcialmente a verdadeira significação desta mutação, adquirir os meios _ através do Johrei_ para tornar esta transição mais fácil a cada um, e servir a Deus e à Humanidade.
        Aplicando o johrei

        O DIVINO DRAMA

        O Plano de Deus atua de maneira maravilhosa. Podemos denominá-lo de divino drama, no qual todos nós, desta Era, somos os  participantes.Sem esta compreensão, deixaremos de saber interpretar os momentosos acontecimentos do nosso tempo, de compreender que à medida que avança a reconstrução, também cresce a destruição.
        Em todo e qualquer drama existe caracteres virtuosos e perversos. quase sempre os virtuosos são infortunados pelos perversos, mas depois de serem impiedosamente atormentados por largo tempo, geralmente a peça termina com a vitória do Bem. É um final feliz. O Divino Drama cósmicamente ordenado e agora desenrolado no palco do mundo, é um modelo. A mudança do presente ciclo é de inconcebível grandeza. O nosso entendimento deste acontecimento sem precedentes será proporcional ao nosso esclarecimento e à nossa capacidade de compreensão!
        A medida que a Nova Era avança e que cresce a atuação do espírito do fogo, a purificação ou doença,também aumenta. As calamidades, como guerras e catástrofes naturais, cada vez mais podem ocorrer, até o mundo experimentar uma época de terror. De um modo geral, os messiânicos podem representar o papel de espectadores nas cenas de guerra. Mas, nas cenas de enfermidades, eles deverão ter papel ativo de empenho.Representar um desempenho para servir a Humanidade é mais digno do que representar papéis de violência ou destruição.


        IGREJA MESSIÂNICA EM CURITIBA

        A Lei da Vida exige que nós vivamos as nossas vidas construtivamente. Estamos na aurora da Era da Luz do Dia. A medida que ela avança e que o espírito do fogo é manifestado mais intensamente, ainda mais forte será o batismo pelo fogo, isto é, o poder purificador da Luz será mais poderoso. De acordo com a Lei da Concordância, à medida que o invisível reino espiritual empreende intensa purificação, aqueles que também pertencem ao reino físico e cujos corpos espirituais foram excessivamente maculados, encontrarão dificuldades para suportar as crescentes frequências purificadoras. Somente aqueles que estiverem suficientemente puros poderão sobreviver. Alguns messiânicos também poderão sentir dificuldades durante o tempo da grande purificação. Devemos nos empenhar, para estarmos preparados espiritual e fisicamente, se desejarmos passar por esse período com relativa facilidade.
        Este grande drama cósmico foi denominado Juízo Final. O nosso planeta é o palco, no qual a representação está sendo levada. Um tão extraordinário drama não poderia ter sido vivido em qualquer outro tempo da História. O conflito entre o Bem e o Mal é desenvolvido de forma bastante complexa, até que o último perverso seja dominado.
        O  número de personagens perversos é maior do que os bons; e aqueles que fazem os desempenhos maldosos realmente merecem piedade. O grande Amor do Supremo Deus salvará tantos quantos for possível, trabalhando através dos sinceros instrumentos da Sua Divina Luz. Os messiânicos sentem-se chamados a servir como Seus instrumentos.

        A LUZ DIVINA E OS DOGMAS

        Não é a doutrina mas sim a Luz Divina que transforma o homem. As pessoas  que consideram a Messiânica Mundial como uma religião comum, muitas vezes se  perguntam por que ela não possui dogmas específicos. Não pensam que eles sejam importantes. Os dogmas são regras e preceitos; não podem salvar o homem. Desde os tempos antigos quase todas as religiões tivberam as suas doutrinas, algumas das quais bem elaboradas e consideradas. Conseguiram elas aperfeiçoar o mundo?
        ( ...) Se a religião consistisse apenas em doutrina, não ofereceria mais do que padrões morais. Eles não bastam. Fundamentando os princípios morais, a religião deveria dar a consciência do grandioso poder místico e operador de milagres em ação no Universo, e que não pode ser explicado pela lógica. A força da religião está na apresentação deste poder místico. Quanto maiores milagres uma religião evidencia, tanto mais valiosa poderá ela ser considerada.
        ( ...) Os Mandamentos são como leis decretadas para evitar crimes. As leis são feitas para manter a ordem estabelecida pela sociedade e impor penalidades nos casos de violação. Muitas religiões são fundamentadas em mandamentos. Os mais antigos, dos conhecidos, são os Dez Mandamentos dados a Moisés. Durante a Era da Treva foram fundamentais. Mas, " Você deve fazer isto..." ou " Você não deve fazer aquilo ..." implicam penalidades _ penalidades espirituais e não físicas.
        As ameaças e os castigos não são os melhores meios para evitar que o homem faça maldades. Um alcoólatra não deixará de beber porque lhe dizem que o álcool lhe faz mal. Um meio muito melhor é dissolver as máculas do seu corpo espiritual, elevando-o a um nível onde a sua divina natureza possa ser despertada, o que o levará a sentir uma natural repugnância pelo álcool, ou pela maldade, conforme o caso.
        É a tendência para fazer o mal ou agir desonestamente que deve ser eliminada, pois a pessoa inclinada à prática de ações corruptas, por elas tem preferência. Por exemplo, a essas pessoas parece, por vezes, que ganhar dinheiro por meios desonestos é mais fascinante do que adquiri-lo honestamente. Em tais casos, a natureza divina ou primária está enfraquecida, enquanto que a natureza animal ou animal está fortalecida, o que significa que a alma está num nível baixo. Quando a alma está em plano mais elevado, a pessoa é incapaz de tais ações.
        Até que a sociedade supere esse baixo nível de consciência, é perigoso para ela ficar sem regulamentos  legais e instituições penais. A despeito da forte ação coercitiva das leis reguladoras, existirão muitas pessoas inclinadas a transgredí-las. Entre elas podem ser incluídos os homens que ocupam altas funções e que tem responsabilidade social, homens que são vistos como grandes personagens. A situação social e os cargos políticos não indicam necessariamente desenvolvimento espiritual.
        Abster-se de fazer o mal, apenas pela ameaça das penalidades ou da crítica, não é o bastante. Somente quando o homem atinge um nível onde não sente mais o desejo de fazer o mal, onde não são as leis e os regulamentos que o impedem, quando realmente encontrou a alegria de fazer o bem, é que ele desperta para a sua verdadeira natureza.
        O homem não pode atingir subitamente os niveis mais altos, mas pode alcançá-los degrau por degrau. Os dogmas são necessários de certo modo, mas o supremo objetivo é muitíssimo mais elevado. A Messiânica Mundial empenha-se em elevar o indivíduo ao mais iluminado estado de consciência.
        A invisível Luz de Deus, canalizada através do Johrei, alcança as profundezas do espirito e o ilumina, mesmo quando o Jhrei é recebido com atitude cética. O Jhrei desperta a divina natureza do homem, colocando-o em contato com a sua alma. Por isso a Messiânica Mundial não é uma religião comum.
        Do ponto de vista material, pode ser difícil esta compreensão. Mas quando se experimenta o efeito do Johrei, intui-se a Luz de Deus. Mesmo aqueles que dão excessiva importância ao intelecto serão despertados para o Poder do Espírito sobre a matéria, curvarão a cabeça reverentemente.

        O AUMENTO DA LUZ ACELERA A PURIFICAÇÃO

        É vitalmente importante chegarmos a compreender que aquilo a que denominamos  DOENÇA não passa de um processo da Natureza para restaurar o equilíbrio rítmico, que chamamos  SAÚDE e que está associado à eliminação das máculas acumuladas no corpo espiritual. O corpo físico precisa eliminar suas toxinas _ herdadas, ingeridas ou de alguma forma geradas _ para que as funções não sejam prejudicadas. O mal-estar ou doença constitui um incômodo indício da descarga natural desses venenos.
        Com o avançar da Nova Era e à medida que aumentar a intensidade da Luz, a purificação tornar-se-a proporcionalmente mais severa. A elevação da energia vibratória por meio do Johrei e dos sagrados Cultos, atenuará essa severidade mediante a progressiva dissipação das nuvens espirituais, preparando assim a criatura para o recebimento de Luz mais intensa, sem que ela tenha que sofrer uma purificação repentina ou excessivamente severa.

        fONTE:IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DO BRASIL
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        Johrei é o nome dado à comunicação de energia espiritual_ a Luz Divina _ para a purificação do corpo espiritual do homem e o despertar da sua natureza divina. O Johrei prepara o homem para que ele possa atravessar o próximo crucial período chamado Juízo Final.
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                                         MAGOS NO TIBETE


        O Tibete, mais do que qualquer outra parte do mundo, sofreu uma onda de deturpações, distorções e deslavadas invenções na literatura ocidental quase sem paralelo em qualquer época. Ao ler as supostas viagens de escritores de gabinete, as estranhas lendas de magia, mistério e maravilhas espirituais que se supõe formarem a vida tibetana, a gente se lembra dos caprichosos mapas dos antigos geógrafos. Quando não estavam seguros dos contornos de um ou outro lugar  eles enchiam o espaço com lendas tais como " aqui vivem dragões!"

        Na verdade, o Tibete é um dos últimos países onde floresceu o Budismo sem muita interferência de estrangeiros. Sua história budista, entretanto, demonstra que em seu desenvolvimento cultural, ele está bastante  atrasado em relação a lugares como Bamiyam no Afeganistão,onde, antes que o Islamismo o substituísse, muito do desenvolvimento extra-indiano da arte e teologia budista teve lugar. E também o Tibete certamente não é impenetrável. É muito mais fácil entrar e ganhar a confiança  dos lamas do que entrar em Meca_ ou tirar fotografias do túmulo de Madhi no Sudão.

        Centenas de ocidentais não budistas já foram ao Tibete; nenhum não muçulmano jamais entrou em Meca.
        O segundo ponto a se lembrar a respeito do Tibete é seu tamanho. os ocidentais que lá estiveram, em quase todos os casos,passaram a maior parte do tempo em Lhasa ou na parte que os tibetanos chamam de " acessível".Vieram da Índia, Nepal e China.Alguns chegaram pela rota de Kashmir. Muitos poucos, talvez nenhum,foras às áreas leste e nordeste, ao Turquestão Oriental e Mongólia. No entanto, são nessas partes que prevalecem os aspectos mais importantes do Lamaísmo e Bonismo.

        O Budismo é uma importação não muito recente no Tibete. Existem, na verdade, mosteiros grandes e ricamente dotados,milhões de devotos.Nas partes ocidentais do país, diz-se que de cada oito pessoas uma é monge, freira ou acólito da joia do lótus. Essa parte da população foi profundamente afetada pelas ideias religiosas através da propaganda budista durante os 1.500 e poucos anos da chegada da religião da Índia e desde então seu número cresceu com a migração de monges afegãos durante e depois da conquista muçulmana do Afeganistão.
        Todavia, apesar de o Tibete ser chamado de " o país mais religioso do mundo", isso é também um exagero. Duma posição meramente antropológica o país está longe de ser uma unidade. Em primeiro lugar, existe a luta constante entre os três elementos da parte budista : os budistas puros, que constituem o sacerdotado estabelecido, o público leigo e os tantras, que t~em ganhado poder nos últimos 50 anos.

         A Igreja budista estabelecida, tanto no Tibete como em todos os países que professam essa fé, não te tempo para a taumaturgia mágica e sobrenatural. A vida é dedicada à contemplação e ao aperfeiçoamento da alma como pré requisito para a reencarnação. Não há atalhos para o Nirvana e as ambições deste mundo não são para o devoto budista ortodoxo. Por que então deveria ele se permitir a magia? Pelo contrário, a magia em todas as suas formas não é malvista entre o clericado estabelecido no Tibete, como também claramente proibida. E o verdadeiro budista leva muito a sério a sua religião. É por isso que se deve descontar resolutamente todas as alegadas histórias de maravilhas dos lamas de fé budista do Tibete.

        O laicado, por outro lado, ainda está permeado, até certo ponto, de crenças derivadas em parte do animismo pré budista( Bonismo) e em parte da forma tantra do Lamaísmo,afluente do rito ortodoxo.
        Os lamas, de qualquer tendência, se inclinam a olhar com superioridade os não iniciados, deixando-os seguiras práticas mágicas contidas nos poucos livros disponíveis. O acesso a livros de aprendizado mais elevados e significado mais esotérico é restrito não apenas por sua escassez mas pelo obtuso de seu sentido.



        Provavelmente, a maior parte do país está dominada grandemente pelo mistério espiritual do Lamaísmo não ortodoxo e particularmente Bonismo. Pode-se dizer que o Bonismo se parece íntimamente com a religião taoísta e xamanística. Acreditando na possibilidade de atrair demônios, nos poderes das trevas e no bem, na importância das palavras mágicas e nos poderes sobrenaturais de seus sacerdotes, o Bonismo é talvez o culto mágico mais bem organizado do mundo. Iguais aos budistas,contra os quais se empenham numa guerra física e psicológica, os bonistas tem seus próprios grandes lamas, seus exércitos e seus templos. Muitos de seus lugares santos, seus mosteiros e palácios são de grande luxo, que fazem o próprio palácio do Dalai-lama parecer comum. 


        Ao contrário dos budistas, eles repetem o credo ( OM MANI PADME HUM!) de trás para frente: MUH-EM-PADMI-MO! E também diferentes de seus vizinhos eles acreditam na invocação da alma e desde tempos imemoriais praticaram isso e o sacrifício humano em seus ritos propiciatórios. Seu sacerdotado emite talismãs contra as doenças e demônios e até mesmo para fazer a colheita aumentar ou minguar, para provocar ou anular o amor,para tornar o portador invencível e rico. Estes, como  com os outros povos selvagens da Alta Ásia,são quase pedaços consagrados  de osso, cabelo,dente e metal  comum. A adivinhação e augúrio são amplamente praticados, tanto pelos iniciados como pelos leigos. Há uma estranha semelhança entre seus ritos de propiciação ao espirito de Hades ( Yama) e culto do dragão com os ritos da missa negra da bruxaria européia.
        Num ritual típico dos sacerdotes bon, o chefe se senta numa clareira solitária, cercado de seus associados menores. No centro do local, cercado de pequenas vasilhas de incenso qeimando,levanta-se o altar, oferecendo-se carne, lã e pele de iaque ao espírito que se quer invocar. A corneta de osso é tocada três vezes. Acongregação canata a invocação ao demônio e seus companheiros, chefiada por seu alto sacerdote: YAMANTAKA! _ repetida três vezes e depois mais três Todos devem se concentrar na imagem da divindade que pode geralmente ser vista em estátuas enormes e assustadoras nos templos bon: um monstro com cabeça de touro, presas e chifres, pisando corpos humanos, com ornatos de crânios e cabeças humanos, cercado de línguas de fogo.
        Acreditam os bonistas que a divindade aparecerá e partilhará do alimento, o que é sinal  de que aceitou sua homenagem.O chefe então dirige uma prece ao espírito, contando-lhe os desejos de sua gente e esses serão realizados. Aqueles que não dão o máximo de si para contribuir com sua parte individual de força espiritual para a reunião, sofrerão dores terríveis e poderão até mesmo perder a visão ou alguma outra faculdade.
        O Bonismo assim como o Lamaísmo e o Budismo, em geral, não procura converter. Se alguém não é dos iniciados, não tem a menor importância.
        Com a enorme pressão desse tipo de propiciação ao demônio, corrente por quase todo o país, o Budismo comum, devoto, do tipo de Lhasa, está cercado pelos ritos tântricos e mágicos.


        Fonte: Bushell, S.W....Transactions of the Royal Asiatic society, 1880...pág.441.
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                     SÁBIOS EMINENTES NÃO ACREDITAM NO DILÚVIO DE NOÉ



        Segundo as cronologias é de 1.656 da Criação, ou seja, 2.348 anos A.C, o Dilúvio.
        Preocupa-se a Ciência com esse cataclismo que teria dado origem a grandes transformações geológicas. Indaga-se cientificamente da existência dessa gigantesca inundação universal em que Noé, obedecendo a um imperativo divino, salvou os seres que habitavam a Terra.

        É o Gênesis ( livro sagrado da Criação) que dá notícias do Dilúvio. Em seus capítulos está assim descrito o grande cataclismo:
         " Deus disse...Faz uma arca de madeira cipreste, onde disporás compartimentos que tu vedarás com betume por dentro e por fora... Noé obedeceu, e por uma nova ordem de Deus, tomou consigo sua mulher, os seus três filhos e suas três noras, sete casais de todos os animais puros que viviam sobre a Terra, quadrúpedes, répteis e aves e dois casais de todos os animais impuros; depois, tendo-se munido de todo alimento nutritivo entrou na arca, onde Deus o fechou. Todas as fontes do grande abismo e os diques do céu foram abertos e choveu sobre a Terra quarenta dias e quarenta noites...as águas  subiram às mais altas montanhas que estavam debaixo do céu. As águas permaneceram sobre a Terra durante cento e cinquenta dias...Enfim, a arca descansou sobre as montanhas do Ararat".

        Teria o nosso globo assistido a essa grande inundação?
        O famoso geólogo Suess localiza o Dilúvio no curso inferior do Tigre e do Eufrates. Em Berlim, perante a Academia de Ciência, o sábio alemão exibiu provas de suas investigações. Outros geólogos identificaram o Dilúvio mosaico com as inundações que foram uma das últimas transformações físicas do globo.

        Apesar de certos fatos científicos confirmarem a narrativa do Dilúvio, no Gênesis, sábios eminentes ( a maioria pelo menos) sustentavam que " uma "
        "inundação verdadeiramente universal era impossível na época quaternária, visto que o relevo do solo não foi sensivelmente modificado, e que não existe de tal cataclismo nenhum vestígio material".

        "As conchas,os corais e outros objetos marinhos encontrados nos cumes das montanhas, seriam provas da realidade história do Dilúvio.
        Até fins do século XVIII, era opinião universal que o Dilúvio, relatado nas Sagradas Escrituras, havia de fato se estendido a toda a Terra e destruído toda a raça humana, com exceção apenas de uma família.
        O relato caldeu, descoberto por Jorge Smith, apresenta uma grande semelhança com a história biblica".
        Teólogos famosos discutem o assunto à luz do Gênesis e sábios eminentes procuram a prova material desse acontecimento que se perde na noite dos tempos.

        Investigadores do Dilúvio acreditam que os restos da arca de Noé estejam sobre as rochas do Monte Ararat, nas costas da Turquia asiática. Sob a chefia do dr. Smith, geólogo norte-americano, uma expedição atingiu 14.600 pés de altura do Ararat, mas nada encontrou.
        Segundo o texto bíblico, Noé viveu no fim do século XXX antes do Cristo. Teve três filhos: Sem, Cam e Jafé. Após o Dilúvio, dedicou-se à agricultura e morreu aos 950 anos de idade.

        Segundo a Bíblia, Noé e sua família, sobreviveram ao Dilúvio, inundação universal ocorrida, para alguns, no começo do período quaternário. É assunto que dá pretexto a controvérsias. A história desse cataclismo é apoiada sobre documentos etnológicos e geográficos. Alguns veem no desaparecimento da Atlântida a prova dessa inundação.Hindus, gregos e outros povos, cuja história remonta à mais alta Antiguidade tem certeza do Dilúvio.
        Fontes: Curiosidades....Valmiro Rodrigues Vidal
        volume 2...8 Edição....1964

                    OS RESTOS MORTAIS DE SÃO PEDRO



        Faz, aproximadamente, mais de 1900 anos que o corpo de São Pedro baixou a uma sepultura em Roma cujo local vem, agora, sendo investigado por célebres arqueólogos.
        Cientistas dirigem aí as escavações na esperança de encontrar os ossos do fundador da Igreja.
        A notícia veio de Roma: O Papa Pio XII disse em sua mensagem do Natal de 1950 que a tumba achada debaixo da Basílica era, sem dúvida alguma, a de São Pedro, mas na mesma ocasião o Pontífice acrescentara que havia sido impossível provar que  os restos mortais achados no local eram os do primeiro papa da Igreja Católica".
        São Pedro morreu em Roma a 29 de junho de 66 ( ou 67), sob o governo de Nero. Teria sido sepultado junto à Via Amélia. Presume-sr que seu corpo esteja sob a famosa Basílica que tem o seu nome. O histórico templo, que é o maior e o mais rico do globo, teve a sua construção iniciada por Julio II e concluída pelo Papa Leão X, nos fins de 1517.
        Segundo outras fontes de pesquisa, o Túmulo de São Pedro é um local sob a Basilica de São Pedro que inclui diversas sepulturas e necrópoles, o túmulo de São Pedro, bem como uma estrutura para abrigá-lo está no extremo oeste de um complexo de mausoléus que datam de aproximadamente de 130 d.C.  O complexo original foi enchido com terra para fornecer uma fundação para o primeiro edifício da Basílica de São Pedro durante o reinado de Constantino I em aproximadamente 330. Os ossos de São Pedro encontram-se no pé de uma edícula abaixo do soalho.
        As pesquisas iniciais da década de 1930 e década de 1940 foram encerradas com a descoberta do túmulo de São Pedro. Porém, os seus ossos não foram inicialmente encontrados, tendo sido descobertos, ao redor do túmulo, os restos mortais de quatro indivíduos e de diversos animais de utilização agrícola, a descoberta foi anunciada pelo Papa Pio XII no Ano Santo  de 1950. Apenas em 1953. sob a chefia da criptógrafa Margherita Guarducci, uma nova pesquisa foi feita, tendo sido descoberto que houve ossos removidos sem o conhecimento dos arqueólogos de um lóculo no lado norte de uma parede com uma inscrição a vermelho à direita dizendo Petrós Ení, que, em grego significa "Pedro está aqui". Todas as inscrições foram examinadas por Guarducci, e consideradas legítimas. Não eram adições feitas posteriormente, mas tinham sido gravadas na época do sepultamento. O arqueólogo Antonio Ferrua descobriu características das substâncias químicas contidas na ossada, que confirmaram que estas eram pertencentes a um homem que viveu a maior parte de sua vida próximo do Lago de Tiberíades , na Galileia. O teste subsequente indicou que estes eram os ossos de um homem com uma idade de 60 ou 70 anos.Considerando o local em que foi encontrado os ossos, bem como sua idade, do templo e das catacumbas ao redor, e também de outros registros históricos, provavelmente trata-se dos ossos de São Pedro.
        Segundo outras fontes de pesquisa sabe-se que: depois da crucificação de Jesus, na segunda metade do primeiro século da era cristã, está registado no livro bíblico Atos dos Apóstolos, que um de seus doze discípulos, conhecido como SimãoPdero, um pescador da Galiléia, assumiu a liderança entre os seguidores de Jesus, exercendo um papel importante na fundação da Igreja Cristã. O nome é Pedro, "Petrus" em latim e "Πέτρος" (Petros) em grego, decorrente de "petra", que significa "pedra" ou "rocha" em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta anos, viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana. Pedro foi executado no ano 64 d.C. durante o reinado do imperador romano Nero e crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, perto do obelisco no  Circo de Nero.
        Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do circo, na  Colina do Vaticano, a menos de 150 metros do local da sua morte. O seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo do seu nome. Um santuário foi construído neste local alguns anos mais tarde. Quase trezentos anos depois, a Antiga Basílica de São Pedro foi construída neste sítio.

        Ossos de São Pedro uma urna no Altar da Confissão no Vaticano

        A partir do ano de 1950, intensificaram-se as escavações no subsolo da basílica, após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com a remoção de toneladas de terra correspondente do corte da colina Vaticana que serviu para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino. A equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro, e inclusive uma parede onde foi inscrita a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".
        Também foram encontrados, num nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60 e 70 anos de idade, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, pertencerem São Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o translado dos restos mortais de São Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.
        VATICANO - Pela primeira vez, os restos mortais que seriam de São Pedro, o primeiro apóstolo e fundador da Igreja, foram expostos ao público em 24 de novembro para celebrar o encerramento do “Ano da Fé”( 2013) O evento contou com a presença do Papa Francisco.
        O arcebispo Rino Fisichella anunciou através do jornal do Vaticano, o Observatore Romano, que um último gesto para coroar este ano consistirá em “expor pela primeira vez as relíquias que a tradição reconhece como as do apóstolo que deu aqui sua vida pelo Senhor”.
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        O árabe do deserto (época antes de de Maomé) tinha a sua própria religião, primitiva e, assim mesmo, sutil. Receava e adorava uma infinidade de deidades nas estrelas, na lua e na profundidade da terra. Ocasionalmente implorava a graça de um céu implacável. Mas quase sempre desistia de apaziguá-los, porque ficava tão confuso pela multidão de espíritos ou DJINS ao seu redor, que assumia uma resignação fatalística, orava com a brevidade  própria do homem e dava de ombros para o infinito. Parece ter dado pouca atenção à vida apo´s a morte. As vezes, porém, mandava amarrar o seu camelo, sem alimentos,ao seu túmulo, de modo que o animal logo pudesse segui-lo para o outro mundo e salvá-lo da vergonha social de ir a pé para  ao  paraíso. De vez em quando oferecia sacrifício humano, aqui e acolá adorava pedras que considerava sagradas.



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        Em 570 nascia Maomé. Segundo alguns autores, ele nasceu no ano 569. Era de uma família pobre, apesar de nobre estirpe. Abdala lhe deixara cinco camelos, um rebanho de cabras, uma casa, uma escrava que o amamentava na infância. Seu nome significava " altamente louvado". Sua mãe morreu quando ele tinha seis anos e ele ficou morando com seu avô, então com 76 anos e, mais tarde, com o seu tio Abu Talib. Como ele jamais aprendeu a ler e a escrever, usava dos serviços de um amanuense. Não se tem notícias de Maomé ter escrito algo. No entanto, mesmo analfabeto, criou o mais famoso e eloquente livro da íngua árabe e aprendeu a tratar as pessoas de maneira excepcional.

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